segunda-feira, 20 de abril de 2020

Biblio@rs - apresentação

Biblio@rs pretende ser uma publicação diária sobre arte. Com ela faremos uma viagem necessariamente rápida sobre a História da Arte. Com ela tentamos dar uma amostra de elementos da pintura, da escultura, da arquitetura que marcaram a evolução das sociedades. É assim uma forma de assumir a presença em alguns conteúdos, mas também da de dar forma a algo que precisamos muito e que temos perdido no caminho, o sentido do belo e a sua representação na arte.

Ars é uma palavra de origem latina e que procura significar "arte" e que sintetiza em si um conjunto de técnicas e princípios aplicados à realização de uma obra que foi executada com um sentido de perfeição.  O conceito evoluiu muito, desde o período medieval que significava um modo de aprender, sobretudo através de textos, até ao Renascimento que já significava outra coisa. Justamente a capacidade de executar algo que resultava de estudo e de experiência. Hoje a arte é entendida como a atividade que se dedica a criar objetos que pretendem exprimir emoções ou ideias com valor estético, isto é produtoras de um determinado tipo de sensibilidade. A obra de arte é-nos introduzida quando um objeto que se integra num espaço, numa sociedade assumindo-se como algo referente a um produto técnico e mental produzido pelo Homem.

Em séculos passados, se perguntássemos a qualquer pessoa com alguma educação quais eram os objetivos da música, da poesia, da pintura, elas teriam respondido, a beleza. E se nos perguntássemos por que isso acontecia, qualquer um de nós aprenderia que a beleza é um valor tão importante como a justiça, a verdade ou a bondade. No século XX a beleza deixou de ser um valor essencial. A arte interessou-se mais por quebrar valores morais e procurou não a beleza, mas a originalidade. 

Platão achava que a beleza era o sinal que nos levava a uma ordem superior. Vivemos num mundo aspirando a algo que não conseguimos aceder. Uma das formas de aceder a essa dimensão, de vislumbrar essa dimensão divina das coisas é através da experiência da beleza. Esta quando se revela universal concede-nos instantes de eternidade. Essa ligação feita de um modo espiritual é uma forma de aprendizagem e de superação do próprio Homem. É essa viagem feita de um modo minimalista que aqui propomos, porque também precisamos muito dela, nestes tempos de isolamento.

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