Espaço institucional de partilha e divulgação das atividades das Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas António Rodrigues Sampaio
domingo, 23 de abril de 2023
25 de Abril de 1974 (I) - A iconografia de um nascimento
domingo, 9 de abril de 2023
terça-feira, 21 de março de 2023
Dia mundial da poesia
quarta-feira, 8 de março de 2023
Dia internacional da mulher
Talvez, como pensava Victor Hugo, a mulher seja sobretudo um ideal, ou talvez um coração a cantar de um outro modo a vida. A mulher é muito mais leve do que o homem, afirma uma graça que dança caminhos como uma ave rente à água. A mulher constrói em gestos muito mais formosura, um corpo a sorrir, como frestas do vento em tardes luminosas. Há nelas, uma construção iluminada nos instantes, como uma mão, moldando costas de mármore, reconstruindo sombras. Natália pensava que a missão, (palavra difícil) da mulher era encantar, era ser um acontecimento, o que é algo igualmente necessário para os homens, para qualquer criatura humana.
E, talvez seja isso o necessário, cada um tentar ser um acontecimento num outro. E isso é uma forma de amor, talvez uma das expressões do “Caring Thinking”. O qual faz o encantamento pelas coisas, dando na expressão de Sophia, "aos dias tecidos um ar de fantasia" e [fazer-nos] pensar que cada um talvez possa ser uma ave a desenhar as perguntas nos nomes das coisas.
E do encantamento, ou dessa outra maneira de o expressar "stay hungry stay foolish", Eugénio de Andrade deixou poemas sobre essa importância da descoberta e da capacidade do sonho, no belo, na vida e na mulher:
“Faz uma chave, mesmo pequena,
entra na casa.
Consente na doçura, tem dó
da matéria dos sonhos e das aves.
Invoca o fogo, a claridade, a música
dos flancos.
Não digas pedra, diz janela.
Não sejas como a sombra.
Diz homem, diz criança, diz estrela,
Repete as sílabas
onde a luz é feliz e se demora.
Volta a dizer: homem, mulher, criança.
Onde a beleza é mais nova.” (1)
(1) Eugénio de Andrade, “Faz uma chave”, Poesia. Porto: Assírio & Alvim, 2017.
Um feliz dia da Mulher!
Imagem: Mulheres. Clare Mallison
terça-feira, 31 de janeiro de 2023
Um mês com ... Eugénio de Andrade
quinta-feira, 12 de janeiro de 2023
Um mês com ... Eugénio de Andrade
quarta-feira, 21 de dezembro de 2022
Em final de ano ...
"Entremos, apressados,
friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio,
no prédio que amanhã for demolido...
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos, e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.
Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos, despojados, mas entremos.
Das mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada."
"Natal e não Dezembro, in Cancioneiro de Natal / David - Mourão Ferreira, Lx: Rolim, 1986.
quarta-feira, 16 de novembro de 2022
Memória de José Saramago
“Às vezes pergunto-me se certas recordações são realmente minhas, se não serão mais do que lembranças alheias de episódios de que eu tivesse sido actor inconsciente e dos quais só mais tarde vim a ter conhecimento por me terem sido narrados por pessoas que neles houvessem estado presentes, se é que não falariam, também elas, por terem ouvido contar a outras pessoas. Não é esse o caso daquela escolinha particular, num quarto ou quinto andar da Rua Morais Soares, onde, antes de termos ido viver para a Rua dos Cavaleiros, eu comecei a aprender as primeiras letras. Sentado numa cadeirinha baixa, desenhava-as lenta e aplicadamente na pedra, que era o nome que então se dava à ardósia, palavra demasiado pretensiosa para sair com naturalidade da boca de uma criança e que talvez nem sequer conhecesse ainda. É uma recordação própria, pessoal, nítida como um quadro, a que não falta a sacola em que acomodava as minhas coisas, de serapilheira castanha, com um barbante para levar a tiracolo. Escrevia-se na ardósia com um lápis de lousa que se vendia em duas qualidades nas papelarias, uma, a mais barata, dura como a pedra em que se escrevia, ao passo que a outra, mais cara, era branda, macia, e chamávamos-lhe «de leite» por causa da sua cor, um cinzento-claro, tirando a leitoso, precisamente. Só depois de ter entrado no ensino oficial, e não foi nos primeiros meses, é que os meus dedos puderam, finalmente, tocar essa pequena maravilha das técnicas de escrita mais actualizadas.”
(Recordar as palavras de Saramago, na sua memória de infância, hoje no centenário do seu nascimento).
terça-feira, 15 de novembro de 2022
Evocação da memória da 1.ª guerra mundial
quarta-feira, 1 de junho de 2022
Dia mundial da criança
domingo, 1 de maio de 2022
As Maias
No dia um de maio é costume sobretudo no mundo rural celebrar-se "as Maias". Trata-se de uma festividade antiga que remonta às civilizações mais antigas. Desde as civilizações agrícolas na Pré-História diversas culturas celebraram o culto da fertilidade da Terra. Esta tradição hoje mantém-se e caracteriza-se pela colocação de giestas amarelas na porta da casa de cada família.
"As Maias" estão ligadas ao fim do Inverno e ligam-se à ideia de proteção e de fertilidade da Natureza, anunciando a Primavera, de um modo mais efusivo. A escolha das giestas justifica-se pela facilidade em serem colhidas no campo e escolhem-se as amarelas, pois elas têm um significado muito ligada à cor e à vida.
A civilização romana já comemorava "as Maias". Na verdade "Maia" era a deusa romana da fecundidade e era a deusa mãe de Mercúrio, que era o mensageiro dos deuses na mitologia romana. Roma celebrava a Floralia que se realizava no início de maio e que procurava celebrar a deusa Flora e a própria Primavera.
Existem diferentes narrativas ligadas às "Maias" na cultura cristã, como suporte da história bíblica no Egito e da proteção de Jesus nesse seu caminho.
As culturas pagãs também foram muito marcadas pelas "Maias", nomeadamente nos Celtas e mais uma vez a sua finalidade era invocar a proteção da Natureza. Em diferentes países europeus esta tradição mantém, embora com particularidades próprias, como seja "O mastro de Maio" na Europa Central, ou o Maio-Moço, como é conhecido em algumas regiões de Portugal. No Minho a colocação de giestas durante a noite anterior a um de maio simboliza a proteção para os dias primaveris e que os "maus espíritos" sejam afastados. É genericamente uma festividade ligada aos rituais agrícolas e aos tempos da Terra.
segunda-feira, 21 de março de 2022
St. Patrick´s Day
Poesia visual
Dia mundial da poesia
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quarta-feira, 16 de março de 2022
Memória de Natália Correia
"Creio nos anjos que andam pelo mundo
creio na deusa com olhos de diamantes,
creio em amores lunares com piano ao fundo,
creio num engenho que falta mais fecundo
de harmonizar as partes dissonantes,
creio que tudo é eterno num segundo,
creio num céu que houve dantes,
creio nos deuses de um astral mais puro,
na flor humilde que se encosta ao muro,
creio na carne que enfeitiça o além,
creio no incrível, nas coisas assombrosas,
na ocupação do mundo pelas rosas,
creio que o amor tem asas de ouro. Amén."
Natália Correia, “Creio nos anjos que andam pelo mundo”, in Antologia Poética.
Natália partiu há perto de trinta anos deste país, ela que nasceu nas ilhas de lava e fogo, para nos dar uma poesia e uma criação da palavra capaz de nomear as coisas, a vida, a memória, as experiências do quotidiano com um ousadia apenas possível para os que buscam a identidade intrínseca do real. Para quem a conheceu, o seu espírito era de uma ousadia permanente. Percebeu antes de todos, que a banalização, a falta de rigor, a ausência de consciência e de memória fariam saltar as mais gritantes formas de injustiça.
Ousou sobre um País cinzento, com paixão, “o corpo do amor”, essencial a qualquer criação, para buscar a inocência perdida das crianças, no espanto inicial de saber olhar. A sua inteligência, a sua ousadia, a sua liberdade criativa serão sempre uma memória do País cinzento, que das praias de lava ousava o abraço e o beijo de outros encontros, capazes de redimir o Homem.
Escritora, poetisa, participou na luta contra o Estado Novo, tendo tido livros como Canto do País Emerso ou Satírica sido proibidos pela censura. Defendeu como poucos o património da língua portuguesa, na senda da célebre ideia de Pessoa e a importância do património cultural. Fez da sua tertúlia da liberdade um ponto de discussão e promoção de direitos humanos. Falou das mulheres com um sentido mágico, lutando no final dos anos oitenta por ideias essenciais da participação da mulher na sociedade.
Foi deputada, mas nunca se submeteu aos valores da carreira política, naquilo que esse termo tem de pior, tendo a sua vida literária tido pontos de contacto com figuras como António Maria Lisboa ou Cruzeiro Seixas. Natália foi sempre ela própria, onde conciliava conhecimento enciclopédico com os rasgos de originalidade, numa composição de profunda energia.
Com Dimensão encontrada (1957) e Comunicação
(1959) revelou uma exuberância lírica que acompanhava a sátira, onde se
notavam o desejo de chegar à utopia, à fantasia, à vida plena que
queria usufruir plenamente. Foi umas das mulheres com mais liberdade na voz e com uma inteligência e cultura acima, muito acima do pobre país fechado em convenções.
Morreu num
tempo em que esse mundo de uma construção pelo conhecimento, uma
sociedade participada caía nos escombros do individualismo. Quem
assistiu à declamação das suas poesias, percebe como só da pátria de
lava e fogo se poderia fazer nascer uma voz tão livre e tão próxima do
coração da terra. Foi precoce até nisso, na compreensão da desventura das escolhas que tornariam o País, um espelho à deriva de um liberalismo sem ideal social e cultural. O seu botequim da liberdade deu conta desse caminho perdido às portas de um sentido justo das coisas.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022
Dia de São Valentim
Celebrando o Dia de São Valentim, os alunos do 9º FA, após conhecerem as origens do popular “Roses are Red, violets are blue”, inspiraram-se e elaboraram as suas quadras na aula de Inglês, publicando-as num padlet e decorado um mural no polivalente da EB de Forjães.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2022
Dia da Internet segura
quarta-feira, 24 de novembro de 2021
terça-feira, 16 de novembro de 2021
Dia nacional do mar (III)
O oceano é um dos maiores bens da humanidade, tão belo, tão profundo,
tão misterioso. E só conhecemos cerca de 10% da sua constituição! É uma
das maiores fontes de riqueza, de biodiversidade e de energia do
planeta Terra, porém nós, seres humanos, não o preservamos como ele
merece.
O nosso agrupamento aderiu ao programa Escola Azul, com o projeto Rotas do Oceano – Conhecer e explorar o Mar de Esposende,
de modo a sensibilizar os alunos a preservarem o oceano e todo o meio
ambiente que o rodeia (reciclar e não poluir). No dia 16 de novembro, as
embaixadoras da Escola Azul, com ajuda da associação de estudantes,
manifestaram-se através de um protesto por todo o recinto da escola, no
âmbito deste projeto.
Na nossa Biblioteca Escolar, pode observar-se uma coleção de variadas
conchas, que nos remetem para a beleza do que existe no mar.
Agora, fica em teu encargo preservar o mar!
Por Joana Peixoto, 8.º ano
Dia nacional do mar