Estou aqui para lhe fazer uma entrevista sobre o seu percurso profissional.
Antes de mais, diga-me:
- Qual o seu nome e a sua profissão?
- Olá, o prazer é todo meu. Chamo-me Sónia Machado, sou funcionária da Administração interna, onde sou capitã da Guarda Nacional Republicana - GNR. Neste momento estou colocada no posto de Braga.
- Descreva-me o seu dia-a-dia!
- Bem, eu, entro às 9 horas da manhã, tenho de ir antes, pois tenho de me fardar. Por opção, visto-me no quartel. Dou entrada ao serviço e tenho de verificar todas as ocorrências que houve durante a noite, para dar seguimento, caso sejam mais graves. Mal tenha esse trabalho, verifico os serviços e as intervenções para o dia seguinte, uma vez que tenho de fazer o destacamento do pessoal, caso haja por exemplo presos para transporte ou para tribunal, ou mesmo para a prisão.
O meu dia-a-dia nunca é igual, nem consigo fazer uma previsão do que posso ter de fazer.
O horário possível de saída é pelas 17 horas, mas como lhe disse é imprevisível, se, estiver a fazer uma ocorrência ou mesmo a encaminhar alguma operação não podemos "virar costas" ao trabalho.
- Gosta do que faz?
- Sim, nesta profissão tem de se gostar!
Mesmo dentro da GNR existe diferentes postos de trabalho com diferentes funções. Depois opta-se pelo caminho que queremos seguir na carreira profissional.
- Quando era nova, sonhava com esta profissão?
- Não, eu gostava muito de desporto, ganhei muitas corridas e muitas medalhas a nível nacional. Depois com o passar dos anos, acabei por fazer os testes para a GNR e entrei. Foi difícil, mas consegui.
- Como consegue conciliar a sua vida pessoal com a profissional?
- Nem sempre é fácil, tentamos sempre manter sigilo e descrição na vida pessoal. para obter melhores resultados na vida profissional.
- Alguma vez teve medo de enfrentar alguém?
- Sim, temos sempre medo e receio pela nossa vida, mas esta é a vida que nós escolhemos.
- Já alguma vez pensou em desistir?
- Não, nunca. Pelo contrário, sempre quis fazer carreira e combater as ilegalidades.
- O curso da GNR é muito difícil?
- Sim, é muito claro, todas as provas e testes são muito competitivas. Só ficam os melhores tanto a nível físico, como psíquico.
- Aconselhava alguém a escolher esta profissão?
- Sim, é uma profissão de risco, mas também é muito gratificante.
- O facto de ser mulher influencia na sua profissão?
- Hoje em dia já não, quando entrei para o curso sim, sentia que muitos dos homens se achavam superiores às mulheres, não só a mim, mas em relação a todas as que estávamos lá. Agora, e com a minha carreira já não o podem fazer.
- Acha engraçado quando lhe batem a pala?
- Engraçado... não! Sou uma oficial e têm de me respeitar.
Chegamos ao fim da nossa entrevista. Agradeço a sua colaboração e disponibilidade.
- Eu é que agradeço por se terem lembrado de mim.
Obrigada.
Lara Carvalho, 5.º FA
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