quarta-feira, 21 de junho de 2023

Encontro ...


 Os alunos da EB de Mar vão apresentar uma dramatização à comunidade educativa no dia 27 de junho às 20.30, a partir do texto, "Isso não é resposta"! Haverá um momento musical e a participação de Maria Mandarim que procurará incentivar um momento de reflexão com os presentes. A comissão de pais Irá disponibilizar para vender um breve serviço de cafetaria (bebidas, bolos e café).

sexta-feira, 16 de junho de 2023

Filosofia para / com crianças - O real e o imaginado

 


A Filosofia para ou com crianças tenta ser um espaço à volta das perguntas que podem ser suscitadas por uma história ou por uma imagem. Nos segundos anos tentou-se partir de um pequeno conto, de Valter Hugo Mãe, "Modo de amar" para pensar que perguntas poderiam ser feitas pelas crianças e como as pensar no grupo da turma.

   "Eu queria era ter um cão, mas a minha mãe diz que os cães fazem muito barulho a ladrar e que, por vezes, mordem. Diz também que se tivermos um cão durante muito tempo ficamos com a cara parecida com o seu focinho. A mim custa-me acreditar, mas é isso que a minha mãe me responde. Nem imagina o quanto fico infeliz, parecido a ter vazios por dentro...

Eu disse:

   - Mãe, acho que fiquei despreocupado de lucidez. Ouço sempre um pássaro a cantar. Talvez só me cure se aprender a voar.    A minha mãe sorriu e eu repeti:
   - Quem se vê proibido de amar inventa outra realidade., uma realidade melhor, ainda que seja por fantasia. Vivo na fantasia. mãe.
   Depois, calei-me. Sabia perfeitamente o que acontecera. Tinha um pássaro no coração. Era, assim mesmo, o lugar mais decente para aprisionar um animal de estimação."

"Modo de amar", in Contos de cães e maus lobos" / Valter Hugo Mãe. Porto: Porto Editora, págs. 104/05.

A partir do conto foram feitas pelas crianças diversas perguntas. 

Durante estas sessões surgiram perguntas extraordinárias que nos revelam como as crianças têm uma capacidade extraordinária para fazer perguntas. E é isso o mais importante na Filosofia para ou com crianças, ouvir as perguntas e pensar sobre elas...
1. Como seria alguém sem tempo para pensar?
2. Imaginar / sonhar é a mesma coisa?
3. Como é que o cérebro pensa tanto?
4. Porque existimos?
5. O que são valores humanos? 

Algumas ilustrações desta sessão com o primeiro ano à volta do real e do imaginário.
 
 

Filosofia para / com crianças - Os tesouros do Leopoldo (IV)

  No diálogo com a História Os Tesouros de Leopoldo fomos pensando e conversando sobre o que pode ser um tesouro e tal como o Leopoldo o que podemos pensar para colocar e juntar num frasco. Que coisas poderíamos juntar? Com algumas ideias as crianças ilustraram um frasco e pensaram em alguém a quem o oferecer, ou que sentimento estava associado. Em baixo estão algumas dessas ideias e pensamentos em forma de desenho. As palavras foram ditas por eles e como são muito pequenos foi com a educadora que as frases foram escritas no verso do desenho.

E pensámos o que era juntar coisas (colecionar); onde encontrar coisas bonitas para oferecer a alguém de quem se gosta, como a família, a educadora, os amigos... e que coisas oferecer? as pedrinhas da praia, as folhas das árvores, o sol e as suas cores, o mar e o seu barulho, as estrelas e o seu brilho. Será possível oferecer essas coisas?....


 
 


Centro Escolar de Forjães - Pré-Escolar (salas ....)

Filosofia para / com crianças - O real e o imaginado (III)

 
 
 
Da sessão com suporte no conto de Valter Hugo Mãe, "Modo de Amar" foram pensadas algumas questões pelas crianças que depois foram dialogadas no grupo. Deixam-se em baixo algumas dessas questões e as ilustrações realizadas a partir das perguntas pensadas. Como imaginar esse pássaro imaginário a viver no coração da fantasia? O que dizer a esse real imaginado e ali exposto com cada um?

1. Imaginar e sonhar é a mesma coisa?
2. O pássaro tem amor na imaginação do menino?
3. O pássaro era a sua imaginação?
4. O pássaro era real ou imaginário?
5. O pássaro era a parte dele que estava contente?

 
 


Centro escolar de Forjães - 1.º ano

Filosofia para crianças - escrita d´arte (II)

Pássaro azul é um dos quadros mais conhecidos de Marc Chagall. Após a sessão de filosofia para ou com crianças e no momento da avaliação da sessão informalmente, as crianças consideraram que o quadro mais interessante ou bonito era o Pássaro azul. A partir da sua observação e com a professora titular da turma, a professora Júlia Claro, as crianças criaram em grupo vários textos. Apresentam-se mais dois textos produzidos em grupo.

O Bosque encantado

   Era uma vez um bosque com árvores murchas, plantas secas, muita poluição e poucos animais.

  Numa aldeia ali perto moravam pessoas, a maioria violentas, antipáticas e que ficavam chateadas por tudo e por nada. Nessa aldeia vivia também uma menina inglesa, chamada Rachel que tinha 9 anos e era a mais simpática da aldeia, vestia-se com roupa feita de plantas e adorava o ar puro da natureza, era conhecida como a guardiã do bosque. Os seus pais eram os reis daquela aldeia.
   Certo dia, enquanto Rachel caminhava pelo jardim da sua casa decidiu plantar um pé de alface. Passado cerca de um mês, Rachel foi ver como tinha crescido, e o seu pé de alface, estava muito grande. Enquanto o cuidava avistou um pequeno pássaro azul.
   Depois de alguns dias o pássaro aumentou de tamanho e ficou maravilhoso. O pássaro foi em direção ao bosque e Rachel seguiu-o. Ele voou em direção à lua e de repente as árvores ganharam folhas, as plantas deixaram de ser secas, a poluição desapareceu e começaram a aparecer muitos animais.
  Admirada com o que viu, Rachel pediu ao pássaro se conseguia tornar as pessoas da sua aldeia, mais simpáticas e gentis. Então o pássaro, sem perder tempo, concretizou o seu desejo, e assim, as pessoas ficaram todas muitos mais felizes.
   A menina ficou muito agradecida e chamou àquele bosque “O bosque encantado do pássaro azul”.
Grupo: Mateus, Maria, Rodrigo C., Matilde, Miguel (3.º ano FI)

A senhora dos cabelos

    Numa bela noite, a senhora Roseira observava a lua com os seus lindos olhos. Enquanto que o seu amável pássaro voava sobre a cidade. Ele chama-se Quiriquiqui pois era a única coisa que ele conseguia chilrear.
    A senhora Roseira sentia-se triste ao ver que o seu cabelo não crescia. O pássaro entrou em ação, e tentou arranjar maneira de fazer o cabelo da senhora Roseira crescer.
   Quiriquiqui ficou horas e horas a tentar descobrir uma solução para o cabelo dela crescer.
    O pássaro pensou em pedir cabelo aos habitantes da cidade e para que conseguisse o cabelo mais rápido possível, ele abriu uma loja em que as pessoas doavam cabelo para a senhora Roseira. Isto foi difícil, mas o pássaro teve uma boa ideia. Outra forma era dar alguns euros a quem vendesse cabelo à senhora Roseira.
    A partir desse dia, a senhora Roseira ficou a ser tratada por “A senhora dos cabelos”.
 
Grupo: Ana, João, Afonso, Núria e Leonor (3.º ano FI)