terça-feira, 2 de novembro de 2021

Entrevistas imaginárias (I)

Hoje vamos entrevistar um cão que estava num canil, mas ninguém o queria adotar por conta do seu aspeto físico invulgar com falhas de pelos, olhos com cores diferentes e patas verdes, até que um dia alguém o adotou e, desde aí, a sua vida nunca mais foi a mesma.

-Qual o seu nome?

Chamo-me Ruby, os meus donos quando me adotaram ainda não tinham nome para mim, mas diziam sempre que eu era muito precioso e raro então fiquei Ruby.

-Quando os seus donos o adotaram foi difícil cuidar de você?

Nadinha, porque apesar de eu ser um cão com características físicas diferentes, não quer dizer que eu não conseguisse viver e fazer tudo como outros cães. Mas havia uma coisa que os meus donos sempre repararam em mim, é que eu tinha muita energia, força e inteligência, mas, principalmente mais habilidade do que os outros cães.

-Mas como é que a sua vida mudou por completo?

Bem, os meus donos não eram uma família com muitas condições e nem muito grande era só uma filha e um casal, mas quem me dava mais atenção era a Sofy a filha. Até que um dia passou na TV que iria haver um concurso para cães e a Sofy inscreveu-se log. Fiquei muito espantado, e todos os dias nós treinávamos no quintal da casa e eu adorava.

-Qual era o prémio do concurso?

Era um kit gigante para cães e 100 mil euros, ela tinha quase a certeza de que nós não íamos ganhar, mas fez aquilo por diversão.

-Como foi a competição?

Quando chegamos lá começaram todos a rirem-se de nós por conta da minha aparência, mas nós não ligamos. Comecei a competição normalmente a dar o meu melhor, quase no final do percurso a Sofy reparou que eu estava a cansar-me, então começou a dizer “Vai Ruby tu consegues” então reuni as minhas últimas forças e consegui vencer.

-Quando as pessoas viram que ganhou qual foi a reação deles?

Alguns entenderam que não interessa a aparência e pediram desculpa, outros só ligam ao que está por fora, mas a vida é assim, existem pessoas boas e outras não.

-O que fez com o prémio?

Nada, mas agora sou reconhecido por muita gente.

-Mais alguma coisa que queira dizer?

Sim, é só para dizer para importarmo-nos mais com o interior e não o exterior, para nunca julgar ninguém pela sua aparência e muito menos sem a conhecer e sermos sempre nós próprios.

Chegamos ao fim da nossa entrevista muito obrigada por disponibilizar um tempinho aqui connosco e agora ficamos a conhecer melhor sobre a sua vida e o que teve de enfrentar para chegar até aqui.

O prazer foi meu espero que isto sirva de lição para algumas pessoas e nunca deixem de ser felizes!

Imagem: Copyright - CanStockPhoto

6.º FA - Carolina Oliveira

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