sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

O Rodriguinho - janeiro




Lietarcia 3dI - alunos aprovados para a 2.º Fase

Apresentamos em baixo os alunos que no básico, nos diferentes ciclos passaram à 2.º fase do concurso de Lietracia 3DI. Os resultados encontram-se afixados na biblioteca, mas aqui ficam para uma consulta mais acessível. Deixamos as nossas felicitações a todos os alunos participantes e desejando que os que vão participar na segunda fase possam ter um bom desempenho.Os alunos alunos apurados foram os seguintes:

Matemática:
Daniela Capitão - 5MD 
Manuel B. Faria - 5.º FA 

Ciência:
Rafaela Martins - 6B 
Hugo Lima - 6.º FA 

Leitura:
Lucas Penteado - 7.º D 
Gabriel Santos - 7.º FB 

Inglês:
Dinis Ribeiro - 8.º C 
Consty Abreu - 8.º FB 

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Apresentar um livro (XII)


“Pão de açúcar” aparenta ser apenas mais um relato de um homicídio, mas é, na verdade, a vida pelos olhos de um jovem delinquente, um livro sobre os caprichos e vontades da mente, um estudo comovente de um grupo de adolescentes meio órfãos, nem maus nem bons, apenas humanos, e, como humanos, incessantemente à procura de algo que de certa forma encontram em Gisberta, a transexual sidosa sem abrigo que se refugia da vida num supermercado abandonado que dá nome ao livro.
   Através da narração em primeira pessoa compreendemos Rafa e os seus amigos, habitantes da Oficina, instituição decadente e inútil, e observamos, com uma certa naturalidade, o desenrolar trágico da ação.
   E no fim, devido ao extenso trabalho investigativo do autor embrulhado de uma emoção crua e pouco sentimental, ficamos não só com os factos dessa tragédia mas também, com o que poderia ter sido, as motivações, angústias e desilusões por detrás do crime.

José Vasconcelos 
 Pão de Açúcar / Afonso Reis Cabral. - 1ª ed. - Alfragide : D. Quixote, 2018. 

Mahatma Gandhi


Gerações futuras mal poderão acreditar que um homem assim, em carne e osso, tenha alguma vez andado por este Planeta.» (1)

A trinta de Janeiro de 1948, despedia-se deste mundo físico um homem de uma imensa grandeza, que com simplicidade, determinação e beleza soube congregar em si a dimensão única da consciência da Humanidade. Fez da verdade e da justiça a sua causa de vida, enfrentou o Império britânico com a força do espírito, com a sua Satyagraha, onde juntou a sua preocupação com os outros à ideia de não-violência.

Mostrou-nos como as causas são um património de todos, maiorias e minorias e que a injustiça, mesmo de um só homem, é ainda uma injustiça. Com a sua vida exemplificou a procura da identidade que há em cada ser humano e como a paz e a harmonia têm de ser uma ação não só de pessoas, mas também de nações.

Criou um pensamento que assentava em dois princípios: a Satyagraha (a força da verdade e do amor) e o Ahimsa (a não-violência). Todos os movimentos que no século XX lutaram contra a opressão dos impérios coloniais, ou contra a violência ou o racismo inspiraram-se nele. Todos os homens que aspiraram no século XX a um mundo melhor, livre da injustiça social, da guerra e da ditadura individual foram procurar motivação nas suas palavras.

De Martin Luther King a Nelson Mandela muitos compreenderam que a força do seu exemplo e a nobreza da sua causa permitiram fazer evoluir o Homem. Da guerra do Vietname à praça de Tianamen, o seu exemplo deu força à coragem de alguns para se construir uma Humanidade mais fraterna. Este homem, vítima da intolerância, no seu próprio tempo, com as questões relacionadas com a separação da Índia e do Paquistão, após a saída dos Ingleses, guardou para nós o melhor de uma consciência mundial, disponível a todos.

É um privilégio e um reconforto encontrar pessoas que na sua passagem por este planeta procuraram fundar a liberdade contra a opressão, em caminhadas de lucidez, tranquilidade e luta abnegada por um ideal. Raramente encontramos o Homem, a Humanidade nessa individualidade capaz de enfrentar impérios estabelecidos derrotando-os pela demonstração da injustiça.
          
 (1) Albert Einstein, citado de Ghandi, Richard Attenborough
Imagem: Copyright - http://www.finewallpaperss.com

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

CNL - Fase municipal

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As três obras escolhidas para a fase municipal do Concurso Nacional de Leitura são as seguintes:

1.º Ciclo – O secador de livros de Carla Maia de Almeida.

2.º Ciclo – Os ciganos de Sophia de Mello Breyner Andresen

3.º Ciclo – Os livros que devoraram o meu pai  de Afonso Cruz

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Concurso nacional de leitura - provas de escola




Apresentamos em baixo os alunos que no básico, nos diferentes ciclos venceram a 1ª eliminatória do Concurso Nacional de Leitura, a partir das leituras realizadas, justamente, Circo de Papel / A  Árvore e Saga. Os resultados encontram-se afixados na biblioteca, mas aqui ficam para uma consulta mais acessível. Deixamos as nossas felicitações aos alunos participantes e desejando que os que vão participar na fase concelhia possam ter um bom desempenho.Os resultados do CNL foram os seguintes:

1º ciclo
Diogo de Sá Barros - 1º lugar - EB Mar
Tomás Mota -  2º lugar - EB Belinho
Inês Almeida -  2º lugar - EB Vila Chã
Manuel Afonso Sá -  2º lugar - EB Guilheta

2º ciclo
Afonso Neiva 6MA -  1º lugar - EBARS
Daniela Lima - 5MD -  2º lugar - EBARS
Matilde Costa Marques  (5.º FA) - 1º lugar - EBF
Manuel Barros Faria (5.º FA) - 2.º lugar - EBF


3º ciclo
Dinis Ribeiro - 1º lugar - EBARS
Sofia Azevedo - 2º lugar - EBARS
Gabriel Ribeiro (9.ºFA) - 1.º lugar - EBF
Gonçalo Costa  (7.º FB) - 2.º lugar - EBF

Parabéns, a todos os que participaram e boas leituras e um bom desempenho para a fase concelhia!

Novidades - renovação do fundo documental (II)


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Palavras importantes (IV)

O dia da memória do Holocausto é uma evocação que não fica no passado, porque ele concentra em si o essencial do que significa a vida humana, as escolhas e os valores morais que defendemos. O nazismo é irrepetível, embora formas novas possam assumir valores como o anti-semitismo, a expulsão de pessoas que fogem de locais em guerra, os direitos humanos que realmente são vividos por todos.
O Holocausto e o nazismo são objeto de uma imensa produção historiográfica, muito porque se tenta perceber o impossível em que se materializou. E, também porque aconteceu nas mais altas condições culturais de uma civilização e no mais profundo esquecimento de grupos letrados e cultos.
O que faríamos, o que faremos quando precisamos de ajudar alguém em grandes dificuldades, mas essa ajuda implica um risco de vida para quem o faz. Foi esta questão colocada a alunos do 7.º e 9ºs anos. a questão, embora partindo da situação histórica foi generalizada a qualquer momento em que alguém precisasse de ajuda, embora com risco de vida.
Algumas respostas.

Ajudaria, pois mesmo em risco, ao ajudar e ao salvar uma pessoa desse risco ficávamos os dois em situação de termos mais possibilidade de nos salvarmos com a nossa entreajuda.
Catarina – 9.º B

Ajudaria, porque cada um tem direito a ser ajudado e respeitado. Independentemente do perigo e das suas consequências ajudaria. Zelaria pela minha segurança, mas acho que todas as pessoas devem ser ajudadas. A nossa vida é importante, mas a vida de outra pessoa também o é. E juntos poderíamos ser mais fortes para enfrentar o perigo.
Carolina, 7.ºA

Ajudaria. Apesar de estar em risco de vida, sempre terei tempo de ajudar, pois, porque não? Se tivesse frio, dar-lhe-ia alguma roupa; se tivesse fome, faria os possíveis para lhe arranjar alimento. Os bons momentos ficam guardados, principalmente para a pessoa que ajudasse. E, pela minha parte, ficaria feliz pela ação, ou última ação que fizera.
Matilde, 7.ºA

Ajudaria. Estando em risco de vida ajudaria outra pessoa, pois corria um risco, mas não ficava com a consciência pesada. E ao ajudar outra ou outras pessoas elas iam lembrar-se de mim, do meu gesto e reconheciam que eu não tinha sido egoísta.
Gil, 7.ºA

Ajudaria. Devemos ajudar a pessoa ou pessoas que precisam de nós. Devemos pensar naquilo que os outros precisam de nós. Além do mais, ao ajudar outra pessoa, também podemos nos ajudar a nós próprios.
Clara, 7.ºA

Ajudaria. A vida de cada um de nós é preciosa e devemos estar atentos ao outro. Devemos nos colocar no lugar do outro. Essa é uma das coisas mais importantes.
Kayala, 9.ºB


Palavras importantes (III)

Chamo-me Rosa Branca.
Vivo na Alemanha, numa pequena cidade de ruas estreitas,velhos fontanários e edifícios altos onde os pombos vêm pousar nos beirais.
Um dia, chegou o primeiro camião e saíram de lá muitos homens vestidos de soldados.
O inverno estava a começar.  (...)

Um dia todas as pessoas abandonaram a cidade. carregando sacos de sarapilheira, tachos e mobília. Entre elas, havia soldados. Alguns tinham os uniformes rasgados. Outros coxeavam. E outros estavam feridos e pediam que lhes dessem água.

Nesse dia, Rosa Branca também saiu da cidade.
Mais uma vez, foi até à floresta.
A estrada desaparecera sob o nevoeiro. Rosa Branca saltava de pedra em pedra, tentando não sujar os sapatos.

No meio da floresta, a clareira já não era a mesma. Estava tudo vazio.
Pousou no chão a sacola cheia de comida e deixou-se ficar quieta.

Ente as árvores, havia sombras em movimento. Era difícil distingui-las. Os soldados viam o inimigo em todo o lado. 
Ouviu-se um disparo. (...)

A mãe de Rosa Branca esperou muito tempo pela sua menina.
As flores de açafrão começaram a despontar na terra, finalmente.
O rio aumentou de caudal e alastrou pelas margens. As árvores tornaram-se verdes e acolheram os pássaros.

A primavera cantava.

Ponto de partida para falar da ocupação nazi da Europa entre 1939 e 1945 a um conjunto de alunos do 7.º e 9.º ano.  Ponto de partida para falar do movimento Rosa Branca que tentou anular o Führer em 1942 e como sabemos teve um fim triste para esses estudantes de grande coragem.

Ponto de partida para escolher palavras importantes de uma narrativa sobre o próprio fundamento da vida e dos seus riscos. de AuschwitzApós a leitura e exploração visual os alunos consideraram como as palavras mais fortes ou com mais sentido nesta mensagem, as seguintes: 
Rosa Branca;
soldados;
tanques;
floresta;
estrela amarela;
floresta. 

Palavras importantes (II)

 
O comboio tem muitos vagões,
Não é como aquele que apanhávamos para ir à praia.
Na estação há gente com malas.
Os soldados vigiam.

Por cimo do portão de entrada
vejo um relógio grande,
altifalantes e holofotes

A luz magoa-me os olhos.
Os cães ladram, uivam.

Fumo:
silêncio, amigo e céu
soldados , chorar, amigo
brilho, raízes, comboio

Ponto de partida para falar do Holocausto a um conjunto de alunos do 9.º ano de Auschwitz. O seu silêncio tumular, o programa do nazismo e a solução final. Ponto de partida para falar de um genocídio e dos suportes que fundamentaram esta desistência pelo que é humano. Ponto de partida para uma história difícil, a mais difícil de todas. Ponto de partida para falar, ainda que ao de leve da dor antiga, da humilhação e da vida perdida. Ponto de partida para escolher algumas palavras de Fumo, um livro de Antón Fortes e com ilustrações de Joanna Concejo e publicada pela OQO. 

Após a leitura e exploração visual os alunos consideraram como as palavras mais fortes ou com mais sentido nesta mensagem, as seguintes: 
silêncio, amigo e céu
soldados , chorar, morte
multidão, raízes, comboio.