Espaço institucional de partilha e divulgação das atividades das Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas António Rodrigues Sampaio
sexta-feira, 30 de outubro de 2020
Dia internacional da biblioteca escolar (III)
Dia internacional da biblioteca escolar (II)
- Nas bibliotecas há muitos livros e nele podemos aprender muitas coisas. (Martim A.)
- Os livros ajudam-nos a conhecer coisas e lugares que nunca vimos antes. (Beatriz)
- Eu gosto muito de ir buscar livros à biblioteca. Dantes era a minha mãe que lia, mas agora eu vou aprender a ler e vou ler eu para ela. (Guilherme)
- A biblioteca é um lugar confortável. É limpo e arrumado. Eu gosto de olhar para os livros e imaginar histórias. (Dinis)
- A biblioteca está cheia de livros que nos ensinam. Eu gosto muito mais de ver histórias nos livros do que no telemóvel da mãe. (Lara)
Dia internacional da biblioteca escolar (I)
- As bibliotecas escolares são importantes porque podemos ler e estudar.
- Nas bibliotecas devemos falar baixinho para podermos ler os livros.
- Nas bibliotecas devemos estar quietinhos e caladinhos.
- Quem vai à biblioteca tem que deixar os livros no mesmo sítio, quer dizer (arrumadinhos).
- Nas bibliotecas podemos encontrar livros para crianças, para bébés e para adultos
Outubro Rosa
Celebrar o Halloween
A
partir do século I os Romanos abandonaram esta tradição. A figura da bruxa
aparece na Idade Média e por relação com a intolerância religiosa, tendo ficado
associado a esta tradição. A Igreja no século IX deslocou de Maio para 1
de Novembro a celebração do Dia de Todos os Santos para diminuir os cultos
pagãos que a norte da Europa tinham muita importância. Houve assim uma junção
dos cultos cristãos e pagãos, um pouco como no Brasil, em que a cultura negra
integrou os valores da cristandade europeia.Minutos de leitura
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra com tanto mar
como a palavra
Açores.
Minutos de leitura
"Atravessaram o Mar dos Sargaços e viram peixes voadores.
E viram as grandes baleias que atiram repuxos de água para o céu e viram os grandes vapores que deixam atrás de si colunas de fumo suspensas no ar. E viram os icebergues majestosos e brancos na solidão do oceano. E nadaram ao lado dos veleiros que corriam velozes esticados no vento. E os marinheiros gritavam de espanto quando viam um rapaz agarrado à cauda dum golfinho. Mas eles mergulhavam e desciam ao fundo do mar para não serem pescados. Aí estavam os antigos navios naufragados com os seus cofres carregados de oiro e os seus mastros quebrados cobertos de anémonas e conchas.
Depois de nadarem sessenta dias e sessentas noites chegaram a uma ilha rodeada de corais. O golfinho deu a volta à ilha e por fim parou em frente duma gruta e disse:
– É aqui; entra na gruta e encontrarás a Menina do Mar.
– Adeus, adeus, golfinho. Obrigado, obrigado.
A gruta era toda de coral e o seu chão era de areia branca e fina. Tinha em frente um jardim de anémonas azuis. O rapaz entrou na gruta e espreitou. A menina, o polvo, o caranguejo e o peixe estavam a brincar com conchinhas. Estavam quietos, tristes e calados. De vez em quando a menina suspirava.
– Estou aqui! Cheguei! Sou eu! – gritou o rapaz. (…)
Então a Menina do Mar sentou-se no ombro do rapaz e disse:
– Estou tão feliz, tão feliz, tão feliz! Pensei que nunca mais te ia ver. Sem ti o mar, apesar de todas as suas anémonas, parecia triste e vazio. E eu passava os dias inteiros a suspirar. E não sabia o que havia de fazer. Até que um dia o Rei do Mar deu uma grande festa. Convidou muitas baleias, muitos tubarões e muitos peixes importantes. E mandou-me ir ao palácio para eu dançar na festa. No fim do banquete chegou a altura da minha dança e eu entrei na gruta onde o rei do Mar estava com os seus convidados, sentado no seu trono de nácar, rodeado de cavalos-marinhos. Então os búzios começaram a cantar uma cantiga antiquíssima, que foi inventada no princípio do Mundo. (…)
Então o Rei do Mar teve pena da minha tristeza e teve pena de ver uma bailarina que já não sabia dançar. (…)
No dia seguinte de manhã eu voltei ao palácio. E o Rei do Mar sentou-me no seu ombro e subiu comigo à tona das águas. Chamou uma gaivota, deu-lhe o frasco com o filtro de anémonas e mandou-a ir à tua procura. E foi assim que eu consegui que tu voltasses. (…)
– Agora a tua terra é o mar – disse a Menina do Mar.
E foram os cinco através de florestas [A menina do Mar, o rapaz, o polvo, o peixe e o caranguejo], areais e grutas.
No dia seguinte houve uma festa no palácio do Rei. A Menina do Mar dançou toda a noite e as baleias, os tubarões, as tartarugas e todos os peixes diziam:
– Nunca a vimos dançar tão bem.
E o Rei do Mar estava sentado no seu trono de nácar, rodeado de cavalos-marinhos e o seu manto de púrpura flutuava nas águas.
Imagem: Copyright – Fernanda Fragateiro
quinta-feira, 29 de outubro de 2020
Escritor do mês - outubro (IX)

Minutos de leitura
"Há na casa algo de rude e elementar que nenhuma riqueza mundana pode corromper,e, apesar do seu halo de solidão e do seu isolamento na duna, a casa não é margem mas antes convergência, encontro, centro.
Minutos de leitura
O caminho entre a praia e a casa foi percorrido com alguma pressa. Ansiosos, os meus dedos afagavam aquele objecto misterioso que não obedecia à lei fundamental de todo o búzio digno desse nome: trazer gravado dentro de si o marulhar das ondas para que as pessoas possam recordar o ruído do mar, mesmo quando estão longe dele.
quarta-feira, 28 de outubro de 2020
Biblio@rs - a civilização romana (III)
A Civilização Romana - O espaço
Livros do mês - 2.º / 3.º Ciclos (IV) - outubro
"O Cabedelo para mim era o deserto, cheio de prestígio e de aventuras.... Era no Cabedelo que tomávamos os melhores banhos, deitados na areia, deixando vir sobre nós a vaga num rodilhão de algas e espuma. Andar um momento envolvido na crista da onda, ser atirado numa sufocação sobre a areia, correr de novo para o mar, direito à vaga que se encapela lá no fundo, formando concha, outra vez aturdido e impregnado de uma vida nova; e depois procurar, a escorrer, um côncavo quentinho de areia que nos sirva de abrigo contra o vento e secar-se a gente naquele lençol doirado - é uma das coisas boas da terra. E outro prazer simples e extraordinário é ir descalço pelo grande areal fora com os pés na água. A onda vem, espraia-se, molha-nos e salpica-nos de espuma. Calca-se esse mosto branco e salgado que gela e vivifica, e caminha-se sempre ao lado dos sucessivos rolos que se despedaçam na areia. A onda vem, cresce e, antes de se despedaçar em espuma, o sol veste-a de uma armadura de aço a reluzir. Há-as de um esverdeado de alga morta, há-as que se derretem e fundem em torvelinhos de branco e há-as que recuam e se enovelam noutras ondas prestes a desabar. Mas há umas, esplêndidas, que vi em Mira, ao pôr do sol, quando o vasto areal fica todo ensanguentado. A onda forma-se e corre por aquela magnífica estrada que vem do Sol até à praia, ganha primeiro reflexos doirados na crista e depois, quando se estira pelo areal molhado, fica cor do vinho nos lagares.
Livros do mês - 1.º Ciclo (III) - outubro
"Passaram dias e dias. O rapaz voltou muitas vezes às rochas, mas nunca mais viu a menina nem os seus três amigos. Era como se tudo tivesse sido um sonho.
Até que chegou o Inverno. O tempo estava frio, o mar cinzento e chovia quase todos os dias. E numa manhã de nevoeiro o rapaz sentou-se na praia a pensar na Menina do Mar.
E enquanto assim estava viu uma gaivota que vinha do mar alto com uma coisa no bico. Era uma coisa brilhante que reflectia a luz e o rapaz pensou que deveria ser um peixe. Mas a gaivota chegou junto dele, deu uma volta no ar e deixou cair a coisa na areia.
O rapaz apanhou-a e viu que era um frasco cheio duma água muito clara e luminosa.
– Bom dia, bom dia – disse a gaivota.
– Bom dia, bom dia – respondeu o rapaz. – Donde é que vens e porque é que me dás este frasco?
– Venho da parte da Menina do Mar – disse a gaivota. – Ela manda-te dizer que já sabe o que é a saudade. E pediu-me para te perguntar se queres ir ter com ela ao fundo do mar.
– Quero, quero – disse o rapaz. – Mas como é que eu hei-de ir ao fundo do mar sem me afogar?
– O frasco que te dei tem dentro suco de anémonas e suco de plantas mágicas. Se beberes agora este filtro passarás a ser como a Menina do Mar. Poderás viver dentro de água como os peixes e fora da água como os homens.
– Vou beber já – disse o rapaz.
E bebeu o filtro.
Então viu tudo à sua roda tornar-se mais vivo e mais brilhante.
Sentiu-se alegre, feliz, contente como um peixe. Era como se alguma coisa nos seus movimentos tivesse ficado mais livre, mais forte, mais fresca e mais leve.
– Ali no mar – disse a gaivota – está um golfinho à tua espera para te ensinar o caminho.
O rapaz olhou e viu um grande golfinho preto e brilhante dando saltos atrás da arrebentação das ondas. Então disse:
– Adeus, adeus, gaivota. Obrigado, obrigado.
E correu paras as ondas e nadou até ao golfinho.
– Agarra-te à minha cauda – disse o golfinho.
E foram os dois pelo mar fora.
Nadaram muitos dias e muitas noites através de calmarias e tempestades."
A Menina do Mar / Sophia de Mello Breyner Andresen ; il. Fernanda Fragateiro. Porto : Porto Editora, 2012. Imagem: Copyright – Fernanda Fragateiro
Minutos de leitura
"Entre a casa e a cidade longínqua estendem-se as dunas como um grande jardim deserto, inculto e transparente onde o vento que curva as ervas altas, secas e finas faz voar em frente dos olhos o loiro dos cabelos. Ali crescem também os lírios selvagens cujo intenso perfume, pesado e opaco como o perfume de um nardo, corta o perfume árido e vítreo das areias.
Minutos de leitura
terça-feira, 27 de outubro de 2020
Escritor do mês - outubro (VIII)
Minutos de leitura
“Mas hoje acordo, subo ao convés e tenho uma alegria frenética. Tudo isto, todo este azul, toda esta frescura, me entra em jorro pelos olhos dentro. A tinta azul não só ondula – estremece em pequenos grãos vivos, duma acção extraordinária, e o mundo sempre novo que me rodeia penetra-me do seu bafo e comunica-me a sua vida. (…) Luz cinzenta, luz doirada – transparência azul boiando cheia de cintilações ao longe, e depois mais luz viva que nasce e estremece diante da grande massa escura que sai do mar sobre a magia do nascente (…) E é esta luz que me acompanha e nunca mais me larga. A mim que vivo de luz límpida, e que acordo todas as manhãs com o pensamento na luz.”
Minutos de leitura
No dia seguinte, logo de manhã, o rapaz foi ao seu jardim e colheu uma rosa encarnada muito perfumada. Foi para a praia e procurou o lugar da véspera.
– Bom dia, bom dia, bom dia – disseram a menina, o polvo, o caranguejo e o peixe.
– Bom dia – disse o rapaz. E ajoelhou-se na água, em frente da Menina do Mar.
– Trago-te aqui uma flor da terra – disse -; chama-se rosa.
– É linda, é linda! – disse a Menina do Mar, dando palmas de alegria e correndo e saltando em roda da rosa.
– Respira o seu cheiro para veres como é perfumada.
A menina pôs a sua cabeça dentro do cálice da rosa e respirou longamente.
Depois levantou a cabeça e disse suspirando:
– É um perfume maravilhoso. No mar não há nenhum perfume assim. Mas estou tonta e um bocadinho triste. As coisas da terra são esquisitas. São diferentes das coisas do mar. No mar há monstros e perigos, mas as coisas bonitas são alegres. Na terra há tristeza dentro das coisas bonitas.
– Isso é por causa da saudade – disse o rapaz.
– Mas o que é a saudade? – perguntou a Menina do Mar.
– A saudade é a tristeza que fica em nós quando as coisas de que gostamos se vão embora.
– Ai! – suspirou a Menina do Mar olhando para a terra. – Porque é que me mostraste a rosa? Estou com vontade de chorar.
O rapaz atirou a rosa e disse:
– Esquece-te da rosa e vamos brincar.
E foram os cinco, o rapaz, a menina, o polvo, o caranguejo e o peixe pelos carreirinhos de água, rindo e brincando durante a manhã toda.
Até que a maré começou a subir e o rapaz teve que se ir embora.
No dia seguinte, de manhã, tornaram a encontrar-se todos no sítio do costume.
– Bom dia – disse a menina. – O que é que me trouxeste hoje?
O rapaz pegou na Menina do Mar, sentou-se numa rocha e ajoelhou-se a seu lado.
– Trouxe-te isto – disse. – É uma caixa de fósforos.
– Não é lá muito bonito – disse a menina.
– Não; mas tem lá dentro uma coisa maravilhosa, linda e alegre que se chama fogo. Vais ver.
E o rapaz abriu a caixa e acendeu um fósforo.
A menina deu palmas de alegria e pediu para tocar no fogo.
– Isso – disse o rapaz – é impossível. O fogo é alegre, mas queima.
– É um sol pequenino – disse a Menina do Mar.
– Sim – disse o rapaz – mas não se lhe pode tocar.
E o rapaz soprou o fósforo e o fogo apagou-se.
– Tu és bruxo – disse a menina -, sopras nas coisas e elas desaparecem.
– Não sou bruxo. O fogo é assim. Enquanto é pequeno qualquer sopro o apaga. Mas depois de crescido pode devorar florestas e cidades.
– Então o fogo é pior que a Raia? – perguntou a menina.
– É conforme. Enquanto o fogo é pequeno e tem juízo é o maior amigo do homem: aquece-o no inverno, cozinha-lhe a comida, alumia-o durante a noite. Mas quando o fogo cresce de mais, zanga-se, enlouquece e fica mais ávido, mais cruel e mais perigoso do que todos os animais ferozes.
– As coisas da terra são esquisitas e diferentes – disse a Menina do Mar. – Conta-me mais coisas da terra.
Então sentaram-se os dois dentro de água e o rapaz contou-lhe como era a sua casa e o seu jardim e como eram as cidades e os campos, as florestas e as estradas.
– Ah!, como eu gostava de ver isso tudo – disse a menina cheia de curiosidade."
Imagem: Copyright – Fernanda Fragateiro
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
dia internacional da biblioteca escolar
“Os cientistas dizem que somos feitos de átomos, mas um passarinho me contou que somos feitos de histórias.” (Eduardo Galeano, Os filhos dos dias.)mês internacional das Bibliotecas escolares
Há já há diversos anos que no mês de outubro se celebra, o mês internacional das bibliotecas escolares. Esta iniciativa é promovida pela IASL (International Association of Scholl Libraries). Este ano foi escolhido o dia 26 de outubro para celebrar esta data, onde se procura convidar todos a celebrar a ligação entre os livros, a leitura e as bibliotecas, como espaços de aprendizagem e de descoberta.


















