Nascente Escolar - Outubro - 21 by BibliotecasAears on Scribd
Espaço institucional de partilha e divulgação das atividades das Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas António Rodrigues Sampaio
sexta-feira, 29 de outubro de 2021
quinta-feira, 28 de outubro de 2021
Leituras
Leituras
quarta-feira, 27 de outubro de 2021
Uma obra de arte - a escultura egípcia - Nefertiti
A Civilização Egípcia: A arte: A Escultura - (3500 a 500 a.C.)
A escultura foi com a
arquitetura e a pintura uma das áreas de grande criação artística da
Civilização Egípcia. A escultura foi nesta civilização usada para criar grandes
estátuas, de dimensões colossais, ou pequenas estatuetas.
As grandes estátuas
tiveram diversas criações, sendo algumas das mais significativas, as do
complexo de Abu Simel, na Núbia feitas no tempo de Ramsés II, ou as Mémnon que
estão junto ao templo funerário de Amenófis II. Ainda integradas pode-se
indicar as esfinges que se encontram junto às pirâmides de Gizé. Nesta última
juntou-se a representação de uma cabeça humana num corpo de leão, sinal para
idealizar a força do faraó personificada no animal.
Como obra de arte, o busto de Nefertiti é um dos objetos mais divulgados da civilização egipcía. Pensa-se ter sido realizado por Tutemés e realizada no século XIV a.C., encontrando-se atualmente em Berlim. O busto foi encontrado em Armana, no início do século XX. e revela as feições de beleza da rainha do Egipto, o que nos devolve a ideia do conhecimento das proporções naquela civilização. A múmia de Nefertiti nunca foi encontrada.
Nefertiti começa aparecer nas inscrições de pedra, após o seu casamento aos catorze anos, encontrando-se várias estelas com retratos da vida familiar, que são descrições do quotidiano e da intimidade da vida familiar, nomeadamente, com os seus filhos. As representações da rainha e Akhenaton vão evoluindo de tamanho, o que nos mostra que a sua influência foi crescendo com o tempo. Existem historiadores que acreditam que Nefertiti terá terá governado como rainha, como sendo o próprio faraó, liderando posições e funções a ele reservados.
Nefertiti chegou a ser adorada como deusa, tendo alcançado como rainha um poder notável, pois o seu nome chega a ser citado nos discursos do faraó. Construída uma nova capital, Akhetaton, é nesse contexto que Nefretiti usando a sua beleza e poder conquistado, alcançou uma dimensão que não se encontram com as outras rainhas na longa história dos faraós. Nefertiti interrompeu o politeísmo clássico dos sacerdotes do templo e foi uma das mulheres com mais poder na Antiguidade. Interessante essa relação de poder e adoração para aquela que era designada como "a mais bela".
terça-feira, 26 de outubro de 2021
Literacia da informação
Como iniciar a realização de um trabalho? Como organizar a informação e encontrar as respostas às questões que colocámos? Como reconhecer como válida a informação que encontrámos e como organizá-la, citá-la e fazê-la nossa com a construção de ideias? Como as apresentar, de que forma , de modo a que essa tarefa tenha resultado em algo aprendido? É esta a área da literacia da informação que a Biblioteca tem dedicado algumas iniciativas com a realização de algumas sessões com diversas turmas e construindo alguns materiais que ficarão disponíveis no respetivo site.
Um poema - Tecer as palavras
"O vento sopra contra as janelas fechadas
Na planície imensa, Na planície absorta,
Na planície que está morta
E os cabelos do ar ondulam loucos
Tão compridos que dão a volta ao mundo
Sento-me ao lado das coisas
E bordo toda a noite a minha vida
Aqueles dias tecidos
Que tinham um ar de fantasia
Quando vieram brincar dentro de mim
E o vento contra as janelas
Faz-me pensar que eu talvez seja um pássaro."
Escrita de palavras
Os elefantes gostam
de comer ervas e folhas. Para arranjarem comida, muitas vezes arrancam árvores
inteiras do solo com as suas trombas.
As fêmeas dos
elefantes vivem num grupo familiar com as suas crias, numa zona com ervas e
árvores. O período de gestação, é de 20 a 22 meses e só têm um bebé por
ninhada. Os elefantes machos vivem sozinhos. À noite, os elefantes procuram um
charco onde bebem água, brincam e tomam banho.
Os elefantes têm uma
média de vida de 60-70 anos.
segunda-feira, 25 de outubro de 2021
sexta-feira, 22 de outubro de 2021
Um filme - Ben - Hur (III)
Ben-Hur, proposta de visionamento na Biblioteca para este mês dá-nos um quadro de uma civilização em choque com ela, com as suas próprias limitações de poder e ambição sobre os povos dominados. As fórmulas de controle de poder sobre um vasto império tinha em si igualmente mecanismos de fragilidade. O papel desempenhado por Judah Ben-Hur no salvamento do cônsul da frota romana, Quentius Arrius deu-lhe a possibilidade de se tornar livre.
Uma civilização que exaltava o espetáculo público, as corridas de quadrigas com cavalos eram um patamar para criar uma visibilidade a esses homens que podiam ascender a uma posição social mais favorecida, ou a uma riqueza que fugisse à pobreza de tantos sob o poder de Roma. Judah Ben-Hur criará no grande círculo uma capacidade com as corridas que lhe dará um estatuto de reconhecimento em Roma, mesmo sendo judeu.
Com um estatuto renovado e com os sinais sociais do poder romano, Ben-Hur pode regressar à Judeia e saber qual qual foi a sorte da sua mãe e da sua irmã. Perante a condenação romana, qual era a sorte dos prisioneiros nas celas imperiais? O que descobrirá Judah Ben-Hur será compatível com a reconquista da sua casa, da sua família e como lidará ele com uma sorte menos afortunada na sua família? A escolha é desafiar o poder de Roma, na figura de Messala, justamente, numa corrida de quadrigas.
Ben-Hur é um filme épico que nos oferece a reconstituição do modo de vida social, económico, político e cultural de Roma e de uma das suas províncias, num tempo de nascimento da ideia cristã sobre o homem e a sociedade. É desse confronto que nasce o desenlace do filme, voltando a reunir na mesma sequência narrativa e temporal, Judah Ben-Hur e Jesus.
Conhecendo a história de Judah Ben-Hur e relacionando-a com a civilização romana do século I é possível compreender o que será a evolução do império e como as grandes multidões de deserdados se irão relacionar com o culto do Império. O filme caracteriza uma época e anuncia os prelúdios de outra.
quinta-feira, 21 de outubro de 2021
Uma obra de arte - A arte egípcia
A vida na ideia da Civilização Egípcia tinha uma "essência eterna", o que levou a que a arte na pintura tentasse transmitir algo que não mudaria, apenas se transformaria num plano diverso. As representações aparecem com a cabeça e os pés de perfil e o resto do corpo de frente, assim como as cores contrastavam com os fundos brancos, o que produzia um efeito muito particular.
Na civilização Egípcia ao contrário do que se verificará mais tarde, utilizava-se sobretudo a técnica do fresco secco, que consistia em aplicar a têmpera (conjunto formado pelos pigmentos ou corantes misturados com materiais como a areia e água) no estuque já seco.
Toda a pintura da Civilização Egípcia se assemelha na forma, pois era uma arte muito intelectualizada, isto é construída para obedecer às hierarquias sociais e às marcas culturais. A apresentação dos olhos para o lado e as representações do resto do corpo eliminavam a ideia de perspetiva e davam às figuras uma aparência de duas dimensões (bidimensional). As imagens da pintura desta civilização eram idealizadas com diferentes representações, de acordo com a importância na própria sociedade.
quarta-feira, 20 de outubro de 2021
Um poema - Em todos os jardins
"Em todos os jardins hei-de florir,
Em todos beberei a lua cheia.
Quando enfim no meu fim eu possuir
Todas as praias onde o mar ondeia.
Um dia serei eu o mar e a sereia,
A tudo quanto existe me hei-de unir,
E o meu sangue arrasta em cada veia
Esse abraço que um dia se há-de abrir.
Então receberei no meu desejo
Todo o fogo que habita na floresta
Conhecido por mim como um beijo.
Então serei o ritmo das paisagens,
A secreta abundância dessa festa
Que eu via prometida nas imagens."
Sophia, “Em todos os jardins”, in Obra Poética. Lisboa: Assírio & Alvim, 2015.
Imagem: Copyright – m.ban.
Se eu fosse um livro
Se eu fosse um livro
Se eu fosse um livro, eu seria numa biblioteca, O Adamastor, pois daria aos meus leitores emoções de aventura que eles gostariam muito e não ficariam desiludidos. - Guilherme Moura, 5.º FB
Se eu fosse um livro gostaria que os autores me dessem muito amor e carinho. E, sobretudo os meus leitores me lessem com imaginação. - Laura, 5.º FB
Se eu fosse um livro gostaria que me lessem um bocadinho todos os dias. Se eu fosse um livro gostaria que me compreendessem na minha mensagem e que gostassem de me ler. Se eu fosse um livro gostaria que me estimassem e que os meus leitores me arranjassem um cantinho só para mim. - António, 5.º FB
terça-feira, 19 de outubro de 2021
Mês da alimentação (II)
Durante esta semana, nas escolas do Agrupamento tem sido celebrada a temática da alimentação. No decurso da organização desta temática junto dos alunos, foi dado especial destaque à questão do desperdício alimentar. A bióloga Cristina Nava, elemento da Associação Rio Neiva, realizou um conjunto de sessões a diferentes turmas do 2.º e 3.º ciclos sobre esta temática.
segunda-feira, 18 de outubro de 2021
quinta-feira, 14 de outubro de 2021
Um filme - Ben - Hur (II)
Diálogo na guarnição romana de Jerusalém:
Ben-Hur, proposta de visionamento na Biblioteca para este mês dá-nos um quadro de uma civilização em choque com ela, com as suas próprias limitações de poder e ambição sobre os povos dominados. Um acidente com o governador da Judeia conduz Judah para as galés romanas no Mediterrâneo. A racionalidade romana e a emotividade de uma crença no valor de uma memória para o futuro entram em confronto. Judah será adotado por Quentius Arrius e ganhará a liberdade. Voltará ele ao seu povo ou permanecerá entre a glória conquistada em Roma?
Ben-Hur é um filme épico que retrata a sociedade da Palestina, nos primeiros anos da era cristã, sobre domínio da civilização romana. Todo o filme é o retrato do tratamento desumano como escravo, sofrido por Judah e o seu regresso a Jerusalém, para cumprir a sua vingança. Nele vemos o modo de vida na Judeia e como diferentes grupos humanos se posicionavam perante Roma.
Conhecemos a vida em Roma, o modo como os romanos impunham o seu poder no Mediterrâneo e compreendemos as hierarquias de poder entre o imperador e as províncias romanas. A vingança de Judah sobre Messala dar-lhe-á o acesso à figura de Jesus e à redenção por uma vida mais humilde. Ben-Hur coloca em questão questões muito importantes sobre a vida, a fé e o relacionamento entre culturas diversas.
O grande valor pedagógico do filme é dar-nos o modo de vida quotidiano e institucional do que foi uma civilização na sua afirmação cultural e material. Cruzando-se com a história de Jesus, a história de Judah é de uma redenção criada sobre o valor da vida humana, sobre essa possibilidade aberta para a dignidade de todos os possíveis. E, se é verdade que ela teve muitas intermitências, do que os nossos dias ainda testemunham, essa capacidade de cada um ser algo tão "divino", pelo seu significado é uma grande lição de futuro. É nesse "divino" que residem as pedras que constroem os arcos majestosos das grandes construções de tempos diversos.
quarta-feira, 13 de outubro de 2021
Uma obra de arte - O castro de São Lourenço
A fundição dos metais representou um avanço para as comunidades se desenvolveram no aproveitamento de recursos naturais do território. O bronze representava uma liga metálica, resultante da mistura do cobre com o estanho e veio substituir gradualmente os objetos construídos em pedra.
O espaço ocupado pelo castro relaciona-se com uma ocupação diferenciada no tempo. A ocupação do território terá sido feita entre os séculos VII e VI a. C., tendo a cultura castreja nascido nesta zona do Noroeste da Península entre os século V e IV a. C., tendo sido por essa data que surgiram as primeiras casas em pedra em forma circular que caracteriza este castro. Terá sido no século II a.C., que foi erigido o sistema defensivo e uma e a integração de elementos vegetais e uma maior robustez nas plantas circulares das casas.
O castro de São Lourenço tinha uma excelente localização. Estava situado num ponto alto, de grande valor estratégico sobre o território. A proximidade do mar enriqueceu o modo de vida destas comunidades, assim como os espaços de floresta concedeu materiais importantes para a construção das habitações. É possível que também o sal tenha desempenhado um papel importante pelo seu aproveitamento económico e futuro comércio. Dos vários castros da região, o de São Lourenço é o que ocupa maior espaço e terá sido o que albergou mais população.
No século I a.C., foi adicionado um novo sistema defensivo e algumas habitações que tiveram melhorias nos materiais , nomeadamente, com a colocação de argamassa e reboco. Ainda neste século surge a "vicus", uma estrutura de natureza urbana que tinha a função de apoio a algum comércio e a alguma administração do castro. A existência de um vestíbulo faz supor uma estrutura de apoio à habitação, nomeadamente para cozer o pão.
No século II a. C., deu-se o contacto com a civilização romana. Será apenas com o completo domínio romano já no século I que o castro de São Lourenço sofre um conjunto muito significativo de grandes transformações. Serão construídos novos edifícios (devido a ter existido um incêndio no seu espaço), com pequenos postigos e pedras decoradas, já com reboco e com pintura interior e exterior.
As casas passam a ser organizadas por núcleos familiares, que se apresentam em patamares que se fixam pela introdução de muros. A alimentação, as atividades domésticas, os instrumentos agrícolas e o armazenamento de produtos eram realizados nas casas. Ao lado da pedra usada na sua estrutura, o telhado das casas era feito usando elementos vegetais como giestas, a palha, ou o colmo. Os espaços empedrados parecem sugerir uma maior circulação e uma estrutura mais complexa na ocupação do espaço.
A alimentação das comunidades do castro de São Lourenço passava por juntar a recoleção, a criação de animais, a plantação de plantas e gramíneas, pois a sua moagem foi encontrada com a utilização de pequenas mós. A tecelagem, o aproveitamento das peles dos animais, a metalurgia, o trabalho da pedra e a tecelagem foram atividades dominantes no modo de vida desta cultura. O castro de São Lourenço é um rico exemplo da cultura dos castros que se afirmou na Península Ibérica no fim da idade do bronze e na transição para a idade do ferro.
Fonte de informação: CISL
segunda-feira, 11 de outubro de 2021
Um poema - Junto à água
os ladrões da estrada, as hospedarias,
e temem morrer em frios leitos
e ter sepultura em terra estranha.
Por isso os seus passos os levam
de regresso a casa, às veredas da infância,
ao velho portão em ruínas,à poeira
das primeiras, das únicas lágrimas.
Quantas vezes em
desolados quartos de hotel
esperei em vão que me batesses à porta,
voz de infância, que o teu silêncio me chamasse!
E perdi-vos para sempre entre prédios altos,
sonhos de beleza, e em ruas intermináveis,
e no meio das multidões dos aeroportos.
Agora só quero dormir um sono sem olhos
e sem escuridão, sob um telhado por fim.
À minha volta estilhaça-se
o meu rosto em infinitos espelhos
e desmoronam-se os meus retratos nas molduras.
Só quero um sítio onde pousar a cabeça.
Anoitece em todas as cidades do mundo,
acenderam-se as luzes de corredores sonâmbulos
onde o meu coração, falando, vagueia."
"Junto à água", in Poesia, saudade da prosa / Manuel António Pina. Lisboa: Assírio & Alvim, 2011; grãos de pólen - 12.
Concurso Nacional de leitura 2022
...
Prova do 1.º Ciclo - CNL 21 / 22 - As naus de verde pinho - Manuel Alegre
Prova do 2.º Ciclo - CNL 21 / 22 - Missão Impossível de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
Prova do 3.º Ciclo - CNL 21 / 22 - O velho e o mar de Ernest Hemingway
O livro do mês - A menina do mar
"Casa branca em frente ao mar enorme,