sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Biblio@rs - a civilização romana (XII)

                                

                                      A Civilização Romana - A cidade romana (II)

A cidade romana é sem dúvida um dos marcos de uma grande civilização e património de uma memória que influenciaria séculos vindouros. Os Romanos não desenvolveram o pensamento, nas suas diferentes formas como os Gregos, mas aproveitaram algumas das suas marcas civilizacionais e atribuíram-lhe uma abordagem mais prática, mais funcional à sociedade que queriam erigir.

O planeamento das cidades, ou o Urbanismo teve nos Romanos uma especial destaque, pois só desse modo se poderia atingir a funcionalidade que tanto desejavam. Assim, nesta civilização foram planeados um conjunto de construções, ou de obras públicas, como teatros, termas, aquedutos, pontes, entre outras. Na cidade romana a estrada em pedra, como suporte de locomoção, as praças públicas, ou os bairros residenciais são exemplos de um planeamento urbanístico de grande significado.

No planeamento das cidades decidia-se o que se construía, o local, as formas, no qual a mitologia entrava, o que era natural, pois fazia parte da cultura romana. A cidade iniciava a sua construção, a partir de um acampamento militar, o castrum que organizava o espaço de construção com a marcação do local e das suas dimensões. A cidade era logo marcada nas suas principais ruas, uma que se organizava na direção norte -sul e outra na direção este-oeste. 

O castrum enquanto a cidade não estava construída passava a ser o seu centro. A partir dele definiam-se as muralhas, as casas de habitação, as lojas do comércio e o fórum que tinha uma função administrativa e religiosa muito importante. Era ainda marcado o espaço para a construção dos templos, do mercado, dos balneários, do teatro, assim como os passeios. Era um trabalho de profundo planeamento marcante nas civilizações até aí existentes.

O Civilização Romana inovou muito no planeamento, nas soluções encontradas, mas também nos materiais. A pedra, a argila que era usada no fabrico de telhas era completamente inovador, a argamassa que servia para ligar os tijolos e as pedras, assim como a madeira. A maioria do trabalho era feito por escravos. As estradas e pontes já construídas asseguravam a ligação à cidade a construir.

A construção da muralha apoiada em portas fortificadas (quatro) e de torres asseguravam a defesa da cidade e da sua população. No planeamento da cidade, a construção de aquedutos (faziam o transporte da água), e de um sistema de drenagem apoiado em esgotos que corriam sob os passeios e que ao fim de algum tempo se ligavam a túneis que iam dar aos rios marcam o urbanismo romano. Concluída a muralha definiam-se as ruas a construir. Após essa definição de espaços, iniciava-se a construção dos dois espaços mais importantes da cidade, o fórum e o mercado. Falaremos deles no próximo post.

                   Imagem: Cidade romana de Conímbriga, perto de Coimbra

 

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