sexta-feira, 24 de julho de 2020

Até já....


Foi um ano diferente, feito de expectativas e de inesperado. Foi um ano marcado pelo desejo de continuar a conhecer, que é uma porta de entrada para imaginar muitas coisas, incluindo as palavras que conduzem sonhos, ou nos levam a eles. Neles nascem coisas que podem ser lidas ou desenhadas.

Foi um ano diferente e ainda assim com uma ideia-chave, a de tecer com a leitura que ela é um espaço de um objeto que acontece com cada um de nós para fazer nascer mundos, no desenho de algo de belo e na identificação com os outros e com o mundo. A leitura como um instrumento para conhecer, como uma memória do coração.

Foi um ano diferente, particular, onde o digital emergiu com mais evidência para o desejo de sempre, a de imaginar palavras para abrigar pensamentos e ideias e escrevê-las com os sonhos de muitos, os criadores e as experiências com alunos e professores. É sempre uma tentativa de superar a efemeridade do tempo, com a eternidade dos momentos, onde as ideias e as emoções se desenvolvem no espírito de cada um.

Foi um ano diferente e particular. Foi um ano de esperança, como são sempre os sinais de um começo, ou de um recomeço. Foi um ano feito com muitas pessoas, com muitos sinais de cultura, de natureza e de camaradagem. Foi um ano a superar as nossas limitações e a encontrar as janelas para os sinais a conhecer, como um mar disposto nos nossos olhos.

É a pensar em todos os que se envolveram e foram realmente todos que foi possível tecer uma árvore de ideias e pensamentos para a alegria de fazer algo com significado. É pois um agradecimento, aquilo que a Biblioteca deixa aqui, a todos, pela envolvência que durante vários meses foi possível construir. Agradecimento moldado em tantas partilhas, num ano especialmente difícil e diferente pela crise sanitária vivida e ainda a superar.

Assim, terminamos este ano letivo desejando a todos, alguns bons dias de descanso com a desejada tranquilidade. Deixamos esse desejo, para que, como diz Sophia possamos todos no tempo à frente «construir a partir do fundamento», em dias de liberdade e alegria. Fundamento para a afirmação de cada um, no sentido de um reconhecimento da essência das coisas, os sinais para os nomes que damos ao nosso caminho.

Boas férias!
A Biblioteca (Biblioaears)
Imagem: Copyright - School Library Journal

Sugestões de leituras (II)

Na conclusão de um ano letivo, algumas sugestões de leitura para os dias de férias, agora pensando num público mais adulto.






Sugestões de leituras (I)

Na conclusão de um ano letivo, algumas sugestões de leitura para os dias de férias.


  


No meu peito não cabem pássaros


"O mundo é um vazio desmedido que não queremos nem podemos aceitar, os homens também, as cidades, os países, os planetas também. Não há palavras que encham tanto vazio. Os livros que deixamos são obras de filigrana, fios ténues do sentido com que delimitamos o volume do que não entendemos."

A palavra viaja pelo mundo, encontra-se em geografias diversas, resgata os sinais daquele e tenta dar-lhe um nome, trabalhamdo artesanalmente os seus sinais. O livro de Nuno Camarneiro, No meu Peito não batem Pássaros tenta construir esse diálogo entre a palavra e  o que o mundo nos dá a conhecer, ou o que tentamos compreender.

No meu peito não cabem pássaros junta três figuras maiores da Literatura do século XX, justamente, Franz Kafka, Jorge Luís Borges e Fernando Pessoa.  Junta-as a partir da leitura da vida que se vai construindo, de um imigrante em Nova Iorque, de um rapaz que chega a Lisboa e de uma criança que inventa coisas, formas de anunciar o que acontecerá mais tarde.

No meu Peito não batem Pássaros realiza a narrativa de três figuras que tentam descobrir espaços urbanos, carregar sonhos maiores que eles e compor palavras com a linha comum de inventar um mundo. É um livro sobre criadores, é um livro sobre cidades e ainda um livro sobre três figuras que entre a solidão e a desilusão nos definem o assombro das palavras, a linguagem para compor aquilo que é a vida de milhões, o prenúncio do mundo moderno.

No meu Peito não batem Pássaros fala-nos da vida, da memória, da morte, do esquecimento, entre os caminhos que percorremos, com o sol a nascer em nós. A infância, o consolo das histórias vividas e inventadas entre os que no tempo forjaram o azul de um aconchego e nos deram a visão de um caminho.

Livro imenso, uma sabedoria de palavras, momentos intermitentes que nos dão a linha dos olhos que procuramos para recuperar a beleza, o encontro com a respiração do amor. E, ainda esse sonho antigo que nos faça ser um ponto brilhante nos dias esquecidos. A beleza e o sorriso entre as cicatrizes que nos caracterizam, que nos rasgaram o espírito e o corpo até chegar ao encontro, à mão, ao perfume solar capaz de nos fazer render um novo salto, a dos pássaros que em nós voam.

 No meu peito não cabem pássaros / Nuno Camarneiro. Lisboa: D. Quixote, 2013.

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Palavras em tempos de crise


"Não tenho tempo para ler" foi uma das ideias deste ano letivo nas Bibliotecas do AEARS. Depois de dizer esta frase várias vezes, hoje, sábado, chegou o dia de pegar num livro.
Talvez, em jeito de homenagem, escolhi um livro do grande escritor Luís Sepúlveda, para a primeira leitura de verão.

O livro Palavras em Tempo de Crise  guarda nele um conjunto de contos. O primeiro, com a designação " Churrasco é assunto do velho" fala-nos da alegria de um pai, que consegue reunir os seus filhos espalhados pelo Mundo, para saborear um churrasco. Neste conto o pai vai dizendo, que não sabe se foi bom pai, por não ter dado aos filhos o "tempo" que mereciam. No entanto, ele tem uma certeza. A que lhe diz que tem o carinho de todos e que sempre foi um amigo com quem os filhos poderão contar, para tudo o que acontecer nas suas vidas. Este pai sabe algo muito importante. Sabe que desfrutou de cada segundo junto dos seus filhos e assim sente-se em paz com ele próprio.

Quem não se questiona se foi ou é um bom Pai ou Mãe?!
Que "viagens" me trarão os contos seguintes? Estou curiosa.

Professora Augusta Almeida 

Palavras em tempos de crise: artigos e reflexões / Luís Sepúlveda. Porto: Porto Editora, 2014.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

E@D: trabalhos

Decorrente das sugestões de trabalho da Biblioteca durante o mês de junho sobre as temáticas ambientais, deixamos aqui alguns trabalhos, que muito agradecemos, pela sua partilha.
Ajudar a Salvar a terra 

“Procura deixar o mundo um pouco melhor que o encontras-te”       Baden Paul


Na minha família de sangue , escutista  e escolar  são me transmitidos valores de forma a conseguir-mos “Deixar o Mundo um pouco melhor do que o encontramos". 

Anualmente participo em  atividades de recolha de lixo nas praias .
Quando fazemos as nossas atividades escutistas utiliza -mos sempre os materiais que a natureza nos dá.

Na minha escola é-nos transmitido o valor da reciclagem e também a importância da natureza, e como tal fizemos  uma plantação de legumes e de árvores  na nossa escola. 
Nos nossos eventos de Carnaval fizemos diversas apresentações e nelas utilizámos fantasias de materiais reciclados. 

Quando vou pela rua em passeio com a minha família, não hesito em apanhar o lixo que encontro pelo chão.

Apresento aqui uma música que eu aprendi com a minha família escutista.
“Ambiente, Ambiente vamos proteger
Não podemos deixar que a Natureza possa algum dia morrer.
Ambiente, Ambiente agora já trabalhas-te
Deixas-te assim o mundo um pouco melhor do que o encontraste.”

Francisca Morgado

E@D: trabalhos

Decorrente das sugestões de trabalho da Biblioteca durante o mês de junho sobre as temáticas ambientais, deixamos aqui alguns trabalhos, que muito agradecemos, pela sua partilha.
Domingo fui passear nos trilhos do rio Neiva em família. Gostei muito, pois tudo é muito bonito. Ao longo do percurso vi várias espécies de animais e plantas. Adorei o contacto com a Natureza. Foi um passeio magnífico!!!

Deixo algumas fotos que fiz durante o meu passeio.

Ana Carolina Castro 

 Clara Capitão