A Civilização Grega - As manifestações artísticas - o desporto (os jogos olímpicos I)
A Civilização Grega marcou em diferentes áreas, aspetos que ficaram como expoente maior da História da Humanidade. Como vimos, os rituais às divindades na Grécia estavam associados a diferentes formas artísticas, como o teatro, a música, as competições desportivas, ou a realização de sacrifícios de animais e de oferendas de produtos. As cidades-estado acreditavam que desses rituais dependiam a proteção daquelas e até o seu desenvolvimento.
O exercício físico regular era uma atividade praticada pelos gregos. Consideravam-no importante na formação do cidadão e na preparação para a guerra. Havendo provas desportivas regulares integradas nos rituais da pólis e existindo participantes nesses rituais, os Jogos Olímpicos ganharam campo para se tornarem numa expressão muito importante da cultura grega. Datados do século VIII a.C., com uma construção associada ao aspeto ritual do politeísmo grego, evoluíram no século V a.C., para uma dimensão mais desportiva. Terminariam no século III quando a cultura romana cristianizada de natureza monoteísta não quis tolerar o politeísmo grego.
Os Jogos Olímpicos duravam sete dias e tinham a periodicidade de se realizarem de quatro em quatro anos. Realizaram-se sobretudo em Olímpia, de onde recebem o nome, mas ocorreram outros, não tão regulares, como em Delfos em honra de Apolo, ou em Corinto, em honra de Posídon. Os Jogos Olímpicos eram pan-helénicos, o que quer dizer que qualquer cidadão de uma cidade-estado podia participar e em certo sentido era uma competição entre diferentes pólis. Os jogos de Olímpia eram feitos em honra de Zeus.
Os Jogos Olímpicos foram muito importantes para Civilização Grega, por diferentes motivos. Deram consistência nacional a cidades-estado afastadas e diferentes entre si. Permitiram a própria organização do calendário, pois os jogos recebiam uma numeração e cada ano estava integrado numa série olímpica. Por exemplo 420 a.C., podia ser o ano 1 da 50.ª olimpíada. Os jogos introduziam períodos de paz, pois durante os jogos não existiam conflitos entre as cidades-estado.
Os Jogos Olímpicos tinham uma audiência importante (estima-se que podiam chegar aos 20 000 espectadores) e contavam com participantes que vinham de diferentes cidades e que realizavam treinos com alguma antecedência para se preparem para eles. Os participantes das diferentes modalidades queriam naturalmente ganhar. O interessante é compreender que o prémio era uma coroa feita de folhas de oliveira e não uma atribuição monetária.
Uma cidade-estado ter um vencedor dos jogos era um grande orgulho. A glória alcançada pelos vencedores era retribuída com diferentes favores na sua cidade natal, o que acabava por trazer algum rendimento. Muitas vezes a alimentação e os impostos eram duas áreas em que a pólis concedia privilégios aos vencedores dos jogos. Eram feitos poemas e criadas estátuas, tornando-se os vencedores dos jogos muitas vezes deuses e heróis da cultura grega de uma cidade-estado. E, isto diz-nos muito de como a cultura grega se construía na relação com a sua história e vida quotidiana.
O exercício físico regular era uma atividade praticada pelos gregos. Consideravam-no importante na formação do cidadão e na preparação para a guerra. Havendo provas desportivas regulares integradas nos rituais da pólis e existindo participantes nesses rituais, os Jogos Olímpicos ganharam campo para se tornarem numa expressão muito importante da cultura grega. Datados do século VIII a.C., com uma construção associada ao aspeto ritual do politeísmo grego, evoluíram no século V a.C., para uma dimensão mais desportiva. Terminariam no século III quando a cultura romana cristianizada de natureza monoteísta não quis tolerar o politeísmo grego.
Os Jogos Olímpicos duravam sete dias e tinham a periodicidade de se realizarem de quatro em quatro anos. Realizaram-se sobretudo em Olímpia, de onde recebem o nome, mas ocorreram outros, não tão regulares, como em Delfos em honra de Apolo, ou em Corinto, em honra de Posídon. Os Jogos Olímpicos eram pan-helénicos, o que quer dizer que qualquer cidadão de uma cidade-estado podia participar e em certo sentido era uma competição entre diferentes pólis. Os jogos de Olímpia eram feitos em honra de Zeus.
Os Jogos Olímpicos foram muito importantes para Civilização Grega, por diferentes motivos. Deram consistência nacional a cidades-estado afastadas e diferentes entre si. Permitiram a própria organização do calendário, pois os jogos recebiam uma numeração e cada ano estava integrado numa série olímpica. Por exemplo 420 a.C., podia ser o ano 1 da 50.ª olimpíada. Os jogos introduziam períodos de paz, pois durante os jogos não existiam conflitos entre as cidades-estado.
Os Jogos Olímpicos tinham uma audiência importante (estima-se que podiam chegar aos 20 000 espectadores) e contavam com participantes que vinham de diferentes cidades e que realizavam treinos com alguma antecedência para se preparem para eles. Os participantes das diferentes modalidades queriam naturalmente ganhar. O interessante é compreender que o prémio era uma coroa feita de folhas de oliveira e não uma atribuição monetária.
Uma cidade-estado ter um vencedor dos jogos era um grande orgulho. A glória alcançada pelos vencedores era retribuída com diferentes favores na sua cidade natal, o que acabava por trazer algum rendimento. Muitas vezes a alimentação e os impostos eram duas áreas em que a pólis concedia privilégios aos vencedores dos jogos. Eram feitos poemas e criadas estátuas, tornando-se os vencedores dos jogos muitas vezes deuses e heróis da cultura grega de uma cidade-estado. E, isto diz-nos muito de como a cultura grega se construía na relação com a sua história e vida quotidiana.
Imagem: Ânfora que representa o "tethrippon” (corridas de quadrigas), com representações da deusa Atena no verso, in Museu do Vaticano.
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