A Civilização Grega - o belo como representação (II)
Adónis e Afrodite (na civilização
romana Vénus) identificam uma das formas de observar a representação do belo.
Afrodite era a deusa do amor. A mitologia fenícia e grega atribuíam a Adónis as
qualidades da beleza masculina e que se relacionou no próprio mito com os
espaços temporais ligados à natureza.
Adónis teria nascido da casca de uma árvore, devido à
ira de Théias, rei da Síria. Afrodite maravilhou-se com a beleza do jovem e
decidiu protegê-lo. Apaixonaram-se quando Adónis já tinha crescido, o que levou
à fúria do Deus Ares. Adónis passou para o submundo, onde governava Hades e
Perséfone.
Afodite decidiu então instituir uma celebração anual
para lembrar a tragédia e a sua perda. Estas celebrações anuais ocorriam em
cidades da Grécia e da Pérsia, desde o século V a.C., durante os quais as
mulheres plantavam sementes de várias plantas em pequenos recipientes, chamados
jardins de Adónis.
Este mito de Adónis relacionou-se com os ritos que
simbolizavam a morte das plantas e a sua germinação que simbolizava a vida. O
mito de Adónis e de Vénus preenche de forma continuada a representação da arte
no Ocidente e dessa representação se constrói um histórico da beleza. Falaremos
aqui um pouco dessa evolução da ideia de beleza enquanto idealização e representação do belo, no contexto da arte da Civilização Grega.
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