Nela o pensamento se desligou da mão
Ulisses rei de Ítaca carpeinteirou seu barco
E gabava-se também de saber conduzir
Num campo a direito o sulco do arado." (1)
O homem possuidor de um enorme bom senso e de uma inteligência cósmica
aglutina-se na cidade pelo seu conforto secular, pela alegria de em comunhão
com os seus vizinhos formular caminhos de civilização onde o natural e a
memória são elementos de uma espiritualidade reconfortante. Este sonho capaz de
redimir o Homem e dar significado à sua existência foi abandonado pelo superior
valor de adormecer na luz das cidades perdidas com as moedas que guardam o
futuro de todos os possíveis.
No dia vinte e dois de Abril celebra-se o Dia da Terra. A ação
destruidora do homem sobre os habitats naturais é demasiado evidente. E até os
santuários naturais, locais de reserva da vida natural estão ameaçados.
Costumamos por postura de consciência adquirida expor neste dia todas as
consequências da acção do homem e o conjunto de intenções, sempre grandiosas
que os estados nacionais e os governos irão a partir de cada momento
concretizar. Os governos e os homens prestam mais cuidado às moedas com
que adormecem.

Sophia, "O
rei de Ítaca", in O nome das coisas, página 42.
Imagens, in http://www.earthday.org/2015
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