quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Biblio@rs - a civilização romana (VIII)

                                      

                                     A Civilização Romana - A construção do Império (V)

                A organização política (III)


A civilização Romana foi construída ao longo de vários séculos e assim a forma do seu governo e da sua organização política evoluíram muito. Vejamos as suas principais etapas.
De um modo simples podemos dizer que o Império romano assistiu à construção de uma Monarquia (no seu período de formação - a partir do século VIII a. C.), a uma República (a partir do século VI a.C. e que se alargou durante a fase da grande expansão e o Império (a partir do século I).

A Monarquia existiu essencialmente no período de formação da civilização romana e podemos datá-la entre os anos 753 e 509 a.C. A Monarquia organizava uma sociedade dominada pelo rei, pelos patrícios, pelos plebeus, pelos libertos, pelos homens livres dependentes dos patrícios (os clientes) e pelos escravos. Na monarquia o rei era o seu chefe supremo e era eleito e mantido pelo apoio dos diversos clãs que tinham chefes próprios, os gens. Os plebeus eram livres, não estavam na dependência de nenhum elemento da nobreza e só passaram a ter alguns direitos na fase da monarquia dominada pelos etruscos.

A República existiu entre 509 e 27 a. C. A República organizava-se em função da riqueza de cada um na sociedade romana, ou da sua importância social. A sociedade estava dividida em diferentes grupos: os cidadãos, a nobreza senatorial, os cavaleiros, os clientes e os homens livres. Na ausência de um rei, na República existiam diversos magistrados, de onde sobressaiam dois cônsules. Estes tinham a função de organizar a vida económica, de chefiar o exército e de dar conta das finanças e da justiça. Os cônsules eram apoiados por um conjunto de figuras que estavam na sua dependência, como pretores, censores ou edis). 

O poder dos cônsules estava limitado no tempo e as suas decisões tinham de ser partilhadas. Na República o poder dos cônsules era controlado por duas assembleias, o Senado e os Comícios. Com a expansão romana e o aumento dos territórios a gerir o poder dos cônsules evoluiu de dois para três, o triunvirato, no qual  se destacou  a figura de Júlio César. Assinado no próprio Senado, em 44 a.C., o novo triunvirato ficou dominado pela figura de Octávio, que seria o primeiro imperador do Império Romano. As dimensões do Império tornaram difícil a função da República e era necessário centralizar em menos pessoas o governo de um espaço que ia das Ilhas Britânicas ao Norte de África, da Península Ibérica ao Médio Oriente. Com o fim da República, a forma de governo que se impôs foi a do Império que dava muito poder ao Imperador.

Imagem: Copyright - The Eagle View

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