A Civilização Romana - Os tempos do quotidiano (II)
As civilizações podem distinguir-se por muitos aspetos: a economia, as instituições políticas, as formas de arte. Nos tempos do quotidiano a família e aquilo que a envolve também.
Na sociedade romana não era a mãe que determinava ou influenciava a posição social da criança. O ritual de aceitação da criança passava por uma cerimonial em que o pai da criança a levantava junto aos retratos dos seus antepassados e perto dos deuses protetores da casa e do altar que existia par o efeito. Ao novo dia a criança era apresentada à família e era "baptizada". Era dado a conhecer o seu nome e registada.
No registo dos nomes, os romanos usavam três categorias de nomes. O prenome que indicava os antepassados da criança, o nome próprio que era o da família e o sobrenome que distinguia os diferentes ramos de uma mesma família. Apenas os homens podiam usar nome próprio, pois as mulheres usavam um único nome.
A educação das crianças tinha algumas semelhanças com as conhecidas no mundo grego, mas também comportavam diferenças. Até aos sete anos de idade eram a mãe a ama que educavam os rapazes. Esta fase era dominada pelo jogo e pelas brincadeiras. A partir dos sete anos de idade os rapazes frequentavam uma escola para aprender a ler, a escrever e a contar. Nas famílias mais pobres a educação terminava aqui, aos doze anos.
Os que prosseguiam tinham dois anos (entre os treze e os quinze anos) para estudar literatura grega e latina, história, geografia, música, mitologia e matemática. A partir dos quinze anos acompanham o pai para serem introduzidos na vida pública da sociedade romana. Aos dezasseis anos o rapaz recebia a toga branca e era considerado que tinha atingido a maioridade. Aprendia então numa outra escola a retórica, a oratória para poder entrar na carreira política. Aos vinte anos os rapazes atingiam a idade adulta.
A educação das raparigas era semelhante à realizada na Grécia. Quer dizer que era muito escassa e apenas recebiam uma instrução para as tarefas domésticas, mantendo-se em casa até à idade do casamento.Na sociedade romana a vida da mulher era difícil mantendo-se nas tarefas da casa ou, em alguns casos em apoio às tarefas do trabalho com que a família vivia. Apesar das limitações, a sociedade romana permitia a saída de casa das mulheres para tarefas diversas. A independência da mulher estava muito ligada ao casamento, pois o marido controlava os seus bens. A sociedade romana era pois muito desigual entre o papel dos homens e das mulheres e da sua participação na sociedade e na vida pública.
Imagem: Copyright - Historium.com
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