Cenoura, cenourinha,
diz-me porque te ris.
- Porque me julgas um fruto
mas eu sou uma raiz.
Cenoura, cenourinha,
Diz-me se nasces na serra.
- Não, eu sou uma planta da horta
e cresço debaixo da terra.
Cenoura, cenourinha,
diz-me de que cor tu és.
- Eu sou da cor das laranjas,
da cabeça até aos pés.
Cenoura, cenourinha,
diz-me se usas chapéu.
- Não, mas tenho uma franja verde
que às vezes parece um véu.
Cenoura, cenourinha,
diz-me porque estás a tremer.
- Porque vem aí um coelho
com fome, que me quer comer!
"Cenoura ", in Poemas da hora e outros poemas /Mamuela Leitão; il. Marta Monteiro. Oeiras: Máquina de voar; Imagem: Copyright - Abby Diamond
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