No forte de São João Batista, em Esposende está presente uma exposição designada "Patrimónios emersos e submersos" e "Do local ao Global". Nela se pode ver um conjunto de artefactos em materiais diversos que no inverno de 2014 deram à costa, a norte de Esposende, na localidade de Belinho.
Os destroços pertencem a um navio holandês do século XVI e entre eles encontraram-se pratos em latão, pratos de baixela em estanho, balas de vários calibres e pedra vulcânica usada para o lastro da embarcação (o que permitia equilibrar os barcos no mar aberto). Encontram-se ainda pratos de Nuremberga, produzidos na Bélgica e que eram usadas nas igrejas portuguesas nessa época.
Os achados têm sido trabalhados por uma equipa multidisciplinar e teve a excelente colaboração de algumas pessoas locais que encaminharam as descobertas, de modo a que um estudo exaustivo fosse possível ser feito. Foi esta exposição que os alunos do 8.º FB foram visitar hoje, na qual mostraram uma excelente participação pela atitude e curiosidade reveladas.
A exposição contempla ainda uma pequena mostra do percurso da primeira viagem de circum-navegação realizada por Fernão de Magalhães. Está integrada na comemoração dos quinhentos anos, de uma aventura marítima extraordinária, para o conhecimento do mundo e da ideia de um único oceano no planeta.
A exposição revela materiais de um grande alcance cultural, tratando-se na verdade de um tesouro, que está a ser muito bem cuidado e organizado para a partilha necessária na memória coletiva. Com ela exprime-se de modo eloquente as potencialidades do local para o conhecimento do global, a experiência humana história, como elemento de um património humano e essa ideia dos romanos que somos pontos de um universo em construção, os sinais herdados no futuro.
Da visita a esta exposição resultarão alguns produtos realizados em contexto escolar que serão mais tarde revelados.
Imagens: Da exposição no Farol de Esposende / da apresentação pública de algumas peças (novembro de 2014).
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