sexta-feira, 12 de março de 2021

Biblio@rs - a civilização romana (XV)

                        

                                A Civilização Romana - Os tempos do quotidiano (I)

Numa sociedade com grandes diferenças na sua organização social é fácil reconhecer que no trabalho elas também seriam muito evidentes. O acesso a determinado tipo de trabalho era determinado pela posição social de cada um. Se os mais ricos podiam aceder ao exército e aos espaços de administração, que lhes dava acumulação de riqueza e poder, os menos afortunados serviam como mão -de-obra de trabalho para os que se encontravam em melhor posição. Assim os direitos no trabalho, espaços de folga ou de fruição do tempo para lazer era muito diverso.
 
A sociedade romana estava organizada de um modo em que a mobilidade social era reduzida. Era difícil mudar de posição social. Os ofícios passavam de pai para filho. Carpinteiros, barqueiros ou outros artesãos vendiam o produto do seu trabalho nas suas pequenas oficinas, ou a comerciantes que os distribuíam pelo espaço do Império. Tal como no mundo grego, o trabalho da mulher era muito focado na casa. A existência de profissões mais destacadas eram pouco conhecidas. Em alguns casos as mulheres eram um apoio para os artesãos na produção dos seus objetos. 
 
A economia romana já conhecia a capacidade de produção em larga quantidade, pois já  sabiam utilizar o forno, onde novos materiais seriam dados ao mundo, como a telha ou o vidro.  Conheciam a produção de ferro, como suporte para a produção de objetos de ourivesaria, assim como o do bronze, ou dos metais mais preciosos, como o ouro e  a prata. No entanto, a produção em série, como a conhecemos hoje não existia no espaço romano. 
 
Numa civilização com uma grande preocupação pela materialidade e pela difusão da civilização pelo mundo a pedra era uma das matérias-primas mais importantes, pela sua necessidade para a construção das cidades, na sua edificação e no seu embelezamento. A romanização fez dela um dos seus materiais mais importantes. A difusão de uma cultura a três continentes implicava a construção de edifícios bem projetados, com a edificação de espaços abertos. O cimento já era conhecido pelos romanos e tornou-se um dos elementos presentes na sua urbanização.
 
     Imagem: um casal, cuja imagem foi encontrada em casa de um padeiro de nome Terentius Neo, em Pompeia.

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