quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Biblio@rs - a civilização romana (VII)

 A Civilização Romana - A construção do Império (IV)


                     A organização política (II)


O exército romano foi, como vimos em publicação anterior um dos instrumentos essenciais para a existência do Império Romano. O exército romano foi no seu tempo uma força de combate quase invencível. As suas técnicas e a sua capacidade de combate tornaram o exército romano muito poderoso face aos seus opositores.

Os soldados romanos faziam um intenso treino de marcha. Faziam um percurso diário de 20 milhas romanas, o que equivalia a  cerca de trinta quilómetros. Este exercício podia ser em passo de ginástica o que significava percorrer um espaço de 24 milhas. Os soldados romanos ainda se treinavam na corrida, no salto em altura e em comprimento, na natação e em caminhadas. Em todos os exercícios tinham que transportar o seu equipamento que pesava cerca de 40 Kg. Entre este estavam utensílios de cozinha, cantil e um conjunto de ferramentas, como machado, pá, corda e um cesto.

Os soldados romanos aprendiam a manejar as armas. Este exercício era organizado pelos centuriões ou por pessoas como antigos treinadores de gladiadores. Usavam para combater um escudo de vime e um gládio de madeira. Estas armas pesavam mais do que as reais, de modo a que se pudessem exercitar fisicamente. Realizavam exercícios regulares de modo a conhecerem a sua posição e o modo como se posicionavam nas manobras da legião.

A legião era um corpo muito forte, pois marchava de um modo que lhe permitia deslocações rápidas e bem organizadas. As legiões eram chefiados por um legionário que tinha uma forte disciplina e obediência ao império e às suas figuras mais importantes. Os Romanos combatiam com recurso a uma torre de assalto que tinha um suporte móvel e que conseguia se aproximar das muralhas quando atacava. Em batalha a legião usava a técnica da tartaruga, o que significava uma proteção por cima e dos lados.

Com o decurso do tempo e perante maiores ameaças foram criadas marinhas de guerra que se dividiam em esquadras para proteger os espaços mais importantes do império. A pressão nas fronteiras do império, sobretudo junto ao Reno e ao Danúbio obrigou a que o exército ficasse ocupado com ações de vigilância.

Na verdade o exército romano era uma máquina de combate que inspirava muito receio, pois existia uma coordenação entre os soldados na legião e os grupos de apoio que abriam caminho, com a construção de pontes, de acampamentos temporários, e de mantimentos ou de torres de assalto. Após as conquistas o imperador organizava em Roma uma cerimónia e recebia o comandante da legião, onde estavam presentes sacerdotes, magistrados num ambiente de celebração da vitória.

Sem comentários:

Enviar um comentário