quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Entrevista

     

- Olá, é um prazer estar aqui consigo neste excelente dia.
     Estou aqui para lhe fazer uma entrevista sobre o seu percurso profissional.
     Antes de mais, diga-me:
     - Qual o seu nome e a sua profissão?
     - Olá, o prazer é todo meu. Chamo-me Sónia Machado, sou funcionária da Administração interna, onde sou capitã da Guarda Nacional Republicana - GNR. Neste momento estou colocada no posto de Braga.
     - Descreva-me o seu dia-a-dia!
     - Bem, eu, entro às 9 horas da manhã, tenho de ir antes, pois tenho de me fardar. Por opção, visto-me no quartel. Dou entrada ao serviço e tenho de verificar todas as ocorrências que houve durante a noite, para dar seguimento, caso sejam mais graves. Mal tenha esse trabalho, verifico os serviços e as intervenções para o dia seguinte, uma vez que tenho de fazer o destacamento do pessoal, caso haja por exemplo presos para transporte ou para tribunal, ou mesmo para a prisão.
     O meu dia-a-dia nunca é igual, nem consigo fazer uma previsão do que posso ter de fazer.
     O horário possível de saída é pelas 17 horas, mas como lhe disse é imprevisível, se, estiver a fazer uma ocorrência ou mesmo a encaminhar alguma operação não podemos "virar costas" ao trabalho.
     - Gosta do que faz?
     - Sim, nesta profissão tem de se gostar!
Mesmo dentro da GNR existe diferentes postos de trabalho com diferentes funções. Depois opta-se pelo caminho que queremos seguir na carreira profissional.
     - Quando era nova, sonhava com esta profissão?
    - Não, eu gostava muito de desporto, ganhei muitas corridas e muitas medalhas a nível nacional. Depois com o passar dos anos, acabei por fazer os testes para a GNR e entrei. Foi difícil, mas consegui.
     - Como consegue conciliar a sua vida pessoal com a profissional?
    - Nem sempre é fácil, tentamos sempre manter sigilo e descrição na vida pessoal. para obter melhores resultados na vida profissional.
    - Alguma vez teve medo de enfrentar alguém?
   - Sim, temos sempre medo e receio pela nossa vida, mas esta é a vida que nós escolhemos.
     - Já alguma vez pensou em desistir?
    - Não, nunca. Pelo contrário, sempre quis fazer carreira e combater as ilegalidades.
    - O curso da GNR é muito difícil? 
  - Sim, é muito claro, todas as provas e testes são muito competitivas. Só ficam os melhores tanto a nível físico, como psíquico.
    - Aconselhava alguém a escolher esta profissão?
    - Sim, é uma profissão de risco, mas também é muito gratificante.
    - O facto de ser mulher influencia na sua profissão?
   - Hoje em dia já não, quando entrei para o curso sim, sentia que muitos dos homens se achavam superiores às mulheres, não só a mim, mas em relação a todas as que estávamos lá. Agora, e com a minha carreira já não o podem fazer.
    - Acha engraçado quando lhe batem a pala?
    - Engraçado... não! Sou uma oficial e têm de me respeitar.
   Chegamos ao fim da nossa entrevista. Agradeço a sua colaboração e disponibilidade.
    - Eu é que agradeço por se terem lembrado de mim.
Obrigada.

Lara Carvalho, 5.º FA
 

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