A Civilização Egípcia (3500 a 500 a.C.) - A arte: A Escultura -
A
escultura foi com a arquitetura e a pintura uma das áreas de grande
criação artística da Civilização Egípcia. A escultura foi nesta
civilização usada para criar grandes estátuas, de dimensões colossais,
ou pequenas estatuetas.
As
grandes estátuas tiveram diversas criações, sendo algumas das mais
significativas, as do complexo de Abu Simel, na Núbia feitas no tempo de
Ramsés II, ou as Mémnon que estão junto ao templo funerário de Amenófis
II. Ainda integradas pode-se indicar as esfinges que se encontram junto
às pirâmides de Gizé. Nesta última juntou-se a representação de uma
cabeça humana num corpo de leão, sinal para idealizar a força do faraó
personificada no animal.
A
escultura na Civilização Egípcia representava o papel essencial dos
faraós e das divindades. As suas imagens eram feitas a partir de uma
idealização caracterizada pela ausência de emoção e portadores de uma
ampla serenidade. Era a forma de criar a ideia de imortalidade nessas
figuras. As figuras eram desproporcionadas de modo a criar um sentido
de força e grandeza sobrenaturais.
Ainda
na área da escultura, esta civilização criava pequenas estatuetas
designadas Usciabtis, ou Shauabti que eram figuras funerárias em
miniatura. Eram esmaltadas com acabamentos em azul e verde e que tinham o
fim de realizar no além, as tarefas mais difíceis em substituição do
faraó. Começaram por ser moldadas em cera, tornando-se com o tempo mais
complexas e feitas a partir da madeira, da pedra ou de bronze. Muitas vezes estas estatuetas eram colocadas em paredes, ou colunas.
Ligada ainda à escultura está todo o ritual da mumificação. Acreditando
numa vida após a morte de uma forma tão evidente, era preciso assegurar
que o corpo chegasse ao outro mundo bem conservado. Eram os sacerdotes
que realizavam a mumificação. Depois de mumificado (extraído os órgãos e
limpo o corpo) seguiam-se um conjunto de rituais funerários de modo a
preparar a viagem do corpo no sarcófago. Objetos pessoais acompanham o
sarcófago numa uma viagem pela eternidade.
Houve
momentos em que o politeísmo teve algumas interrupções. Foi o caso de
uma das mais belas rainhas do Egipto, Nfertiti. O seu nome significa "a
mais bela" e foi um dos poucos casos em que a mulher do faraó chegou a
ser rainha e deusa. O culto passou a ser desviado das diversas
divindades e concentrado na figura do faraó e da divindade solar, Aton. Após a morte de Akhenaton, Nfertiti pode reinar com um poder absoluto existindo dados arqueológicos encontrados em Amarna que o comprovam. Nfertiti
foi uma exceção na longa história da Civilização Egípcia, mas
deixou-nos alguns vestígios de uma beleza muito substantiva nas
estatuetas que a caracterizam.
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