sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Boas Festas!


Algumas livros como sugestões de Natal...

Toda a literatura é uma desconstrução de algo, a abertura de uma janela para um mundo, um sinal para colher das sombras algo diferente, diverso, novo. Toda a literatura procura estabelecer uma comunicação, um diálogo, uma conversação com o leitor. 

É ele que faz nascer o livro na sua essência. É ele que dá sentido ao livro pelas imagens que cria, pela imaginação que desenvolve em si. Deixamos aqui dez sugestões para hipotéticas compras de livros que podem funcionar como prenda de Natal. Não se enganem pelos títulos. 

Sendo para um público jovem qualquer um destes títulos pode ser lido por um adulto. Se isso não fosse possível de realizar é porque estas sugestões não eram literatura. Não existe isso de livros para jovens e livros para adultos. Existe apenas Literatura. Boas leituras!
 

 

  



 

Ceia de Natal

Receitas de Natal

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Top 5 - Os leitores (1º Período) - EB 2,3 de Forjães

Os Leitores que integram o Top5 com mais requisições durante o 1º período. A todos eles os nossos parabéns!

5.º ano:
1. Maria Faria;
2. Rafael Dias;
3. Salvador Passos;
4. Gabriela Sinaré;
5. Lara Martins;

6.º ano:
1. Luís Pereira;
2. Rodrigo Ribeiro;
3. Hugo Lima;
4. Maria Beatriz;
5. Matilde Gonçalves;

7.º ano:
1. Ana Carvalho;
2. Afonso Faria;
3. Afonso Laranjeiro;
4. Aaron Meira;
5. Isabel Torres;

8.º ano:
1. Inês Sofia Guedes;
2. Diana Oliveira;
3. Beatriz Pimenta;
4. Leonor Cerqueira;
5. Leonor Ribeiro

9.º ano:
1. Gabriel Martins Ribeiro;
2. Jéssica Santos;
3. Filipa Cruz;
4. Guilherme Reis;
5. Beatriz Marahão Pereira;

Imagem: copyright: Jean-Honoré Fragonard, A leitor, c. 1776, National Gallery of Art, Washington.

Top 10 - Livros (1º Período) - EB 2, 3 de Forjães


 





  


 

Top 5 - Os leitores (1º Período) - EB 2,3 Marinhas


Os Leitores que integram o Top5 com mais requisições durante o 1º período. A todos eles os nossos parabéns!


5.º ano:
1. .....;
2. .....;
3. .....;
4. .....;
5. .....;

6.º ano:

1. .....;
2. .....;
3. .....;
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7.º ano:
1. .....;
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5. .....;

8.º ano:
1. .....;
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9.º ano:
1. .....;
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Top 10 - Livros (1º Período) - EB 2, 3 Marinhas


Os livros mais requisitados durante o 1º Período para a leitura domiciliária ....

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

A vida humana


Dos Direitos Humanos poderíamos falar por muito tempo. Talvez nem o nosso próprio tempo de vida chegasse. Pela multiplicidade daquilo que nos compõe, pelo nosso tempo dividido em tarefas e por um mundo estranho e construído tantas vezes à margem de um rosto, de uma respiração. E, talvez nem aja outro tema tão essencial para falar com os alunos, para compreendermos com eles essa aventura larga, vibrante e difícil que é a vida. Essa tarefa de encontrarmo-nos numa festa, onde tantas vezes as margens do rio se alargam e nós à deriva por respostas, para sermos herdeiros de um convite que nos foi feito.

Dos Direitos Humanos vistos como um grupo de valores essenciais a todas as pessoas, a todas as sociedades. Dos Direitos Humanos capazes de nos definir, de nos dar uma identidade, de nos absorver por um sonho comum de paz e liberdade. Dos Direitos Humanos capazes de dotar todos de uma educação que permita alargar o ler, o ver e o ouvir. Sim, a da leitura, a das literacias capazes de nos fazer compreender o que nos envolve e como podemos deixar uma palavra, um verso nesta grande viagem.

Dos Direitos Humanos poderíamos falar e refletir por muito tempo e talvez o devessemos fazer até para nos descobrirmos. Passaremos algumas vezes por esta temática que é no fundo nós próprios. Temática que nos conduz à imaginação, e a um modo de pensar os outros, de estabelecer essa relação com o outro, a fonte da cidadania, o que Hannah Arendt sublinhou como a ponte para a existência humana, o pensamento.  

O que pensamos e o que sentimos sobre o que somos, a Humanidade que nos compõe e os outros, o que sentimos com eles numa viagem feita num espaço único, o universo que nos foi oferecido? É também um convite à colaboração de todos, pois o pensamento é se quiserem o rosto visível da beleza. Por agora o excerto de um Projeto que nos mostrou de modo substantivo a nossa diversidade e se quiserem essas palavras de Sophia, a de que "somos herdeiros do mistério do ser."
Humans, em português, "Humanos" é um grande projeto sobre a própria Humanidade, a sua diversidade, o seu mosaico de pessoas e emoções para a amostragem do que significa em tantos planos o que nos define, o amor, a morte, a amizade, a alegria ou a tristeza.  Deixa-se apenas um pequeno testemunho, o de Pepe Mijuca, que vale muito a pena ouvir. 

O filme na sua íntegra é muito extenso, mas vale muito vê-lo no todo ou em parte. O filme (o link para o filme completo) foi realizado por Yann ArRthus-Bertrand, apresentado em 2015 e tem horas de material sobre nós próprios, a Humanidade. E, talvez seja por isso que os Direitos Humanos são tão difíceis de respeitar, ainda não nos encontramos, ainda não entendemos o que somos nos outros.

Leituras na Biblioteca

Era uma vez uma árvore e um menino. A árvore amava o menino e este fazia-lhe companhia, visitava-a, brincava com ela. O tempo passou. O menino precisava de outras coisas, objetos palpáveis, sinais de conforto. A árvore mantinha-se fiel a uma amizade e dando tudo o que tinha. Seria ainda uma árvore...

  

(Desenhos de  Ana Margarida, Benedita e Leonor Gomes - 3.º FF - EBI de Forjães)


Declaração Universal dos Direitos do Homem

(A Declaração Universal dos Direitos do Homem)

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Um Natal diferente

   
Chegou o Natal! Depois de imensos dias de azáfama e de espera chegou, finalmente, uma das épocas mais apreciadas e esperadas do ano. Luzes iluminavam as ruas, as lojas ficavam repletas de magia, as crianças ficavam de pausa letiva para ajudarem seus pais, nesta época tão bonita, preparando as suas casas com efeitos natalícios para receber, com amor, amigos e família.
Aurora vivia em Cascais, com a mãe Luciana e as suas duas irmãs, a Anabela, de dezasseis anos e a Amanda, de quinze anos. Tinha catorze anos e era uma adolescente reservada, intimista, voltada para o seu interior, pois o destino assim o quisera. Dentro daquilo que a vida lhe tinha reservado, tentava sorrir, mesmo que fosse um sorriso disfarçado. Porém, algo faltava naquela casa. A ausência do pai não passava despercebida nas faces de todos.
A época de Natal trazia memórias de criança a Aurora, memórias felizes que ninguém podia esquecer.
Para Aurora, tudo foi diferente naquele Natal. Algo muito especial faltou naquela casa. O pai, o seu querido pai, já não estava ali. Isso não era uma ilusão, isso era mesmo real!
Tudo aconteceu há poucos meses. Seu pai trabalhava para uma empresa, se assim a podia chamar. Um dia, quando ia para o trabalho, despistou-se e bateu com o carro num muro. Cansaço, talvez! Quis o destino que fosse assim. Não resistiu aos ferimentos e, naquele momento, já não estava ali! Dia fatídico aquele que lhe roubou o seu amado pai! Por isso, amigos, valorizem aqueles que vos são próximos. Não adiem os vossos gestos - pensava Aurora, muitas vezes, nos seus momentos de solidão e tristeza, relembrando o texto que estudara em Português.
Este ano, o seu Natal foi reduzido a seis pessoas: mãe, irmãs, avó e prima Catarina. Foi diferente, de facto, para Aurora, mas a diferença deixava muitas marcas. Não é verdade?!
Agora, as prendas eram, para ela, um pouco indiferentes. Se valiam muito dinheiro, ou não, a ela pouco lhe interessava, a ela interessava-lhe, sim, quem estava presente neste dia tão importante. Claro que queria receber prendas como todas as adolescentes, mas preferia receber gestos de amor, de amizade. A isso Aurora chamava Natal: a família, a felicidade, verem filmes todos juntos à lareira.
O Natal, na casa de Aurora, passou a ser diferente, não só porque cresceu e as prendas materiais deixaram de fazer sentido, quando alguém que amamos parte, mas também porque aprendeu a olhar para a vida de outra maneira.
Tudo foi diferente neste Natal!

Escrito por Lara Parente, 9º FB,
 Escola António Rodrigues Sampaio, Marinhas
Imagem: Copyright - Ikebana (Do calendário da Embaixada do Japão, 2015)

Dia internacional da pessoa com deficiência



No dia 3 de dezembro, na escola de Rio de Moinhos, lembramos o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência de uma forma muito agradável, com testemunhos de sucesso e de vitórias perante as adversidades!
Tivemos o privilégio da presença do Márcio Dias e do Ricardo Mendes, Tetracampeões de Basquetebol em Cadeira de Rodas, atletas da APD Braga BCR.

O Márcio, natural de Barcelos, é portador de uma ligeira deficiência física congénita, a nível dos membros inferiores. Atleta da Nossa Seleção Nacional de basquetebol em cadeira de rodas é hoje uma das grandes figuras desta modalidade, a nível nacional sendo intitulado pelo Mágico, mostra toda a sua magia no terreno de jogo, assim como na sua vida pessoal.

O Ricardo, natural de Esposende, portador de uma deficiência física adquirida é hoje um grande atleta da APD Braga BCR. Foi vítima de um acidente de viação, no qual sofreu ferimentos a nível da Coluna vertebral, que lhe provocaram paralisia nos membros inferiores.

Para além de termos sido presenteados pela simpatia de cada um deles, conhecemos experiências fantásticas e adquirimos conhecimentos muito importantes, tanto sobre a problemática da deficiência motora, como do Desporto Adaptado.

Percebemos que, por entre obstáculos e dificuldades, a Motivação e a capacidade de Acreditar são essenciais para ultrapassar barreiras e seguir em frente…. Dois casos de grande sucesso que muito nos ensinaram sobre “a vida”!

Nenhum obstáculo os faz parar.
Obrigado Márcio!
Obrigado Ricardo!

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

"Clarinha e a fonte do tempo"


Na semana da Floresta Autóctone, a EB de Mar recebeu a peça de teatro “Clarinha e a Fonte do Tempo”.
Com esta iniciativa do CEA (Centro de Educação Ambiental) e da Esposende Ambiente foi passada a mensagem da importância de cuidarmos das florestas, rios e ribeiras, pois do cuidado que temos agora com a natureza vai depender o nosso futuro!
Se, no futuro, não quisermos ter um ambiente árido, poluído e sem água potável temos de agir já!

Leituras na Biblioteca

Na sequência da atividade de celebração da memória de Rómulo de Carvalho e do seu amigo António Gedeão as turmas dos quinto, dos sextos e dos nonos anos participaram conjuntamente numa sessão de partilha de experiências ao nível da Física com a leitura de poemas. 

Falou-se de Rómulo de Carvalho, do seu papel como divulgador científico, como professor de Físico-Química e como pensador num período de significativa falta de acesso ao conhecimento. 

Foram lidos excertos das suas Memórias, onde se destacaram os aspetos cívicos de Rómulo e a sua relação com a vida e com o mundo. Foram ouvidos os poemas, “A pedra filosofal”, “Lágrima de preta” e “poema para Galileo”.

Leituras na Biblioteca

Era uma vez uma árvore e um menino. A árvore amava o menino e este fazia-lhe companhia, visitava-a, brincava com ela. Reunia as folhas, subia ao seu tronco, comia as suas maçãs, descansava na sua sombra. Um dia tudo mudou, o menino deixou de ser menino, mas a árvore continuava generosa e atenta...

Os alunos do terceiro ano da EBI (1.º Ciclo) de Forjães ilustraram este conto. Eis alguns dos seus desenhos. Na próxima semana veremos que histórias nos escrevem sobre a árvore e o menino.

 


Desenhos de Laura, Matilde Dias e Joana B. 

Dia internacional da pessoa com deficiência


No dia 3 de dezembro, comemorou-se o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência no nosso Agrupamento.

Na EBARS e na EBF, de manhã, os alunos dos nonos anos tiveram a oportunidade de conhecer o Thomas Silva, jovem com paralisia cerebral. Ex-aluno da escola das Marinhas, presentemente aluno do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, o Thomas deu a conhecer o seu projeto de licenciatura - “Um Caminho para Todos” – que pretende criar uma rota, no âmbito dos Caminhos de Santiago, totalmente acessível para as pessoas com mobilidade reduzida, através do caminho português da costa

Os alunos da nossa escola, mais uma vez, puderam constatar que a força de vontade, a motivação e os objetivos de vida vencem qualquer barreira. O Thomas é, com certeza, um ser humano que vai fazer a diferença na vida de muitas pessoas, “construindo” a melhor alternativa para quem tenha problemas de mobilidade, e assim, promover mais autonomia.

Ao longo da tarde, o Município de Esposende promoveu um momento de convívio para os alunos com necessidades especiais que integram o projeto de canoagem adaptada nas instalações da Associação Rio Neiva. Numa tarde de dezembro em que o sol fez realmente toda a diferença, os nossos jovens caminharam ao longo do rio e, logo de seguida, divertiram-se a andar de canoa, seguindo-se um lanche. A Associação Rio Neiva possui canoas adaptadas às limitações físicas de certas pessoas proporcionando-lhes, assim, condições para se deliciarem na água.

Juntos, fazemos a diferença!
Departamento  de Educação Inclusiva

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

leituras na biblioteca


Era uma vez uma Árvore que amava um menino.
E todos os dias, o menino vinha e juntava as suas folhas. E com elas fazia coroas de rei. E com a Árvore, brincava de rei da floresta. Subia no seu grosso tronco, balançava-se em seus galhos! Comia seus frutos.
e quando ficava cansado, o menino repousava à sua sombra fresquinha.
O menino amava a Árvore profundamente.
E a Árvore era feliz!

Mas o menino cresceu!
Um dia, o menino veio e a Árvore disse:
"Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos, repousar à minha sombra e ser feliz!"
"Estou grande demais para brincar", respondeu o menino. "Quero comprar muitas coisas. Você tem algum dinheiro que possa me oferecer?"
"Sinto muito", disse a Árvore, "eu não tenho dinheiro. Mas leve os frutos, Menino. Vá vendê-los na cidade, então terá o dinheiro e você será feliz!"
E assim o menino subiu pelo tronco, colheu os frutos e levou-os embora.
E a Árvore ficou feliz!

Mas o menino sumiu por muito tempo... E a Árvore ficou tristonha outra vez.
Um dia, o menino veio e a Árvore estremeceu tamanha a sua alegria, e disse: "Venha, Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos e ser feliz."
"Estou muito ocupado pra subir em Árvores", disse o menino. "Eu quero uma esposa, eu quero ter filhos e para isso é preciso que eu tenha uma casa. Você tem uma casa pra me oferecer?"
"Eu não tenho casa", disse a Árvore. "Mas corte os meus galhos, faça a sua casa e seja feliz."
O menino depressa cortou os galhos da Árvore e levou-os embora para fazer uma casa.
E a Árvore ficou feliz!



terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Dia internacional da pessoa com deficiência



leituras de dezembro


Título: O chapéu das fitas a voar
Autor: Augustina Bessa-Luís
Edição: 1ª
Páginas:2008
Editor: Guimarães Editores
ISBN:  978-972-665-523-2
CDU: 821.134.3

Sinopse (Excertos):
"Não são os crentes que se salvam; são os que esperam em plano de igualdade com o que é eterno - a vida humana e a realidade dos seus direitos. Devo acrescentar aqui alguma coisa que sempre me pesou: acima dos amigos eu tive o pensamento; além da gratidão, eu pus o amor forte e generoso pela vida. (...)

Somos sempre muito faladores com o insignificante e muito calados com o que nos assusta. Assusta-nos o íntimo das nossas vidas, por passarmos todas as portas sem pensar que elas se fecham para sempre atrás de nós. Não podemos voltar para compor o inacabado ou as palavras soltas ou a que faltou a experiência.

A criança de seis anos que eu era, que andava sozinha pela avenida onde cresciam as grandes tílias e só os pássaros se ouviam como guardas dos meus passos, teve o primeiro pressentimento do extarordinário. Disse para mim: "Estou num lugar, numa hora, numa vida que não me são desconhecidos." É que esse entendimento de que a nossa vida é repetição e pode ser corrigida a ponto de produzir uma forma de profecia, aquilo que nos abençoa e protege e alegra, fazendo com que o sofrimento tenha sentido no mundo". (1)

(Desta vez optámos apenas por retirar uns excertos do livro escolhido, pois a sabedoria de Agustina nas suas palavras é a melhor forma de seduzir outros leitores a descobrir uma obra rara, a que voltaremos mais vezes, para essa multiplicação do eterno).

   (1) Agustina Bessa-Luís, "Os amigos", in O chapéu das fitas a voar, págs. 214-215

(Pela sua dimensão mais reduzida e pelo seu imaginário, em dezembro iremos nos livros do mês e no autor do mês deixar alguns excertos a ler sobre a beleza da palavra, ou a sua construção em nós. )