A
Civilização Egípcia nasceu há cerca de três mil anos a.C., quando as
zonas do Alto Egipto no sul, e as Baixo Egipto, no norte se uniram. A
Civilização Egípcia durou durante muito tempo, cerca de três mil anos.
Esse Império pode ser organizado temporalmente em três grandes períodos:
1. O Alto Império (entre 3000 e 2000 a.C.); 2. O Império Médio (entre
2000 e 1700 a.C.) e 3. O Império Novo (entre 1500 e 1060 a.C.). As
rupturas cronológicas na histórica da Civilização Egípcia explicam-se
pela invasão do seu território por diferentes povos. O fim do Império
apenas se concretizou no século V a.C., com a invasão e domínio pelos
Persas.
Na
verdade, nenhuma civilização durou tanto no tempo como a Egípcia e
poucos deixaram tanto mistério e fascínio, como a chefiada pelos Faraós.
A civilização Egípcia é em muito, um milagre de um rio, o Nilo. Este
acabava por por abrir caminho numa região ainda marcada pela aridez do
deserto e que renovava com vida. Foi aí, na parte nordeste de África,
entre os desertos da Síria e da Arábia que se desenvolveu uma enigmática
civilização.
De
entre as diferentes características fascinantes da Civilização Egípcia,
a organização política é uma delas, pois remete-nos para uma figura
plena de originalidade, justamente o faraó. Desde 35o0 aC., com a
criação do Baixo Egipto, a norte e do Alto Egipto, a sul e com a sua
posterior unificação, o Império e a sua gestão numa única figura
conduziu à criação da figura do faraó.
Vivendo
no Palácio, o faraó mantinha ao seu serviço uma corte se servos que o
serviam e que o faziam viver num ambiente rodeado de riqueza e de
luxo. A maior das terras trabalhadas pelo faraó eram suas, o que
significava que o seu poder sagrado se estendia a todos, na vida e na
morte. O Egipto dos Faráos durou cerca de três mil anos e foi governado
por trinta dinastias que marcaram a vida do Império de diferentes
modos. Alguns marcariam a memória da História por aspetos particulares.
Entre esses podemos destacar, Quépos, Ramsés, Tutancámon, Akhenáton,
Nefertiti, Nefratari ou Cleópatra.
A
Civilização Egípcia foi marcada por uma grande influência da religião.
Era politeísta, isto é adorava e prestava culto a diferentes divindades.
Nas próprias divindades existia uma hierarquia, como por exemplo,
Ámon-Rá (deus do sol), Osíris (deus dos mortos), Ísis (deusa da
fertilidade), Hórus (deus dos faraós e da ressurreição) e Hathor (deusa
do amor). Tendo diferentes atributos todas as divindades procuravam
construir o mesmo, fundamentar o poder divino dos faraós e o ciclo da
vida: nascimento, vida, morte e renascimento.
A
religiosidade e os aspetos sagrados são uma forte característica desta
civilização. O número e a dimensão dos templos assumem formas
inigualáveis no Mundo Antigo e até fora dele, em épocas posteriores. A
arquitetura da Civilização Egípcia fundamenta-se na crença de uma vida
após a morte e na construção de um sagrado orientado pelos faraós. Estes
mandaram edificar para si e para as divindades um conjunto de templos. A
grande maioria para fins funerários, que acabariam por se transformar
também em locais de culto. O conjunto mais significativo será Abu Simel,
situado a sul e mandado construir por Ramsés II.
As
primeiras pirâmides que melhor conhecemos são as edificadas no planalto
de Gizé. Aqui as pirâmides formam um complexo funerário mandadas
construir pelos faraós Quépos, Quéfren e Miquerinos. Ao lado destas três
pirâmides existem outras mais pequenas que pertenciam às rainhas destes
faraós. As pirâmides tiveram sempre a mesma função: servir de templo
para proteger uma múmia. A pirâmide não é um objeto isolado, ela faz
parte de um complexo arquitetónico, onde podem surgir pequenos templos,
ou as mastabas.
Tal
como a arquitetura, a pintura foi uma das atividades artísticas mais
importantes da Civilização Egípcia. A pintura na Civilização Egípcia serviu o
mesmo objetivo da arquitetura, isto é dar conteúdo e contexto aos
templos, palácios e túmulos. A utilização da pintura para efeitos do
sagrado justificava-se com a ideia de que terminando a vida terrestre
com a morte, era preciso construir uma outra dimensão. Dimensão que no
casos dos reis, faraós e sacerdotes podia-se prolongar se existisse uma
marca da passagem pela vida.
A vida na ideia da Civilização Egípcia tinha uma "essência eterna", o que levou a que a arte na pintura tentasse transmitir algo que não mudaria, apenas se transformaria num plano diverso. As representações aparecem com a cabeça e os pés de perfil e o resto do corpo de frente, assim como as cores contrastavam com os fundos brancos, o que produzia um efeito muito particular.
Na civilização Egípcia ao contrário do que se verificará mais tarde, utilizava-se sobretudo a técnica do fresco secco, que consistia em aplicar a têmpera (conjunto formado pelos pigmentos ou corantes misturados com materiais como a areia e água) no estuque já seco.
Toda a pintura da Civilização Egípcia se assemelha na forma, pois era uma arte muito intelectualizada, isto é construída para obedecer às hierarquias sociais e às marcas culturais. A apresentação dos olhos para o lado e as representações do resto do corpo eliminavam a ideia de perspetiva e davam às figuras uma aparência de duas dimensões (bidimensional). As imagens da pintura desta civilização eram idealizadas com diferentes representações, de acordo com a importância na própria sociedade.
A vida na ideia da Civilização Egípcia tinha uma "essência eterna", o que levou a que a arte na pintura tentasse transmitir algo que não mudaria, apenas se transformaria num plano diverso. As representações aparecem com a cabeça e os pés de perfil e o resto do corpo de frente, assim como as cores contrastavam com os fundos brancos, o que produzia um efeito muito particular.
Na civilização Egípcia ao contrário do que se verificará mais tarde, utilizava-se sobretudo a técnica do fresco secco, que consistia em aplicar a têmpera (conjunto formado pelos pigmentos ou corantes misturados com materiais como a areia e água) no estuque já seco.
Toda a pintura da Civilização Egípcia se assemelha na forma, pois era uma arte muito intelectualizada, isto é construída para obedecer às hierarquias sociais e às marcas culturais. A apresentação dos olhos para o lado e as representações do resto do corpo eliminavam a ideia de perspetiva e davam às figuras uma aparência de duas dimensões (bidimensional). As imagens da pintura desta civilização eram idealizadas com diferentes representações, de acordo com a importância na própria sociedade.
Imagem: Cena de caça - Túmulo de Nebamun, Tebas, Egipto, c. 1400 a. C. (81 cm de altura)
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