Ben-Hur é a primeira proposta de cinema para este mês, em visualização na Biblioteca. O visionamento de cada filme será acompanhado por um guião, designado de bibliocine e que será incorporado num ficheiro a incorporar on-line. Tal como na poesia e na arte visual, nos documentos / trabalhos realizados nesta área formarão um conjunto de recursos cinematográficos que darão corpo ao espaço do projeto do plano nacional das artes.
Ben-Hur é um filme marcante por muitos aspetos. Pela história, pela dimensão da epopeia retratada, pela produção cinematográfica que fez de Hollywwod e de alguns dos seus estúdios fazedores de um tipo de cinema histórico que deixou de se realizar nas décadas seguintes.
Ben-Hur é a história de uma família de judeus na Palestina, da representação de um modo de vida mercantil, dos hábitos culturais e religiosos num espaço conquistado pelo Império Romano. O filme é a história de uma amizade, de Ben-Hur e de Messala e de como as origens diversas se imporão quando Roma assume o seu poder civilizacional em todo o império.
Ben-Hur é um fresco sobre o império romano, o modo de vida, a organização social e política, o exército e a organização administrativa que impunha um modo de ver a vida, de olhar o mundo. É também um imenso retrato sobre o aparecimento da figura de Jesus Cristo e de como novos valores colidiram com a cultura romana.
História de uma amizade, de uma vingança pela recuperação de uma dignidade perdida, Ben-Hur é um filme extraordinário sobre o valor do indivíduo face ao poder, quando este autocrático. Ben-Hur discute de uma forma muito substantiva como as ideias governam as sociedades, como elas podem alterar valores e princípios dando lugar a profundas alterações no seu funcionamento. A fotografia, a realização, a música tornam-no num épico de qualquer tempo. A sua adequação ao currículo da disciplina de História é muito evidente.
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