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segunda-feira, 15 de maio de 2023

Dia internacional da família

 Cinema no Dia Internacional da Família

 O dia 15 de maio foi escolhido pela Assembleia Geral da ONU para celebrar o Dia Internacional da Família. A plataforma do PNC (plano nacional de cinema) apresenta um conjunto de recursos que permite pensar as questões sociais, económicas e culturais que afetam e transformam a noção que temos de família nas sociedades contemporâneas.

São propostos para visionamento Um Iaque na sala de aula, do realizador Pawo Choyning Dorji. Para o 3.º Ciclo do Ensino Básico é proposta a curta-metragem de Leonor Teles, Balada de Um Batráquio. Estão ainda disponíveis alguns filmes muito pertinentes que pretendem oferecer uma reflexão sobre a integração de minorias no espaço da realidade cultural portuguesa. São eles Arena e Rafa de João Salaviza,  ou uma longa-metragem, Uma Criança como Jake, de Silas Howard.

Os filmes propostos estão disponíveis na plataforma do PNC. Balada de um Batráquio, Arena e Rafa estão apoiados em dossiês pedagógicos disponíveis no site do PNC.


terça-feira, 8 de novembro de 2022

Cinanima 22...

O Cinanima, Festival Internacional de Cinema de Animação decorre entre sete e treze de novembro, na sua 46.ª edição na cidade de Espinho. Como em anos anteriores existe a possibilidade de aceder a alguns recursos online, atravésdo Cinanima vai à Escola. Os filmes estão alojados na plataforma Vimeo e estarão disponíveis entre 7 a 13 de novembro. 

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Memória de Audrey Hepburn

"Remember, if you ever need a helping hand, it's at the end of your arm, as you get older, remember you have another hand: The first is to help yourself, the second is to help others".


A beleza é uma inspiração, uma luz para dias novos. A beleza quando servida com humildade e encanto com os outros é a melhor forma de iluminar o real. Audrey Hepburn foi muito disso e para lá da memória fica o seu exemplo e a sua luz. 

Passaram um pouco mais de vinte anos sem a graça e a beleza de uma mulher e de uma atriz que faz parte da memória do cinema e das tardes encantadas quando o cinema era uma celebração e uma iniciação a mundos novos. Lembremo-la pelo seu  sorriso doce, de um tempo em que o cinema era ainda uma entrada artesanal no sonho e na aventura de descobrir. Evocação de fitas que acompanharam várias gerações. 

De Roman HolidayBreakfast at Tiffany'sGuerra e Paz, até My Fair Lady, mas também a generosidade por causas nobres. Audrey Hepburn, quando o tempo ainda parecia domesticado pela doçura do sorriso. Um ícone, por onde a alegria e a a elegância se afirmaram como formas sublimes e sedutoras da beleza.  Fica a sua lembrança, na memória dos dias. 

terça-feira, 19 de abril de 2022

Cinema e sociedade - Charlie Chaplin


O cinema é um recurso de informação de grande significado, e em muitos sentidos permite chegar à compreensão dos muitos aspetos que envolvem o quotidiano de diferentes épocas, dando-nos uma forma plural de compreender os valores humanos e a sua relação com a evolução cultural e social de diferentes tempos. O cinema projeta sobre o quotidiano os tempos, os espaços do quotidiano de uma forma que se torna uma fonte de estudo de grande relevância. Ele deveria ser usado com mais substância como recurso educativo nas aprendizagens dos alunos.

Um dos casos maiores, que vale a pena estudar e usar como forma de aprendizagem é o caso, do possivelmente maior realizador de cinema, pelo menos numa das fases da História do Cinema, justamente, Charlie Chaplin. Ele mudou a linguagem cinematográfica, fez a transição do cinema mudo para o sonoro  e realizou grandes avanços nas formas de  edição do filme.

Charlie Chaplin foi ator, argumentista e realizador de cinema. E foi como ator que se iniciou, aparecendo pela primeira vez, justamente há cento e um anos, a trinta de novembro de 1913, com "Making a Living". Chaplin foi um génio da sétima arte no modo como de uma forma singular, saberia envolver o desamparo dos gestos, a solidão, a ternura, a esperança em feitos de cumplicidade. Chaplin é um ícone da sociedade contemporânea e nos seus filmes se podem ler os sinais de um tempo. Alguns dos seus filmes são recursos quase inesgotáveis, como Luzes da Cidade de 1936, ou Tempos Modernos, de 1940. 

Chaplin revelou a universalidade maior dos valores humanos que se comprometem com a beleza, o sonho, a ternura, ou a esperança, a dignidade da vida humana. Um dos trechos mais significativos dessa forma de exprimir a liberdade, está em O Grande Ditador, realizado em 1940 e que nos dá um tempo contínuo, onde, as nossas características pré-históricas parecem ser maiores, que o valor das ideias que soubemos edificar em palcos vazios de dignidade. Imaginámos que esses eram tempos do passado, mas subsistem muitos muros, onde muitos estão de fora dessa fraternidade pelo essencial. 


O Grande Ditador, Realização de Charlie Chaplin, 1940.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Filadélfia


A sétima arte é um recurso que pode ser usado para estudar um assunto, expor uma ideia ou alertar para as dificuldades de integração de grupos específicos ou de comunidades. A década de oitenta do século XX foi marcada por uma questão muito substantiva de saúde pública, O VIH, ou síndrome de imunodeficiência adquirida. Esses eram tempo em que a informação era reduzida, em que o acesso a ela em termos globais não era o que é hoje.

Filadélfia foi um filme dos anos oitenta que tentou falar do VIH e da questão dos homossexuais. A história é a de um seropositivo homossexual que trabalha num escritório de juristas de grande prestígio, na cidade de Filadélfia. O filme coloca como tema central a questão da descriminação em função de escolhas feitas por pessoas. O filme procura acima de tudo abordar a questão do preconceito, que surge tratado em áreas como a homofobia ou mesmo o racismo.

Com Tom Hanks no principal papel e Denzel Washington no papel de seu advogado no processo que ocorre em tribunal, o filme foi um marco nos anos oitenta e seguintes e deixa-nos emocionados pelas mensagens que ligam o sofrimento humanos, a descriminação e a efemeridade da via a saltar em avanços de grande alcance. Co música de Bruce Springsteen, Filadélfia dá-nos a tristeza, a angústia, a solidão de alguém face à doença, face ao preconceito e no fundo face à sua vida.

Filadélfia tornar-se- ia um clássico, pois fala-nos de algo ainda tão urgente, como a igualdade entre os homens no seu sentido mais universal, isto é a importância de não haver descriminação, mesmo quando a diferença sob qualquer abordagem se faça sentir. No fundo o que o filme propõe é que ao lado da morte provocada pela doença, houvesse atenção para essa destruição social de cada um que a sofria.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Memória e Civilização - O Holocausto

É a narrativa mais difícil de explicar. De certo modo é inexplicável, pois pretende compreender o impossível. Um impossível que nos remete a nós todos para a dimensão não humana, a prática de qualquer coisa que não nos torna sequer criaturas de Deus. Acreditámos muitas vezes em caminhos redentores de magia - o conhecimento e a cultura para nos resgatar de uma dimensão de animalidade. Caminho errado e sem respostas. Acreditámos que o bom senso reuniria todos os jovens corações pelo bem, pelo aceitável. Outro erro. 

Inspirámo-nos em velhos manuais de História, de Economia, de Cultura e Civilização para explicar este mal absoluto do espírito convencidos que há sempre uma racionalidade em cada gesto. Outro erro. Inspirámo-nos em velhas crenças que a maldade só era servida por figuras de segundo plano e votados ao insucesso. Outro erro. O mal pode ser servido por génios. E como se transformam pessoas de bem em condutoras de uma religião de morte? Cultura, civilização, pensamento, onde se distinguem quando são construção do saber e ideologia, a propaganda do poder absoluto sobre tudo, incluindo a vida?

Na total incapacidade para explicar o inexplicável, a indiferença de tantos para com o sofrimento, incluindo os que se dedicavam ao estudo de um Homem e de uma Humanidade sem rosto, um filme para ver essa raridade que foi o compromisso para com a vida no interior da Alemanha nazi. A rapariga que roubava livros, um filme a partir de um livro. Um filme sobre a coragem, a esperança de renovar a vida e o papel dos livros para iluminar a vida. 

O trail do filme, baseado num livro que vale a pena descobrir.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

As fitas do mês

 As fitas do mês é uma nova publicação mensal para divulgar o cinema que vai estando em exibição, ou iniciativas / acontecimentos no domínio da sétima arte que mensalmente vale a pena destacar. Em relação ao primeiro tópico, na media em que em alguns meses existem muitas estreias, será feita uma seleção. A publicação será mensal e feita no fim de cada mês.

Novembro trouxe um conjunto de filmes interessantes às salas de cinema. Eis alguns dos destaques.

King Richard: para além do jogo é um filme realizado por Reinaldo Marcus Green e com guião de Zach Bavli e que nos conta uma história biográfica de Richard Williams. Trata-se da história verídica de um homem que tendo sofrido dificuldades de integração, pela sua origem afro-americana pretende que as suas filhas tenham as oportunidades no desporto. 
Revelando capacidades no 'court' de ténis desde jovens, o filme é o relato do esforço para ter uma carreira reconhecida na sociedade. 
King Richard: para além do jogo é a história de Vénus e Serena Williams e do esforço do pai para que tivessem pelos valores do trabalho e do esforço o sucesso que as sua capacidades revelavam.
Filme de aprendizagem de uma experiência e do valor do trabalho e da dedicação como elemento de sucesso para a vida.
 
 De Gaulle é uma leitura de uma das figuras mais importantes do período que envolve a segunda
guerra mundial, a Resistência francesa e a reconstrução da Europa depois de 1945. O filme centra-se em 1940, nas vésperas da ocupação da França pela Alemanha nazi não tendo capacidade de resistir ao avanço de Hitler. De Gaulle recusa-se a negociar, assim como a desistir por uma resistência. Assim, parte para Londres e tentará com Churchill criar a resistência possível na França ocupada. De Gaulle é um filme que se enquadra no tipo drama com um contexto histórico. O filme foi realizado por e escrito por Gabriel Le Bomin.
 
 
 A Metamorfose dos Pássaros é um filme  de Catarina Vasconcelos e ofi estreado no Festival de Berlim, onde obteve o Prémio da Crítica Internacional e recebeu igualmente diferentes distinções em diferentes festivais, como seja em Taiwan, na Lituânia, no Brasil ou em Espanha. 
O filme foca-se na avó paterna da realizadora e na sua mãe. a realizadora apresenta-o como um filme "sobre a mãe do meu pai".  
A Metamorfose dos Pássaros procura fazer a reconstrução de uma memória sobre as mulheres, as mães de um tempo, em que o País não sabia o que era liberdade de expressão, ou as possibilidades de escolha não estavam garantidos a cada pessoa.
O filme traça uma narrativa local de uma história, mas ela permite resgatar um tempo de vida e ajuda-nos a compreender a sociedade de décadas anteriores a esta.
 
A história da princesa de Gales é uma dos temas que com alguma regularidade motivará

a realização de uma biografia, ou de representação do que foi a sua vida. Spencer é um filme realizado por Pablo Larraín que há alguns anos já tinha tentado retratar a vida de uma outra figura do século XX, Jackie Kennedy.  O filme centra-se no Natal de 1991, e do encontro da família real em
Sandringham House e revela-nos as dificuldades de integração de Diana e apresenta os pormenores do que iria ser o divórcio real mais conhecido dos últimos tempos. O filme constrói uma ficção baseado em documentos e escolheu como título Spencer, justamente o nome da sua família de origem. O filme é interessante, no sentido de nos fazer perceber a dimensão simbólica dos gestos da monarquia e a sua incapacidade para lidar com uma abordagem mais próxima da vida comum. Um filme para conhecer melhor as contradições que Diana tentou superar e que como sabemos, terminou mal. 
 
Mães paralelas é um filme de Pedro Almodóvar que junta duas histórias de maternidade, Janis, uma mãe de idade mais avançada, com 40 anos que planeou a gravidez  e uma jovem, Ana que vive com muita apreensão a mesma situação. 
Em Mães paralelas é colocada a questão, de  como uma realidade semelhante se diferencia pelas pessoas, as suas histórias, as suas possibilidades de vida. As histórias individuais como forma de ler a sociedade são um dos recursos mais interessantes para a compreensão do mundo e para ajudar a intervir nele. Aquele encontro na maternidade criará laços entre as duas mulheres que se prolongarão pelo tempo. Um filme que assume o tipo de drama e que reflecte sobre os diferentes lados da maternidade.

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Cinema - novembro


 

City Lights, ou na tradução portuguesa, “Luzes na cidade” é um filme de Charlie Chaplin, datado de 1931. Ainda pertence ao cinema mudo. Foi um dos grandes sucessos de Chaplin e dá-nos aventura do seu herói- o vagabundo romântico.


O Cinanima é um festival de animação que decorre na cidade Espinho há já vários anos. O Cinanima apresenta um conjunto de filmes de animação sobre temáticas diversas. O festival de animação é já uma referência nacional e internacional.

 

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Um filme - Ben - Hur (III)

 


Diálogo na galé romana:

"- O teu deus na ânsia de te salvar, salvou a frota romana." (do Guião do Filme)

Ben-Hur, proposta de visionamento na Biblioteca para este mês dá-nos um quadro de uma civilização em choque com ela, com as suas próprias limitações de poder e ambição sobre os povos dominados. As fórmulas de controle de poder sobre um vasto império tinha em si igualmente mecanismos de fragilidade. O papel desempenhado por Judah Ben-Hur no salvamento do cônsul da frota romana, Quentius Arrius deu-lhe a possibilidade de se tornar livre.

Uma civilização que exaltava o espetáculo público, as corridas de quadrigas com cavalos eram um patamar para criar uma visibilidade a esses homens que podiam ascender a uma posição social mais favorecida, ou a uma riqueza que fugisse à pobreza de tantos sob o poder de Roma. Judah Ben-Hur criará no grande círculo uma capacidade com as corridas que lhe dará um estatuto de reconhecimento em Roma, mesmo sendo judeu.

Com um estatuto renovado e com os sinais sociais do poder romano, Ben-Hur pode regressar à Judeia e saber qual qual foi a sorte da sua mãe e da sua irmã. Perante a condenação romana, qual era a sorte dos prisioneiros nas celas imperiais? O que descobrirá Judah Ben-Hur será compatível com a reconquista da sua casa, da sua família e como lidará ele com uma sorte menos afortunada na sua família? A escolha é desafiar o poder de Roma, na figura de Messala, justamente, numa corrida de quadrigas. 

Ben-Hur é um filme épico que nos oferece a reconstituição do modo de vida social, económico, político e cultural de Roma e de uma das suas províncias, num tempo de nascimento da ideia cristã sobre o homem e a sociedade. É desse confronto que nasce o desenlace do filme, voltando a reunir na mesma sequência narrativa e temporal, Judah Ben-Hur e Jesus. 

Conhecendo a história de Judah Ben-Hur e relacionando-a com a civilização romana do século I é possível compreender o que será a evolução do império e como as grandes multidões de deserdados se irão relacionar com o culto do Império. O filme caracteriza uma época e anuncia os prelúdios de outra.

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Um filme - Ben - Hur (II)

 

Diálogo na guarnição romana de Jerusalém:

"- Qual a dificuldade em controlar a revolta dos judeus, de prender os agitadores?
-  É o que fazemos. Mas como se combate uma ideia? Os que anunciam um salvador dizem que a divindade pode estar em cada homem.
- Disparates! A divindade só existe num homem, o Imperador de Roma!" (do Guião do Filme)

Ben-Hur, proposta de visionamento na Biblioteca para este mês dá-nos um quadro de uma civilização em choque com ela, com as suas próprias limitações de poder e ambição sobre os povos dominados. Um acidente com o governador da Judeia conduz Judah para as galés romanas no Mediterrâneo. A racionalidade romana e a emotividade de uma crença no valor de uma memória para o futuro entram em confronto. Judah será adotado por Quentius Arrius e ganhará a liberdade. Voltará ele ao seu povo ou permanecerá entre a glória conquistada em Roma?

Ben-Hur é um filme épico que retrata a sociedade da Palestina, nos primeiros anos da era cristã, sobre domínio da civilização romana. Todo o filme é o retrato do tratamento desumano como escravo, sofrido por Judah e o seu regresso a Jerusalém, para cumprir a sua vingança. Nele vemos o modo de vida na Judeia e como diferentes grupos humanos se posicionavam perante Roma. 

Conhecemos a vida em Roma, o modo como os romanos impunham o seu poder no Mediterrâneo e compreendemos as hierarquias de poder entre o imperador e as províncias romanas. A vingança de Judah sobre Messala dar-lhe-á o acesso à figura de Jesus e à redenção por uma vida mais humilde. Ben-Hur coloca em questão questões muito importantes sobre a vida, a fé e o relacionamento entre culturas diversas.

O grande valor pedagógico do filme é dar-nos o modo de vida quotidiano e institucional do que foi uma civilização na sua afirmação cultural e material. Cruzando-se com a história de Jesus, a história de Judah é de uma redenção criada sobre o valor da vida humana, sobre essa possibilidade aberta para a dignidade de todos os possíveis. E, se é verdade que ela teve muitas intermitências, do que os nossos dias ainda testemunham, essa capacidade de cada um ser algo tão "divino", pelo seu significado é uma grande lição de futuro. É nesse "divino" que residem as pedras que constroem os arcos majestosos das grandes construções de tempos diversos.

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Um filme - Ben - Hur (I)

 

Ben-Hur é a primeira proposta de cinema para este mês, em visualização na Biblioteca. O visionamento de cada filme será acompanhado por um guião, designado de bibliocine e que será incorporado num ficheiro a incorporar on-line. Tal como na poesia e na arte visual, nos documentos / trabalhos realizados nesta área formarão um conjunto de recursos cinematográficos que darão corpo ao espaço do projeto do plano nacional das artes.

Ben-Hur é um filme marcante por muitos aspetos. Pela história, pela dimensão da epopeia retratada, pela produção cinematográfica que fez de Hollywwod e de alguns dos seus estúdios fazedores de um tipo de cinema histórico que deixou de se realizar nas décadas seguintes.

Ben-Hur é a história de uma família de judeus na Palestina, da representação de um modo de vida mercantil, dos hábitos culturais e religiosos num espaço conquistado pelo Império Romano. O filme é a história de uma amizade, de Ben-Hur e de Messala e de como as origens diversas se imporão quando Roma assume o seu poder civilizacional em todo o império. 

Ben-Hur é um fresco sobre o império romano, o modo de vida, a organização social e política, o exército e a organização administrativa que impunha um modo de ver a vida, de olhar o mundo. É também um imenso retrato sobre o aparecimento da figura de Jesus Cristo e de como novos valores colidiram com a cultura romana. 

História de uma amizade, de uma vingança pela recuperação de uma dignidade perdida, Ben-Hur é um filme extraordinário sobre o valor do indivíduo face ao poder, quando este autocrático. Ben-Hur discute de uma forma muito substantiva como as ideias governam as sociedades, como elas podem alterar valores e princípios dando lugar a profundas alterações no seu funcionamento. A fotografia, a realização, a música tornam-no num épico de qualquer tempo. A sua adequação ao currículo da disciplina de História é muito evidente.

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Cinema e educação


O cinema é ainda visto em larga medida como uma forma de entretenimento e não assume ainda uma regularidade substantiva, a utilização do cinema, como recurso educativo generalizado. A filmografia portuguesa não tem ainda grande expressão como ferramenta de estudo educativo para a construção da compreensão sobre a sociedade. O cinema pode ser uma ferramenta muito interessante para construir abordagens diferenciadas no espaço educativo.

O cinema é um das ferramentas mais interessantes para conhecer a memória, ou excertos dela. Ao convocar imagem, literatura, música no sentido de apresentar uma narrativa que persegue diferentes objetivos, o cinema auxilia-nos a conhecer universos que não foram vividos por nós. O cinema dá-nos fontes de entretenimento, apresenta-nos contextos históricos, recria universos fantásticos e procura discutir princípios e formas de olhar o Mundo. O cinema vive muito da oferta da arte de ficção, entre o narrado como acontecimento e um olhar poético que evidencia formas possíveis de ver o real.

O cinema possui uma linguagem diferente de outras linguagens narrativas, pois dá através da imagem bidimensional uma leitura que procura aproximar-se das dimensões do espaço físico, onde habitamos. Na verdade o cinema sugere-nos pela sua capacidade de reproduzir som e movimento uma quase identificação com uma realidade, ainda que seja uma leitura ou uma impressão daquela. O cinema apresenta-nos uma dupla representação, dos cenários, dos atores e da própria película.

É assim um recurso de grande significado na aprendizagem de quotidianos, de movimentos históricos ou do papel do indivíduo na construção de transformações sociais e culturais. O cinema é um suporte de conhecimento que nos pode levar a compreender processos e geografias culturais, formas marcantes e diversas de olhar o mundo. 

A Biblioteca (EBARS e EBF) terá este ano letivo a apresentação à quinta-feira (planificação a apresentar na próxima semana) de um filme semanalmente. Cada filme será dividido em duas sessões, tendo cada sessão a durante de um tempo letivo e assim em cada mês serão projetados dois filmes. Articulado com as sessões, o blogue da Biblioteca dará um destaque à sua narrativa / imagens marcantes / sinopse. O currículo, o ambiente, a literatura e a história serão os itens com que se tentará articular as escolhas dos filmes. As fitas do mês e os recursos do PNC serão também destacados como recurso educativo que possa ser desenvolvido, no tempo disponível para o mesmo.

Imagem: A Invenção de Hugo Cabret, no que foi uma homenagem a George Méliès. 
Direção de de Martin Scorsese, a partir de um livro de Brian Selznick, 2011.

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Cinanima


Durante a semana de 9 a 13 de novembro, decorreu o programa O Cinanima vai às escolas, no qual participaram 6 docentes do nosso agrupamento, tendo para o efeito realizado 8 sessões de projeção de curtas de animação, propostas pela organização do Festival Cinanima. Os alunos aderiram com interesse a este programa, o qual apresentou uma temática diversificada e apresentou filmes premiados de autores de vários países da Europa.


quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Dia mundial do cinema


 Há dias comemorativos para quase tudo. Existem alguns que são importantes pela memória e pela construção de valores, pela necessidade de formação individual e de aprimoramento de cada um e do seu papel na sociedade. O dia mundial do cinema é um dos que vale muito assinalar por aquilo que se oferece como ferramenta de aprendizagem.

 O cinema é um das ferramentas mais interessantes para conhecer a memória, ou excertos /fragmentos dela. Ao convocar imagem, literatura, música no sentido de apresentar uma narrativa que persegue diferentes objetivos, o cinema auxilia-nos a conhecer universos que não foram vividos por nós. O cinema dá-nos fontes de entretenimento, apresenta-nos contextos históricos, recria universos fantásticos e procura discutir princípios e formas de olhar o Mundo. O cinema vive muito da oferta da arte da ficção, entre o narrado como acontecimento e a poética que evidencia formas possíveis de ver o real.

O cinema possui uma linguagem diferente de outras linguagens narrativas, pois dá através da imagem bidimensional uma leitura que procura aproximar-se das dimensões do espaço físico, onde habitamos. Na verdade o cinema sugere-nos pela sua capacidade de reproduzir som e movimento uma quase identificação com uma realidade, ainda que seja uma leitura ou uma impressão daquela. O cinema apresenta-nos uma dupla representação, dos cenários, dos actores e da própria película.

Ainda assim é um recurso de grande significado na aprendizagem de quotidianos, de movimentos históricos ou do papel do indivíduo na construção de transformações sociais e culturais. O cinema é um suporte de conhecimento que nos pode levar a compreender processos e geografias culturais, formas impressivas de olhar o mundo. Tentaremos fazer alguns destaques sobre as fitas que vão saindo, ou as que importa rever, como recurso significativo, no âmbito da História e da vida no sentido mais genérico.