Para os mais pobres, os romanos construíram outro tipo de habitações, as insualae. Falaremos delas noutra publicação.
Imagem: Copyiright - A casa dos repuxos, Conímbriga.
Espaço institucional de partilha e divulgação das atividades das Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas António Rodrigues Sampaio
Para os mais pobres, os romanos construíram outro tipo de habitações, as insualae. Falaremos delas noutra publicação.
Imagem: Copyiright - A casa dos repuxos, Conímbriga.
Celebração do Dia dos Afetos que se assinala anualmente a onze de fevereiro. O trabalho que aqui se apresenta resultou de uma articulação entre as disciplinas de Matemática e Inglês e envolveu as turmas do 8ºFB e 9ºFC.
Integrado no Projeto ETwinning desenvolvido na EBF deixa-se um trabalho em suportye vídeo realizado de modo articulado entre as disciplinas de Inglês e Matemática com as turmas do 8FB e 9FC.
Chegaram as
nossas bandeiras! Escola Azul! Desde o passado dia 23 do mês de outubro que todas as
escolas deste agrupamento são Escola Azul.
Este projeto resultou de uma candidatura à Escola Azul, que é gerida pelo
Ministério do Mar e que pretende intervir no desenvolvimento sustentável dos
espaços marítimos e marinhos. O nome do projeto é: Os Oceanos – A FORMAR
cidadãos agentes de mudança. O projeto procura partir de uma temática concreta
e com ela envolver recursos diversos, com um claro significado para a leitura e
ter nas áreas curriculares formas de intervenção e exploração de possibilidades
para a ideia central – formar cidadãos que se sintam conscientes do seu papel
para a mudança que se tornar tão necessária.
O projeto tem os seguintes princípios:
O projeto exposto tem como objetivos:
Na abordagem à sua concretização pretende-se ver a escola como um
laboratório, onde se promove a experimentação. Neste sentido tenta-se
partir de observar o real, saber ler as informações, diagnosticar os
problemas e apresentar hipóteses de intervenção. No seu desenvolvimento
serão desenvolvidas várias iniciativas como a promoção de
debates/assembleias, pesquisas, construção e apresentação de conteúdos.
Na dinâmica da exploração dos seus diferentes objetivos, envolver a
comunidade local, os encarregados de educação, a escola como instituição
de promoção da cidadania e dos valores democráticos. Assim torna-se
pertinente envolver diferentes atores do território em que a escola está
situada, tais como organismos Municipais, ONG’s, associações de pais,
representantes de turma, associações comerciais. Estes parceiros são
essenciais para elaborar ações e estratégias para melhorar e proteger o
ambiente que nos rodeia. Neste sentido estão pensadas ações de
verificação/monitorização das mudanças climáticas, ações de limpeza,
ações de corte de invasoras na orla marítima e outras atividades.
A Civilização Romana - A cidade romana (II)
A cidade romana é sem dúvida um dos marcos de uma grande civilização e património de uma memória que influenciaria séculos vindouros. Os Romanos não desenvolveram o pensamento, nas suas diferentes formas como os Gregos, mas aproveitaram algumas das suas marcas civilizacionais e atribuíram-lhe uma abordagem mais prática, mais funcional à sociedade que queriam erigir.
O planeamento das cidades, ou o Urbanismo teve nos Romanos uma especial destaque, pois só desse modo se poderia atingir a funcionalidade que tanto desejavam. Assim, nesta civilização foram planeados um conjunto de construções, ou de obras públicas, como teatros, termas, aquedutos, pontes, entre outras. Na cidade romana a estrada em pedra, como suporte de locomoção, as praças públicas, ou os bairros residenciais são exemplos de um planeamento urbanístico de grande significado.
No planeamento das cidades decidia-se o que se construía, o local, as formas, no qual a mitologia entrava, o que era natural, pois fazia parte da cultura romana. A cidade iniciava a sua construção, a partir de um acampamento militar, o castrum que organizava o espaço de construção com a marcação do local e das suas dimensões. A cidade era logo marcada nas suas principais ruas, uma que se organizava na direção norte -sul e outra na direção este-oeste.
O castrum enquanto a cidade não estava construída passava a ser o seu centro. A partir dele definiam-se as muralhas, as casas de habitação, as lojas do comércio e o fórum que tinha uma função administrativa e religiosa muito importante. Era ainda marcado o espaço para a construção dos templos, do mercado, dos balneários, do teatro, assim como os passeios. Era um trabalho de profundo planeamento marcante nas civilizações até aí existentes.
O Civilização Romana inovou muito no planeamento, nas soluções encontradas, mas também nos materiais. A pedra, a argila que era usada no fabrico de telhas era completamente inovador, a argamassa que servia para ligar os tijolos e as pedras, assim como a madeira. A maioria do trabalho era feito por escravos. As estradas e pontes já construídas asseguravam a ligação à cidade a construir.
A construção da muralha apoiada em portas fortificadas (quatro) e de torres asseguravam a defesa da cidade e da sua população. No planeamento da cidade, a construção de aquedutos (faziam o transporte da água), e de um sistema de drenagem apoiado em esgotos que corriam sob os passeios e que ao fim de algum tempo se ligavam a túneis que iam dar aos rios marcam o urbanismo romano. Concluída a muralha definiam-se as ruas a construir. Após essa definição de espaços, iniciava-se a construção dos dois espaços mais importantes da cidade, o fórum e o mercado. Falaremos deles no próximo post.
Imagem: Cidade romana de Conímbriga, perto de Coimbra
«Para que o carácter humano revele qualidades verdadeiramente execionais, temos de ter a boa sorte de ser capazes de observar o seu desempenho durante muitos anos, Se esse desempenho é desprovido de egoísmo, se o seu propósito é uma generosidade inigualável, se há a certeza absoluta de que não existe uma ideia de recompensa e que esse propósito, além do mais, deixou a sua marca visível na terra, então, não haverá engano.
Há cerca de quarenta anos, eu fiz uma viagem longa, a pé, pelas montanhas da remota região onde os Alpes descem até à Provença, e que ainda se mantinha desconhecida dos turistas. Na altura em que embarquei nessa longa viagem a pé, através dessa região deserta, a terra parecia estéril e sem cor. Nada crescia por ali, a não ser alfazema selvagem.
Atravessava essa região na sua zona mais ampla, e depois de três dias a caminhar, dei por mim no meio de uma desolação inigualável. Acampei perto dos vestígios de uma aldeia abandonada. Ficara sem água no dia anterior, e tinha de encontrar alguma. Aquelas casas geminadas, embora em ruínas, como velhos ninhos de vespas, indicavam que devia ter havido ali, em algum momento, uma nascente ou um poço. Existia, de facto, uma nascente, mas estava seca. As cinco ou seis casas, sem teto, roídas pelo vento e pela chuva, a pequena capela com o seu campanário, esfarelado, estavam ali como se fossem as casas e a capela de uma aldeia com vida, mas a vida tinha desaparecido de facto.
Era um belo dia de junho, resplandecente de sol, mas naquela terra desprotegida, a grande altitude, o vento soprava com uma ferocidade insuportável. Rugia sobre as carcaças das casas como um leão importunado durante o seu festim. Tive de mudar o sítio do meu acampamento.
Depois de cinco horas a caminhar ainda não encontrara água e não havia nada que me desse a esperança de a descobrir. Tudo em mim era a mesma secura, a mesma erva áspera. Pensei ver, ao longe, uma pequena silhueta escura, vertical, e pensei tratar-se do tronco de uma árvore solitária. Apesar disso, fui na sua direcção. Era um pastor. Trinta ovelhas estavam ao seu redor, na terra que fervia.
Ele deu-me água a beber da sua cabaça e, pouco depois, levou-me para a sua cabana numa ligeira elevação do terreno. Ele retirava a sua água – água excelente – de um poço natural e bem fundo, onde construíra um guincho.»
O homem que plantava árvores / Jean Giono. Lisboa. Alma dos livros.
As histórias para crianças devem ser escritas com palavras muito simples… Quem me dera saber escrever essas histórias…
A Civilização Romana deixou marcos muito importantes para os séculos seguintes. As suas cidades foram um desses marcos que importa conhecer.
A cidade romana tinha um conjunto de elementos que a tornam única no mundo antigo. Os banhos públicos são um desses elementos. Eles eram uma fonte de procura para o revigoramento do corpo, mas serviam também como um espaço central na vida social da cidade. Na cidade Roma pensa-se que existissem cerca de vinte espaços termais. Os balneários existiam em diferentes espaços do Império, pois o planeamento implicava a distribuição de uma ideia e de uma forma cultural de Roma a todo o Império. Naturalmente os espaços termais em Roma eram os maiores. No século III, as termas edificadas por ordem de Diocleciano podiam comportar cerca de duas mil pessoas, o que mostra a sua importância nesta civilização.