quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Um poema - 7


"Nós, os ateus, nós, os monoteístas
Nós, os que reduzimos a beleza
A pequenas tarefas, nós, os pobres
Adornados, os pobres confortáveis,
Os que a si mesmos se vigarizavam
Olhando para cima, para as torres,
Supondo que as podiam habitar,
Glória das águas que nem águias tem,
Sofremos, sim, de idêntica indigência,
Da ruína da Grécia."
Hélia Correia (2012). A Terceira Miséria. Relógio D’ Água, pág. 13
Imagem – ©: madras91

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Apresentação musical

 

 
Os alunos do 8.ºFA realizaram sob a orientação do professor Armando Félix um conjunto de apresentações musicais sobre diferentes compositores. Estes foram Wolfgang Amadeus Mozart, Judy Garland, Ilse Weber e John Lennon. Os alunos realizaram apresentações diversas usando a flauta. Foram lidas breves biografias dos músicos destacados e entregues alguns marcadores aos presentes. 
 
Esta apresentação musical foi feita às  turmas do 6.º ano e nela se apreendeu o valor do belo que envolve a composição musical, assim como as ideias que envolveram estes músicos e as sociedades onde viveram. O valor da solidariedade entre todos, do reconhecimento do olhar dos outros, a importância da vida humana e da sua dignidade foram ideias destacadas nas biografias e nas músicas tocadas pelos alunos.
 
Foi uma atividade de grande significado cultural e cívico revelando essa ideia essencial da formação e do gosto não só por aquilo que nos emociona, que transporta o belo para a nossa representação da vida e pelo envolvimento com que olhamos os outros.
 
"Durma bem, durma bem, meu anjinho
O vento brinca com a lira
Ele está brincando docemente com os juncos
 
E o rouxinol canta a sua canção 
Durma bem, durma bem, meu anjinho
O vento brinca com a lira 
 
Durma bem, durma bem, meu anjinho
A lua é como uma grande lanterna
Ela olha lá da tenda escura do céu
Ela olha com seu brilho para o mundo
 
Durma bem, durma bem, meu anjinho
A lua é como uma grande lanterna...
 
Durma bem, durma bem, meu anjinho
Que o mundo está tão silencioso
Não há som que possa perturbar sua paz e descanso
O sono está vindo, meu amor 
 
Durma bem, durma bem, meu anjinho 
O mundo está tão silencioso"
 

Visita de estudo - Castro de São Lourenço

 

A turma do 5.º FC visitou hoje o Castro de São Lourenço, um dos mais importantes vestígios arqueológicos do concelho de Esponde e daquilo que no Noroeste da Península Ibérica ficou conhecido como de cultura castreja. No norte de Portugal, desde o fim da Idade do Bronze até ao domínio romano, uma cultura de características muito próprias, que designamos de "castreja" viveu em espaços designados, Castros, ou Citânias.
 
Os alunos foram recebidos no Centro de Interpretação do Castro de São Lourenço por uma técnica que acompanhou os alunos na visita e lhes deu um conjunto de informações sobre alguns aspetos, como:
  • o tempo da sua construção;
  • a localização e os motivos da sua escolha para aquele tipo de comunidades;
  • os espaços do castro - os materiais usados e a construção das habitações;
  • a alimentação que realizavam e o modo como os recursos naturais eram aproveitados;
  • evolução do castro e as transformações ocorridas com a romanização.
 Os alunos visitaram uma das habitações, onde puderam conhecer o interior de uma delas, o modo como a vida se organizava e a forma e materiais daqueles espaços. Os alunos puderam subir à capela no monte de São Lourenço, onde a paisagem revela os espaços da parai, da foz do rio Cávado e da ocupação do território. Esse conhecimento permitiu conhecer os espaços que junto às lagoas (existentes em séculos passados), onde diferentes atividades permitiam ter acesso a diferentes produtos ligados à exploração dos recursos naturais.
 
A visita de estudo terminou com a visita aos painéis do Centro Interpretativo de São Lourenço, onde os alunos tomaram conhecimento sobre as diferentes culturas existentes na Península Ibérica anteriores ao domínio romanos e aos locais ,onde a cultura castreja se define a norte do rio Douro, como um dos marcos da ocupação do território. Os alunos observaram um pequeno filme sobre a forma de vida destas comunidades e receberam um exemplar do livro, Caturo, a história do pequeno guerreiro.
 
A visita foi excelente nos recursos e no olhar sobre os materiais arqueológicos e aquilo que eles nos podem dizer sobre uma cultura e o modo como se relacionou com o território. A reconstrução feita é um recurso extraordinário para conhecer a cultura castreja no noroeste da península e em concreto, como elemento essencial do património de Esposende. Os alunos mostraram-se interessados sobre este "modo de vida" de outros tempos., tendo esta visita de estudo enriquecido os seus conhecimentos sobre este período da Pré-História.
 

O caderno do avô Heinrich

 
O livro fala de como era a vida das pessoas por volta de 1944/46. Indica-nos de como as crianças (judias) eram tratadas pelo regime nazi. Ficamos a saber que naquele tempo a polícia do regime tinha um grande poder (como por exemplo, matar, ou maltratar as pessoas judias e não judias). Que naquele tempo as pessoas podiam passar a pobres apenas em alguns minutos. Ao ler o livro, este explicou-me que naquele tempo não havia liberdade de expressão e que naquela altura Adolf Hitler tinha muito poder, o que é muito bem retratado em O caderno do avô Heinrich.

O livro que li mostra também a coragem de uma criança (Heinrich) em salvar o seu amigo (Josef) e diz-nos que mesmo barreiras ou muros não conseguem separar uma grande amizade. A coragem e bravura de Heinrich quando se confrontou com soldados do regime nazi e quando teve de atravessar o muro mostram que nesse instante Heinrich, sendo uma criança, conseguiu realizar, mesmo difícil para os adultos. 

Quase já no final do livro, o pai de Heinrich morre baleado por um soldado alemão e isso mostra que nesse tempo era comum existirem muitas crianças órfãs. Eu recomendo este livro aos meus amigos e colegas, pois representa muito bem aquele tempo e é uma história interessante de se ler.

Marcos, 6.º FB

Dia da Internet segura

 

No dia oito de fevereiro e ao longo do mês celebra-se o uso seguro da Internet. Este dia / mês procuram assinalar o valor do uso seguro da internet. A comunicação há algumas décadas que se transformou profundamente. O acesso à web trouxe muitas possibilidades, mas igualmente perigos. Se precisamos de regras para a vida em sociedade quando estamos uns com os outros, também precisamos de cuidar do modo como nos relacionamos na web, o que vemos e o que publicamos. 
O que faria cada um de nós nas situações abaixo indicadas? Que atitudes teria? É importante pensar nestas questões.

 



 
 


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

A pintura na civilização romana

                                                         

                                                        A civilização romana - A pintura


A pintura romana conseguiu chegar aos nossos dias, como tantas outras formas materiais e não materiais desta grandiosa civilização. A pintura que até nós chegou encontra-se fixada em murais, em mosaicos que decoravam diferentes espaços, como salas, paredes, ou pavimentos. Tal como nas outras características da arte romana, a influência da civilização grega foi muito notória, embora com tempo algumas marcas podem ser consideradas, como criações originais do pensamento romano.

Na pintura romana tem destaque o retrato que se apresentava com uma expressão realista, na representação das suas formas. A expressividade dos elementos do corpo são notórios, sendo a imagem em cima um dos seus casos mais conhecidos e encontrado em Pompeia e datado do século I d.C. Este exemplo indica-nos como a cor e os contrastes eram muito desenvolvidos. Apesar de expresso com realismo a perspectiva e as cores introduzidas criavam um efeito de uma certa irrealidade ou mistério.

Nas representações de murais e de pavimentos a vida romana é um dos temas representados. As atividades económicas com destaque para as ligadas à terra ou ao mar, ou os eventos desportivos e de luta como a dos gladiadores eram muito representadas. A fauna, a flora dos espaços do Império, os instrumentos de trabalho, o vestuário, ou as habitações eram outros temas representados. A mitologia também teve um destaque na representação da pintura, embora pela sua durabilidade tenha sido no mosaico que a obra obra romana mais perdurou.

Imagem: Um casal, Museu de Pompeia, século I