Espaço institucional de partilha e divulgação das atividades das Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas António Rodrigues Sampaio
segunda-feira, 31 de outubro de 2022
Um mês com... Agustina Bessa-Luís
sexta-feira, 28 de outubro de 2022
O Renascimento | V
Com Botticelli a ideia de dissecar o corpo, como o faziam os irmãos Pollaiuolo já não existe do mesmo modo, tendo evoluído para uma ideia mais apurada da perspetiva e da anatomia humana e relaciona-se com o que a corte dos Medici desenvolveram na sua visão do mundo. A ideia de amor no neoplatonismo da Corte dos Medici influenciou a pintura de Botticelli. Os quadros mitológicos de Botticelli são de um lirismo e de uma beleza impressionantes.
A Alegoria da Primavera, ou O Nascimento de Vénus são dois quadros em que os elementos clássicos são reajustados ao espírito da época e dos valores ou símbolos conhecidos no tempo. Em A Alegoria da Primavera, quadro de 1478, o trabalho destinava-se a ser colocado na residência dos Medici. É um dos quadros mais significativos da arte ocidental, onde as figuras se apresentam em tamanho natural, dando uma ideia de grande monumentalidade com a chegada das flores, símbolo da Primavera. O quadro fá-lo usando a mitologia dos valores clássicos.
No quadro as referências ao mundo clássico são muito evidentes, com a introdução de Vénus (divindade associada à Primavera) e dela parece emergir uma credibilização de toda a cena e dos outros elementos. O Cupido aparece sob as árvores apontando uma flecha às Três Graças que representam a beleza, a castidade a sensualidade e onde também surge Zéfiro, o conhecido vento da Primavera.
No quadro encontramos ainda, em vestes escarlate, Mercúrio - deus mensageiro dos ventos e que na tradição clássica dissipava as nuvens de modo a permitir que os raios solares iluminassem o jardim. Todo o quadro é profundamente gracioso na junção das Três Graças, a deusa Flora e Vénus tornando-o um dos marcos do Renascimento. Os traços de feminilidade, graciosidade e delicadeza fazem dele uma obra maior da pintura europeia e do Renascimento.
Sandro Botticelli, Alegoria da Primavera, c. 1482, Galeria Ufizzi, Florença.
À roda das palavras
Celebrada anualmente na Escola Básica de Forjães, a Festa das
Colheitas resume-se em várias barraquinhas, uma barraca por turma, onde todas
as turmas vendem de tudo um pouco para angariarem dinheiro para futuras viagens
e também viagens de finalistas. Fomos expor algumas questões ao Sr. António,
funcionário e porteiro da escola, de modo a obter relatos de como decorreu a
Festa das Colheitas 2022. De acordo com o que nos foi dito pelo Sr. António, a
organização da Festa das Colheitas é um processo mais complicado do que
aparenta ser. Segundo ele, a Festa das Colheitas passa por uma nomeação
organizativa do evento, onde é tudo planeado ao mais pequeno detalhe para que
tudo ocorra dentro da conformidade. Quando lhe questionamos acerca do que mais
gostou ele da festa, António disse-nos que gostou da festa em geral, afirmando
ele que também adorou o facto de ter tido oportunidade de ver antigos alunos
que andaram na escola de Forjães como de ter convivido com muita gente que não
via há muito tempo. E afinal o que é a Comissão de Pais, que tanto ajuda estas
crianças todos os anos para angariarem dinheiro? Sr. António contou-nos que é
um conjunto de pessoas que deliberam e atribuem tarefas para as festas serem
realizadas e que sem eles dificilmente haveria a possibilidade de realizarmos a
Festa das Colheitas todos os anos como temos feito até agora. A festa das
colheitas é um evento espetacular, onde podemos ver e assistir a um mar de
gente e imensos espetáculos dos alunos para além de ser um evento perfeito para
o convívio entre toda a comunidade escolar e participantes, diz António como
forma de expressar o quanto a festa das colheitas é adorada por toda aquela
escola e gente dos arredores.
Trabalho realizado por Daniela Fernandes e Luana Carqueijó
terça-feira, 25 de outubro de 2022
A Biblioteca - ao redor do ler e da leitura
"Para mim ler é comer um pedaço de fantasia" (Rodrigo - 5.º FB)
Dando continuidade às atividades sobre o espaço da Biblioteca como lugar para descobrir o espaço, o que representa como possibilidade para o conhecimento, para os aspetos lúdicos, para a leitura como encontro com o que é possível imaginar. A Biblioteca como espaço que guarda uma memória, que cultiva a liberdade de acolher todos e de conceder janelas largas sobre o que é possível descobrir.
A leitura como espaço de construção de um imaginário, de enriquecimento de cada um, de viagem à procura de ideias belas, de aventuras que emocionam, ou daquilo que se desconhecia. A leitura como construção e aproximação ao possível, ao que é preciso construir com as suas imagens, para outros encontros.
A leitura e a biblioteca são o mais essencial ponto para tornar essa memória visível para os dias que se vivem entre muitas dúvidas e inquietações. Os alunos de diferentes turmas após uma conversa "quase filosófica" deixaram algumas impressões que abaixo se deixam em algumas imagens.
segunda-feira, 24 de outubro de 2022
“Ler e escrever para a paz e harmonia” - encontro formativo com com João Manuel Ribeiro
A ação realiza-se no próximo sábado, dia 29 de outubro, entre as nove horas da manhã e as dezasseis e trinta, na Biblioteca Municipal Manuel de Boaventura, sendo dinamizada pelo escritor João Manuel Ribeiro. A ação é destinada aos professores da educação pré-escolar e do 1.º Ciclo do concelho de Esposende.
As inscrições devem ser efetuadas até ao dia 26, através do email: biblioteca.municipal@cm-esposende.pt
Um poema
em nome dos sem-nome, continua
por desertos de areia, desertos sem
sentido, continua. por rostos no deserto,
os do sem nome ou rosto, continua.
ao fundo do deserto, diz-se gotas de
sangue e grãos de areia, a esfinge
no deserto, continua. no verdadeiro
nome do espesso líquido que se diz
vital, em toneladas certas, continua.
os divinos moinhos moendo devagar
fina farinha, inúteis mares de pó."
Ana Luísa Amaral, “Mediterrâneo”, in What´s in a name