sexta-feira, 29 de abril de 2022

O século XX | O Fauvismo


As obras de Vincent Van Gogh, Paul Gauguin e Paul Cézanne e o seu conhecimento na primeira década do século XX permitiram a um conjunto de artistas ter a possibilidade de experimentar estilos novos na pintura. Esses estilos permitiram criar diferentes movimentos artísticos, tendo sido o Fauvismo o primeiro deles.

Na verdade, foi o aparecimento dos fauves (cores não naturalistas) no Salão de Outono de 1905 em Paris que fez evoluir a arte e criar a chamada primeira vanguarda na arte europeia. Aquilo que se observava não deveria ser exprimido como uma transparência do real, mas a de exprimir o que o artista sentia com aquela observação. O Fauvismo explorou esta ideia até ao limite, exprimindo a cor os sentimentos do artista.

O Fauvismo está ligado a diferentes pintores, mas a sua expressão é maior em figuras como Henri Matisse ou Abdré Derain.  Com estes dois pintores a cor ganha uma expressão muito substantiva associando-se claramente aos sentimentos a exprimir. A cor como força emocional foi um dos pontos chave do Fauvismo. Em alguns deles, como em André Derrain, a cor era o instrumento para criar uma dimensão de luz, apresentando-se como uma nova realidade.

A expressão de sentimentos angustiados sobre a representação de elementos naturais, ou a introdução de máscaras africanas permitiram criar atmosferas diversas do que a geografia do natural expressava. A cor emergia com uma materialidade que reduzia os elementos representados a essa dependência por uma luz que enchia de vigor ou de angústia o que se representava. Existia em muitos dos pintores do Fauvismo uma ideia de rebeldia. Matisse fugiu um pouco a essa categorização e vale a pena destacá-lo, como um dos artistas do século XX.

                  Imagem: Ponte de Charing Cross / André Derain, , 1906, Museu De Orsay, Paris.

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