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segunda-feira, 14 de março de 2022

Leituras - Os figos são para quem passa

 Os figos são para quem passa - Álbuns ilustrados, Livros - Loja online do  Planeta TangerinaNo tempo em que todos caminhavam sem levar nada consigo, um urso detém-se junto a uma figueira decidido a comer o seu fruto preferido.
O urso observa os ramos. Porém, entre a folhagem,
encontra apenas um figo ainda um pouco verde:
"Quanto tempo levará este figo a ficar doce?
Talvez um dia?"
E, muito confiante, senta-se à espera.
 
Mas, junto à figueira, aguardam-no muitas peripécias.
Porque... para quem serão os figos afinal?
Para quem passa? Para quem os guarda?
Para s mais fortes? Para os mais rápidos?
Ou para quem tem mais fome?

Os figos são para quem passa / João Gomes de Abreu; il. Bernardo P. Carvalho. Carcavelos: Planeta Tangerina, 2016.
 
(leitura e reconto de, Os figos são para quem passa. Mais tarde publicaremos esses textos).

Leituras...

 

"Miyuki está impaciente: é o primeiro dia de primavera!
Tem pressa de ir ao jardim, onde tudo floresce. 
Tudo menos uma pequena flor, ainda em botão. 
Miyuki quer despertá-la, mas o avô diz-lhe:
Espera. MIyuli, nem todas as flores dançam ao mesmo tempo!"

Espera MIyuki / Roxane Marie Galliez; il. Seng Soun Ratanavanh. Lisboa: Orfeu Negro, 2020.
 

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Se eu fosse um livro

 

Se eu fosse um livro

Se eu fosse um livro, eu seria numa biblioteca, O Adamastor, pois daria aos meus leitores emoções de aventura que eles gostariam muito e não ficariam desiludidos. - Guilherme Moura, 5.º FB

Se eu fosse um livro gostaria que os autores me dessem muito amor e carinho. E, sobretudo os meus leitores me lessem com imaginação. - Laura, 5.º FB

Se eu fosse um livro gostaria que me lessem um bocadinho todos os dias. Se eu fosse um livro gostaria que me compreendessem na minha mensagem e que gostassem de me ler. Se eu fosse um livro gostaria que me estimassem e que os meus leitores me arranjassem um cantinho só para mim. - António, 5.º FB

quinta-feira, 6 de maio de 2021

Leituras na Biblioteca

 

Leitura de um excerto da obra "O Principezinho" - o episódio da raposa - EBI de Forjães - 4.º FI

Leituras na Biblioteca

Era uma vez uma árvore e um menino. A árvore amava o menino e este fazia-lhe companhia, visitava-a, brincava com ela. Reunia as folhas, subia ao seu tronco, comia as suas maçãs, descansava na sua sombra. Um dia tudo mudou, o menino deixou de ser menino, mas a árvore continuava generosa e atenta...

Os alunos do quarto ano (4.º FI) da EBF (1.º Ciclo) de Forjães ilustraram este conto. Eis alguns dos seus desenhos. Na próxima semana veremos que histórias nos escrevem sobre a árvore e o menino.


 

lustrações: 4. FI - EBF

Leituras na Biblioteca

"Era uma vez uma Árvore que amava um menino.

E todos os dias, o menino vinha e juntava as suas folhas. E com elas fazia coroas de rei. E com a Árvore, brincava de rei da floresta. Subia no seu grosso tronco, balançava-se em seus galhos! Comia seus frutos.
e quando ficava cansado, o menino repousava à sua sombra fresquinha.
O menino amava a Árvore profundamente.
E a Árvore era feliz!

Mas o menino cresceu!
Um dia, o menino veio e a Árvore disse:
"Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos, repousar à minha sombra e ser feliz!"
"Estou grande demais para brincar", respondeu o menino. "Quero comprar muitas coisas. Você tem algum dinheiro que possa me oferecer?"
"Sinto muito", disse a Árvore, "eu não tenho dinheiro. Mas leve os frutos, Menino. Vá vendê-los na cidade, então terá o dinheiro e você será feliz!"
E assim o menino subiu pelo tronco, colheu os frutos e levou-os embora.
E a Árvore ficou feliz!

Mas o menino sumiu por muito tempo... E a Árvore ficou tristonha outra vez.
Um dia, o menino veio e a Árvore estremeceu tamanha a sua alegria, e disse: "Venha, Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos e ser feliz."
"Estou muito ocupado pra subir em Árvores", disse o menino. "Eu quero uma esposa, eu quero ter filhos e para isso é preciso que eu tenha uma casa. Você tem uma casa pra me oferecer?"
"Eu não tenho casa", disse a Árvore. "Mas corte os meus galhos, faça a sua casa e seja feliz."
O menino depressa cortou os galhos da Árvore e levou-os embora para fazer uma casa.
E a Árvore ficou feliz!"





 

Ilustrações: 4. FI - EBF: Laura Vieira, Cátia Cunha, Siro  e Matilde Sousa

Leituras na Biblioteca

 A Árvore generosa é um título escrito em 1964 e que se tornou um clássico a tratar a questão ambiental, ou seja a relação do Homem com a Natureza. É um livro que se nos apresenta com pouco texto e que nos conduz muito pela ilustração para nos dar uma mensagem simples e forte. A da generosidade da Natureza concedida ao Homem. 

 A Natureza está aqui personificada na figura de uma criança, de um menino que cresce. É a partir de uma entrega sem condições da árvore a um menino que nos surgem diferentes temáticas. A Natureza é a mais evidente, mas também as questões do tempo, a amizade, o crescimento e as escolhas de vida e o modo como respondemos aos desafios com que todos vamos sendo confrontados. Voltando aos temas sem dúvida que ela nos conduz à generosidade da Natureza em confronto com a mesquinhez do Homem.

 Nessa condução pela generosidade vimos como os desejos são muitas vezes ausentes de afecto, descomprometidos com uma sinceridade genuína face aos outros, neste caso face à árvore. No fim a obra coloca-nos um outro tema essencial, o do amor incondicional, dos seus perigos, da sua pertinência para a sobrevivência de algo. Resta uma última pergunta. Deveria a árvore amar tão incondicionalmente a ponto de se esquecer de si própria de um modo tão substantivo? 

A obra A árvore generosa levanta questões muito relevantes. Em primeiro lugar a questão do valor da Natureza e o que ela dá generosamente à espécie humana. Relacionado com esse tema está o tempo, o crescimento, as escolhas de vida. A generosidade da árvore é possível ser transposta para a vida humana? É possível alargar esse rio de possibilidades até a um fim que signifique quase a sua inexistência? Afinal o que pode ser um amor incondicional e, como ele sobreviver nessa generosidade sem fronteiras? No fim resta uma pergunta, deveria a árvore amar tão incondicionalmente? A obra é de facto um título pioneiro em muitos aspetos e é nesse sentido um livro que em diferentes gerações pode trazer um questionamento substantivo a quem a ler.  Se A árvore generosa é evidentemente uma bela história consegue igualmente chegar a um patamar mais elevado,o de fazer um questionamento e o de atingir um sentido de educação ecológica, aspetos tão necessários na educação literária e na formação da cidadania.

A árvore generosa / Shel Silverstein. Figueira da Foz: Bruáa, 2011.

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Leituras

 "Agora já percebi" disse o urso.
"Há figos que são para quem passa..."
"E há figos que são para quem espera", acrescentou a lagarta.
"Pois é", disse o urso.
"E esses são os melhores que há."

Ler é uma forma de aprender coisas novas, é um instrumento para uma viagem e é um reconhecimento do outro. Na vida podemos esperar, ou podemos ir à procurar daquilo que nos importa, com entusiasmo e empenho. A leitura relaciona-se com a vida como experiência de uma aprendizagem. Ler e ver nas palavras as imagens de algo e de modo a que não se perca é uma das suas dimensões. Pensando nisso e na leitura das imagens para a construção de uma mensagem foi lida na Biblioteca, a obra, Os figos são para quem passa, de João Gomes de Abreu e ilustrado por Bernardo P. Carvalho e editado pelo Planeta Tangerina. Uma obra literária de grande significado para a apreensão dessa compreensão e desse saber.

quinta-feira, 5 de março de 2020

Leituras na biblioteca

Matilde Rosa Araújo, um olhar de menina é um livro de Adélia Carvalho que nos devolve a infância da autora das Fadas Verdes, entre tantas obras importantes da literatura infantil do século passado. O livro ilustrado por Marta Madureira foi objeto de leitura orientada com alunos do 3.º e 4.ºs anos. Entre alguns dos produtos construídos estão a representação visual da história nos seus elementos mais marcantes.

 
Núria César, 4.ºFH

 
Leonor Cruz, 4.ºFH

Matilde Pimenta, 4.ºFH

Leituras na Biblioteca

O que as imagens nos dizem? Como construímos uma narrativa com alguns sinais visuais? Como os relacionamos? Uma menina, uma laranjeira, uma árvore de fruto, um circo, a praia, como as ligamos? Algumas respostas...


Era uma vez uma menina que gostava muito da natureza, em especial das árvores, dos animais e sentia-se muito feliz. 
Todos os dias ela ia brincar ao ar livre.
As suas estações do ano preferidas eram o verão e a primavera, pois podia ir mais vezes para a natureza.
No verão ela gostava muito de ir nadar no mar da praia. E na Primavera gostava de ouvir os pássaros a cantar as suas melodias.
Ela era uma menina saudável porque comia muitos frutos. A sua árvore preferida era a laranja.
Ela sentia-se muito feliz na natureza.

Leonor Cruz, 4.ºF

terça-feira, 3 de março de 2020

Leituras na Biblioteca (X)


Era uma vez uma menina com cabelos caídos até aos ombros.
Chamava-se Matilde. Olhava para tudo como se fosse sempre a primeira vez.

Matilde vivia numa quinta dos avós. Aí havia um grande jardim de rosas vermelhas e violetas rasteiras. A porta da entrada era decorada por uma frondosa trepadeira de flores que ora pareciam azuis ora roxas. Matilde chamava-lhe Buga. 

Nas noites quentes, quando o cheiro da trepadeira inundava o jardim, Matilde e a amiga dela que, quando o seu gato dourado morreu, quis que ele ficasse sepultado junto às suas raízes. Desta forma, o gato durado continuaria ali com ela e com o  Pastor, os seu cão branco, de olhos castanhos e doces, que todos os dias ia para lá  ladrar e fazer buraquinhos na terra, como que a chamar o companheiro de antigas brincadeiras. Às vezes, o Pastor levava-lhe ossos.
Mas, como os gatos não gostam de ossos, era ele que os comia.

No jardim havia ainda espaço para algumas árvores de fruto: laranjeiras, macieiras, cerejeiras e oliveiras com folhas cor de prata. Matilde gostava especialmente de uma das laranjeiras. Devido ao amor que sentia por ela, ficou com a alcunha de Laranjinha. Essa árvore tinha um tronco forte onde, bem no meio, havia uma covinha que parecia um banco. 

Matilde sentava-se aí a ler poemas em voz alta para a laranjeira, para os pássaros e para as formigas que ali passavam em carreirinho. Ela gostava de ouvir o som das palavras, para as saborear com todos os sentidos. Procurava a música própria de cada uma e a seguir desenhava-as cuidadosamente, letra por letra. No fim, surgiram palavras de todos os tamanhos, cores e feitios.

Matilde Rosa Araújo: um olhar de menina / texto Adélia Carvalho ; il. Marta Madureira. - 2ª ed., rev. - Porto : Tcharan, 2017. 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Leituras na Biblioteca

Seis animais queriam saber, a que sabia a Lua? Como imagina cada aluno a que saberia a Lua? E com que animal se identificaria nesta subida conjunta, desde a mais alta montanha até à Lua? a que saberia a Lua? Algumas respostas...

 Margarida Ferreira - 1-º FH

 Filipa Abreu - 1.º FH

 Vitória - 1.º FH


Leituras na Biblioteca (IX)

 

Duas histórias. Um grupo de animais, uma ideia para ocupar os dias com tarefas diferentes. Duas histórias, procurar em conjunto realizar um sonho e com os amigos atingi-lo. Duas histórias. Um grupo de animais e encontrar uma tarefa capaz de nos entreter nos dias húmidos e frios do inverno. Duas histórias. Um grupo de animais. A curiosidade para olhar para o que nos rodeia e encontrar um cheiro, um sabor, uma cor capaz de nos fazer felizes nos dias menos alegres. A que sabe a lua, de Michael Grejniec e Frederico de Leo Lionni são duas propostas para falar de assuntos importantes, nós, os sonhos e os outros, a natureza e o que nos rodeia. 

 


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Leituras na Biblioteca (VIII)


Seis animais queriam saber, a que sabia a Lua? A Lua não estava muito interessada em deixar-se revelar no seu sabor.
Seis animais decidiram então irem junto num esforço entre todos conhecer a que sabia a Lua.
Os animais estavam ansiosos para conhecer o seu sabor? Seria doce ou salgado?
A Lua estava longe e até o mais alto dos animais não lhe chegava.
Assim a tartaruga iniciou a marcha a partir da mais alta montanha.
De seguida vieram o elefante, a girafa, a zebra, o leão, a raposa e o macaco.
Todos juntos não conseguiam chegar à lua e comer um pedaço.
Finalmente chegou o rato e com a Lua distraída e com uma única dentada arrancou um pequeno pedaço à Lua. A que saberia a Lua? Todos acharam que sabia ao que eles mais gostavam.

O peixe que não podia se juntar aos outros animais não achou grande feito o que os outros tinham conseguido atingir. Afinal ele tinha uma Lua no curso do rio, a sua imagem. O que nos diz esta história e como se pode representar essa questão? 

(No próximo post os alunos que ouviram a história darão a sua representação visual).

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Palavras importantes (IV)

O dia da memória do Holocausto é uma evocação que não fica no passado, porque ele concentra em si o essencial do que significa a vida humana, as escolhas e os valores morais que defendemos. O nazismo é irrepetível, embora formas novas possam assumir valores como o anti-semitismo, a expulsão de pessoas que fogem de locais em guerra, os direitos humanos que realmente são vividos por todos.
O Holocausto e o nazismo são objeto de uma imensa produção historiográfica, muito porque se tenta perceber o impossível em que se materializou. E, também porque aconteceu nas mais altas condições culturais de uma civilização e no mais profundo esquecimento de grupos letrados e cultos.
O que faríamos, o que faremos quando precisamos de ajudar alguém em grandes dificuldades, mas essa ajuda implica um risco de vida para quem o faz. Foi esta questão colocada a alunos do 7.º e 9ºs anos. a questão, embora partindo da situação histórica foi generalizada a qualquer momento em que alguém precisasse de ajuda, embora com risco de vida.
Algumas respostas.

Ajudaria, pois mesmo em risco, ao ajudar e ao salvar uma pessoa desse risco ficávamos os dois em situação de termos mais possibilidade de nos salvarmos com a nossa entreajuda.
Catarina – 9.º B

Ajudaria, porque cada um tem direito a ser ajudado e respeitado. Independentemente do perigo e das suas consequências ajudaria. Zelaria pela minha segurança, mas acho que todas as pessoas devem ser ajudadas. A nossa vida é importante, mas a vida de outra pessoa também o é. E juntos poderíamos ser mais fortes para enfrentar o perigo.
Carolina, 7.ºA

Ajudaria. Apesar de estar em risco de vida, sempre terei tempo de ajudar, pois, porque não? Se tivesse frio, dar-lhe-ia alguma roupa; se tivesse fome, faria os possíveis para lhe arranjar alimento. Os bons momentos ficam guardados, principalmente para a pessoa que ajudasse. E, pela minha parte, ficaria feliz pela ação, ou última ação que fizera.
Matilde, 7.ºA

Ajudaria. Estando em risco de vida ajudaria outra pessoa, pois corria um risco, mas não ficava com a consciência pesada. E ao ajudar outra ou outras pessoas elas iam lembrar-se de mim, do meu gesto e reconheciam que eu não tinha sido egoísta.
Gil, 7.ºA

Ajudaria. Devemos ajudar a pessoa ou pessoas que precisam de nós. Devemos pensar naquilo que os outros precisam de nós. Além do mais, ao ajudar outra pessoa, também podemos nos ajudar a nós próprios.
Clara, 7.ºA

Ajudaria. A vida de cada um de nós é preciosa e devemos estar atentos ao outro. Devemos nos colocar no lugar do outro. Essa é uma das coisas mais importantes.
Kayala, 9.ºB


Palavras importantes (III)

Chamo-me Rosa Branca.
Vivo na Alemanha, numa pequena cidade de ruas estreitas,velhos fontanários e edifícios altos onde os pombos vêm pousar nos beirais.
Um dia, chegou o primeiro camião e saíram de lá muitos homens vestidos de soldados.
O inverno estava a começar.  (...)

Um dia todas as pessoas abandonaram a cidade. carregando sacos de sarapilheira, tachos e mobília. Entre elas, havia soldados. Alguns tinham os uniformes rasgados. Outros coxeavam. E outros estavam feridos e pediam que lhes dessem água.

Nesse dia, Rosa Branca também saiu da cidade.
Mais uma vez, foi até à floresta.
A estrada desaparecera sob o nevoeiro. Rosa Branca saltava de pedra em pedra, tentando não sujar os sapatos.

No meio da floresta, a clareira já não era a mesma. Estava tudo vazio.
Pousou no chão a sacola cheia de comida e deixou-se ficar quieta.

Ente as árvores, havia sombras em movimento. Era difícil distingui-las. Os soldados viam o inimigo em todo o lado. 
Ouviu-se um disparo. (...)

A mãe de Rosa Branca esperou muito tempo pela sua menina.
As flores de açafrão começaram a despontar na terra, finalmente.
O rio aumentou de caudal e alastrou pelas margens. As árvores tornaram-se verdes e acolheram os pássaros.

A primavera cantava.

Ponto de partida para falar da ocupação nazi da Europa entre 1939 e 1945 a um conjunto de alunos do 7.º e 9.º ano.  Ponto de partida para falar do movimento Rosa Branca que tentou anular o Führer em 1942 e como sabemos teve um fim triste para esses estudantes de grande coragem.

Ponto de partida para escolher palavras importantes de uma narrativa sobre o próprio fundamento da vida e dos seus riscos. de AuschwitzApós a leitura e exploração visual os alunos consideraram como as palavras mais fortes ou com mais sentido nesta mensagem, as seguintes: 
Rosa Branca;
soldados;
tanques;
floresta;
estrela amarela;
floresta. 

Palavras importantes (II)

 
O comboio tem muitos vagões,
Não é como aquele que apanhávamos para ir à praia.
Na estação há gente com malas.
Os soldados vigiam.

Por cimo do portão de entrada
vejo um relógio grande,
altifalantes e holofotes

A luz magoa-me os olhos.
Os cães ladram, uivam.

Fumo:
silêncio, amigo e céu
soldados , chorar, amigo
brilho, raízes, comboio

Ponto de partida para falar do Holocausto a um conjunto de alunos do 9.º ano de Auschwitz. O seu silêncio tumular, o programa do nazismo e a solução final. Ponto de partida para falar de um genocídio e dos suportes que fundamentaram esta desistência pelo que é humano. Ponto de partida para uma história difícil, a mais difícil de todas. Ponto de partida para falar, ainda que ao de leve da dor antiga, da humilhação e da vida perdida. Ponto de partida para escolher algumas palavras de Fumo, um livro de Antón Fortes e com ilustrações de Joanna Concejo e publicada pela OQO. 

Após a leitura e exploração visual os alunos consideraram como as palavras mais fortes ou com mais sentido nesta mensagem, as seguintes: 
silêncio, amigo e céu
soldados , chorar, morte
multidão, raízes, comboio.

Palavras importantes


Entre 1933 e 1945, mataram seis milhões dos meus. Muitos com um tiro. Muitos queimados nos fornos crematórios, asfixiados nas câmaras de gás ou mortos de fome. A mim não me mataram.

Nasci em 1944.
Não sei o dia.
Não sei que nome me deram.
Não sei em que cidade nem em que país vim ao mundo.
Tampouco se tive irmãos.

O que sei é que quando tinha apenas uns meses salvaram-me do Holocausto.
Muitas vezes tento imaginar como era a vida da minha família e como foram as últimas semanas que passei com eles. Penso nos meus pais privados de tudo o que tinham, expulsos da sua casa e transferidos para um gueto.

Mais tarde, quem sabe talvez nos tirassem do gueto. Os meus pais deviam estar impacientes por abandonarem aquele bairro da cidade rodeado por arame farpado em que os tinham fechado, por fugirem do tifo, da acumulação, da sujidade e da fome. Mas imaginavam onde iam acabar?

Disseram-lhes que os iam tranaferir para um lugar melhor? Prometeram-lhes trabalho e comida?
Ouviram falar dos campos da morte?

Ponto de partida para falar do Holocausto a um conjunto de alunos do 9.º ano de Auschwitz. O seu silêncio tumular, o programa do nazismo e a solução final. Ponto de partida para falar do silêncio de muitos e dos justos que souberam erigir uma voz de combate, como Aristides de Sousa Mendes. Ponto de partida para falar, ainda que ao de leve da dor antiga, da humilhação e da vida perdida. Ponto de partida para escolher algumas palavras desta História de Erika. 

Após a leitura e exploração visual os alunos consideraram como as palavras mais fortes ou com mais sentido nesta mensagem, as seguintes: Imaginar, cuidar, comboio, destruição e estrela.
(com os alunos do 9.º FB)

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Leituras na Biblioteca

Era uma vez uma árvore e um menino. A árvore amava o menino e este fazia-lhe companhia, visitava-a, brincava com ela. O tempo passou. O menino precisava de outras coisas, objetos palpáveis, sinais de conforto. A árvore mantinha-se fiel a uma amizade e dando tudo o que tinha. Seria ainda uma árvore...

  

(Desenhos de  Ana Margarida, Benedita e Leonor Gomes - 3.º FF - EBI de Forjães)