Espaço institucional de partilha e divulgação das atividades das Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas António Rodrigues Sampaio
segunda-feira, 13 de março de 2023
quarta-feira, 8 de março de 2023
Concurso Nacional de Leitura | Fase Municipal
Decorreu, ontem, 7 de março, no Fórum Municipal Rodrigues Sampaio, a Fase Intermunicipal de Esposende do Concurso Nacional de Leitura 2023, no qual foram apurados os 12 alunos que vão participar na Fase Intermunicipal, que decorrerá no dia 20 de abril, em Amares.
Integrado no Plano Nacional de Leitura 2027, o Concurso Nacional de Leitura visa estimular hábitos de leitura e pôr à prova competências de expressão escrita e oral junto da população escolar, numa vertente lúdica da leitura. A iniciativa conta com a colaboração da Rede das Bibliotecas Escolares, da Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), do Camões IP, da Direção de Serviços de Ensino e Escolas Portuguesas no Estrangeiro (DSEEPE) e da RTP.
O concurso nacional de leitura procura conciliar numa atividade promotora da leitura, a possibilidade de partilhar experiências sobre o ler, num ambiente de convívio entre jovens e de incentivo a essa prática que pode modificar as experiências de cada um, o hábito de ler. Todos os alunos tiveram uma excelente participação por aquilo que partilharam e pelas ideias que permitiram que os presentes pudessem ouvir e pensar.
"Leituras Gamificadas com Jogos de Fuga Educativos” | Ação de Curta Duração
terça-feira, 7 de março de 2023
Esposende - Agustina e Eugénio
Agustina Bessa-Luís e Eugénio de Andrade celebram este ano o centenário do seu nascimento. A semana da leitura organiza um conjunto de atividades à volta da sua obra e via literárias. Esposende foi um local geográfico e humano onde os dois escritores passaram momentos da sua vida. Agustina viveu nos anos sessenta quatro em Esposende e Eugénio frequentou diversas vezes os espaços da costa, entre Esposende, Apúlia e Fão.
Agustina
«Vivíamos então em Esposende, numa pequena casa de praia que comprámos à senhoria, uma senhora não sei se dinamarquesa. Foram quatro anos em que escrevi muito e conheci dias bons com o mundo e comigo mesma. Minha filha estava no colégio interna, meu marido advogava no Porto e saía de tarde, voltando à noite, ficando eu e os gatos numa espécie de encantamento, a ouvir o suspiro do mar. Vinha à porta o carrinho da fruta, e a mulher que vendia dizia: «não sei como se dá nesta pasmaceira». Para ela toda a boa fruta era do Douro, inclusive as bananas. Não passava ninguém na rua, os tamarindos vergavam com o vento. A peixeira Cravelha ensinou-me a tirar a pele às azevias.»
Fonte:
O livro de Agustina : uma autobiografia / Agustina Bessa-Luís . - 2ª ed. - Lisboa : Guerra e Paz.
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«Esposende tinha duas almas: a do sul, que era piscatória, e a do norte, que era banhista. Uma era feita de gente natural e misteriosa, com dramas e alegrias rápidas, como se um vento cínico e audaz, vindo de muito longe, talhasse a sua história. A alma do sul já existia quando o reizinho D. Sebastião jogava às laranjas com os seus cortesãos – e as comia. Porque o príncipe era guloso; em apetites de mesa e arrancadas de estribo perdeu a vida, e nós a independência e a lei dela. O que lá vai lá vai!
Quando eu fui pela primeira vez a Esposende, achei que sucedia alguma coisa de solene; como um rito. Era em Julho. Nas noites em que o calor abrasava, vinha do rio um hálito de vasa. Como se o princípio do mundo rompesse o cristal das areias e borbulhasse uma vida espessa e cega, no lodo.»
segunda-feira, 6 de março de 2023
Semana da Leitura