Escura e pequenina
É assim a andorinha
Que todos os anos regressa
Para viver no meu terraço.
Quando chega a primavera,
Lá estou eu, à sua espera,
Para darmos um abraço.
Gosto de a ouvir contar
As histórias de espantar
Das terras que visitou:
De piratas, feiticeiros,
Mamutes, peixes falantes,
De reis, dragões e gigantes,
Princesas e marinheiros.
A minha querida amiga
Já me prometeu que um dia
Me leva a conhecer o mundo
Desde a China à Guatemala.
Por isso, pelo sim pelo não,
Sempre que acaba o verão,
Eu corro a fazer a mala!
Manuela Leitão, "Andorinha", in As Quatro Estações. Lisboa: Máquina de voar, 2017.
Imagem: CDopyright - R.B.Davis
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