A Civilização Grega - As cidades do mundo helénico (século V a.C.)
O século V a.C., marca o apogeu do mundo helénico. A organização política e social é feita através de cidades-estado, designadas pólis. Duas cidades se destacaram. Esparta e Atenas. A sua organização tem claras diferenças. Esparta organiza-se num regime político em que o poder é controlado por algumas famílias, sendo assim uma oligarquia. Atenas criou um sistema novo até esse tempo, a democracia, em que o povo da cidade através dos seus cidadãos tinham iguais direitos e liberdades. É importante não esquecer que existiam muitas limitações no acesso a se ser cidadão.
Apesar destas diferenças existia uma ideia de comunidade (Koiné) e foi devido a esse sentimento comum que os gregos puderam derrotar os Persas no princípio do séc V a.C. Esse espírito de comunidade era baseado numa mesma língua, na adoração aos mesmos deuses, na adoção do culto do fogo sagrado, na prática dos mesmos jogos e na adoção dos mesmos estilos artísticos. A razão como elemento capaz de orientar a vida humana influenciará de um modo muito particular as suas produções culturais e a própria ideia de cidade.
As cidades-estado foram muito influenciado pelo modelo criado em Atenas que séculos depois influenciará outras civilizações e até o mundo ocidental. A cidade aparece com espaços que têm determinadas funções. Essas funções organizam o espaço em zonas específicas, que podem ser administrativas, religiosas, comerciais, sociais, ou de da localização da habitação das pessoas. O princípio da função dos espaços é a sua principal característica, de modo a que a cidade seja uma construção da própria razão daquilo que as pessoas necessitam. A cidade grega tinha uma construção geométrica, de modo a garantir a sua funcionalidade, a racionalidade das escolhas e um modo uniforme em todas as pólis. Estas tinham assim três grandes áreas:
Apesar destas diferenças existia uma ideia de comunidade (Koiné) e foi devido a esse sentimento comum que os gregos puderam derrotar os Persas no princípio do séc V a.C. Esse espírito de comunidade era baseado numa mesma língua, na adoração aos mesmos deuses, na adoção do culto do fogo sagrado, na prática dos mesmos jogos e na adoção dos mesmos estilos artísticos. A razão como elemento capaz de orientar a vida humana influenciará de um modo muito particular as suas produções culturais e a própria ideia de cidade.
As cidades-estado foram muito influenciado pelo modelo criado em Atenas que séculos depois influenciará outras civilizações e até o mundo ocidental. A cidade aparece com espaços que têm determinadas funções. Essas funções organizam o espaço em zonas específicas, que podem ser administrativas, religiosas, comerciais, sociais, ou de da localização da habitação das pessoas. O princípio da função dos espaços é a sua principal característica, de modo a que a cidade seja uma construção da própria razão daquilo que as pessoas necessitam. A cidade grega tinha uma construção geométrica, de modo a garantir a sua funcionalidade, a racionalidade das escolhas e um modo uniforme em todas as pólis. Estas tinham assim três grandes áreas:
- a área sagrada - nela estavam os principais templos e santuários das divindades e encontrava-se num espaço designado acrópole. Esta tem uma muralha e localizava-se num sítio elevado que dominava toda a cidade.
- a área pública - nesta encontrava-se a ágora que era o centro da vida na cidade-estado; tratava-se de uma praça pública, onde se desenvolviam as atividades económicas e sociais, mas também políticas. Aí se encontravam o mercado, a assembleia dos cidadãos, os teatros ou os estádios para as atividades desportivas. Ainda nesta área encontrava-se a stoa, espécie de arcada com um elevado pórtico, decorado com imagens e estátuas, onde alguns cidadãos discutiam os problemas da sociedade e da vida. A Filosofia, como sede do conhecer e da procura da sabedoria nasceu igualmente na Grécia.
- a área privada - nesta área encontravam-se os espaços de habitação. Estas eram modestas, com pouco mobiliário e não era notória na sua construção qualquer distinção social. A casa era construída em função de um ponto central, um pórtico que recolhia na cisterna a água da chuva.
Imagem: Acrópole de Atenas (destaque para o Pártenon)
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