terça-feira, 28 de abril de 2020

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A Civilização Egípcia   (3500 a 500 a.C.) - A arte: A Pintura - 
Tal como a arquitetura, a pintura foi uma das atividades artísticas mais importantes da Civilização Egípcia. É interessante verificar que entre o Paleolítico e as pinturas rupestres até a esta civilização, a pintura não teve grande significado. A pintura na Civilização Egípcia serviu o mesmo objetivo da arquitetura, isto é dar conteúdo e contexto aos templos, palácios e túmulos. A utilização da pintura para efeitos do sagrado justificava-se com a ideia de que terminando a vida terrestre com a morte, era preciso construir uma outra dimensão. Dimensão que no casos dos reis, faraós e sacerdotes podia-se prolongar se existisse uma marca da passagem pela vida.

A vida na ideia da Civilização Egípcia tinha uma "essência eterna", o que levou a que a arte na pintura tentasse transmitir algo que não mudaria, apenas se transformaria num plano diverso. As representações aparecem com a cabeça e os pés de perfil e o resto do corpo de frente, assim como as cores contrastavam com os fundos brancos, o que produzia um efeito muito particular.
Na civilização Egípcia ao contrário do que se verificará mais tarde,  utilizava-se sobretudo a técnica do fresco secco, que consistia em aplicar a têmpera (conjunto formado pelos pigmentos ou corantes misturados com materiais como a areia e água) no estuque já seco.

Toda a pintura da Civilização Egípcia se assemelha na forma, pois era uma arte muito intelectualizada, isto é construída para obedecer às hierarquias sociais e às marcas culturais. A apresentação dos olhos para o lado e as representações do resto do corpo eliminavam a ideia de perspetiva e davam às figuras uma aparência de duas dimensões (bidimensional). As imagens da pintura desta civilização eram idealizadas com diferentes representações, de acordo com a importância na própria sociedade.

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