quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Da Filosofia

 


A palavra ainda assusta e, no entanto, ela refere-se a algo que foi inventado há muitos séculos na antiga civilização grega. Vivemos num mundo habitado por pessoas, por coisas, ideias, sentimentos e quando cá chegamos, nós e todos os que são mais jovens defrontam-se com uma questão essencial. Como tudo começou e se tem uma duração limitada tem em si um valor muito valioso. Assim, como olhar para o que nos rodeia e pensar sobre aquilo que nos importa, que queremos conhecer.

Oficina de Filosofia é apenas uma forma não de encontrar respostas, mas de fazer perguntas, de modo a estimular a capacidade de pensar e de fazer refletir sobre coisas simples, mas que afetam a vida de todos. O que é uma pergunta, que características tem e as palavras o que nos podem dizer, o que podemos fazer com elas. Por que gostamos de histórias e porque elas ensinam a imaginar a tantas coisas?

Que coisas conseguimos explicar? O que lemos e o que sentimos pode ser expresso em palavras, ou os desenhos também nos podem explicar? E se não percebemos algo, como o explicamos a outros? Em que momentos usamos a imaginação? O preço e o valor das coisas são a mesma coisa ou existem diferenças? E conseguimos encontrá-las em momentos da nossa vida.

É um pouco isto e o ponto de partida foi um livro de Valter Hugo Mãe, As mais belas coisas do mundo. Descobri-las e pensar nelas como algo onde cada uma toca no seu quotidiano e pensar com os mais pequenos em perguntas como, pode-se amar ou gostar do que não se conhece? como conhecer as coisas que o mundo e os outros nos mostram? ou pode um abraço ser um espaço para se habitar, se viver, como uma casa?

Sobretudo fazer perguntas e pensar a partir de situações diversas para incentivar o antigo desejo da Filosofia grega, de analisar o que fazemos, pensamos e sentimos e como avaliamos o que fazemos. O vocabulário e a linguagem é um dos meios para formular essas perguntas e alargar o que conhece. A Filosofia vive do deslumbramento pelas coisas, as crianças da curiosidade e os seus porquês são um bom caminho para pensar, em círculo, como se cada um estivesse a procurar conhecer um mistério ou algo que não se conhece ainda.


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