sexta-feira, 5 de março de 2021

Biblio@rs - a civilização romana (XIV)

                              


                                     A Civilização Romana - A cidade romana (IV)

No urbanismo romano as casas mais modestas destinadas aos mais pobres chamavam-se insulae. Estas habitações eram formadas por vários andares, com divisões muito pequenas e com uma limitada iluminação. Apenas as divisões viradas para um pátio interior obtinham mais luz, pois tinham um tecto formado por uma clarabóia. Estas habitações diferenciavam-se muito no conforto com as domus. Na verdade as insulae não possuíam aquecimento, nem cozinha, assim como eram desprovidas de casas de banho. 

As insulae eram habitações feitas de pedra e madeira e pela existência de muitas pessoas num espaço limitado aconteciam com alguma frequência desastres, como os incêndios. Tinham uma forma de quadrado disposto à volte de um espaço que crescia em altura (podia ter até sete andares), o que era muito para a sua frágil estrutura.

As inulae eram habitações que também dispunham de espaços de comércio. Esses funcionavam no piso mais baixo. Elas eram espaços de habitação, de trabalho e de convívio de uma família. A inexistência de esgotos e o tipo de iluminação nas ruas favorecia os incêndios, o que tornava a vida pouco confortável e difícil. As janelas não tinham vidros, o que os romanos já conheciam e havia apenas uma persiana ou um cortinado de tecido a proteger da luz exterior. 

No urbanismo romano deve-se destacar ainda, as villae que eram habitações dos grandes proprietários de terras, ligados à nobreza e que eram compostas por uma casa de campo com as casas dos senhores e dos seus diversos criados, assim como os espaços necessários à vida agrícola e comercial das villae. Estes espaços terão uma grande influência no período medieval com a ascensão dos senhorios e dos senhores.

Imagem: Insulae di San Paolo alla Regola, Roma.

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