quarta-feira, 29 de abril de 2020

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A Civilização Egípcia   (3500 a 500 a.C.) - A arte: A Escultura - 

A escultura foi com a arquitetura e a pintura uma das áreas de grande criação artística da Civilização Egípcia. A escultura foi nesta civilização usada para criar grandes estátuas, de dimensões colossais, ou pequenas estatuetas.
As grandes estátuas tiveram diversas criações, sendo algumas das mais significativas, as do complexo de Abu Simel, na Núbia feitas no tempo de Ramsés II, ou as Mémnon que estão junto ao templo funerário de Amenófis II. Ainda integradas pode-se indicar as esfinges que se encontram junto às pirâmides de Gizé. Nesta última juntou-se a representação de uma cabeça humana num corpo de leão, sinal para idealizar a força do faraó personificada no animal.

A escultura na Civilização Egípcia representava o papel essencial dos faraós e das divindades. As suas imagens eram feitas a partir de uma idealização caracterizada pela ausência de emoção e portadores de uma ampla serenidade. Era a forma de criar a ideia de imortalidade nessas figuras.  As figuras eram desproporcionadas de modo a criar um sentido de força e grandeza sobrenaturais.

Ainda na área da escultura, esta civilização criava pequenas estatuetas designadas Usciabtis, ou Shauabti que eram figuras funerárias em miniatura. Eram esmaltadas com acabamentos em azul e verde e que tinham o fim de realizar no além, as tarefas mais difíceis em substituição do faraó. Começaram por ser moldadas em cera, tornando-se com o tempo mais complexas e feitas a partir da madeira, da pedra ou de bronze.  Muitas vezes estas estatuetas eram colocadas em paredes, ou colunas.

Ligada ainda à escultura está todo o ritual da mumificação. Acreditando numa vida após a morte de uma forma tão evidente, era preciso assegurar que o corpo chegasse ao outro mundo bem conservado. Eram os sacerdotes que realizavam a mumificação. Depois de mumificado (extraído os órgãos e limpo o corpo) seguiam-se um conjunto de rituais funerários de modo a preparar a viagem do corpo no sarcófago. Objetos pessoais acompanham o sarcófago numa uma viagem pela eternidade.

Houve momentos em que o politeísmo teve algumas interrupções. Foi o caso de uma das mais belas rainhas do Egipto, Nfertiti. O seu nome significa "a mais bela" e foi um dos poucos casos em que a mulher do faraó chegou a ser rainha e deusa. O culto passou a ser desviado das diversas divindades e concentrado na figura do faraó e da divindade solar, Aton. Após a morte de Akhenaton, Nfertiti pode reinar com um poder absoluto existindo dados arqueológicos encontrados em Amarna que o comprovam.  Nfertiti foi uma exceção na longa história da Civilização Egípcia, mas deixou-nos alguns vestígios de uma beleza muito substantiva nas estatuetas que a caracterizam.

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