terça-feira, 29 de junho de 2021

Mar e artes

O projeto “Mar e Artes” pretendeu implementar e desenvolver, de forma articulada e transversal, aprendizagens nas áreas da Educação Artística do currículo do 1º Ciclo do Ensino Básico: Dança, Música, Expressão Dramática/Teatro e Artes Visuais, tendo como ponto de partida a obra “A Onda”, de Susy Lee. O tema do livro está de acordo com um dos temas do Projeto Educativo que está a ser desenvolvido no AE António Rodrigues Sampaio – “A literacia dos oceanos- Escola Azul”. O projeto foi aplicado em duas turmas da EB de Forjães, a turma FE (1º ano) e a turma FH (3º ano).

Em anexo, no link abaixo, o vídeo

 Mar e artes


sexta-feira, 25 de junho de 2021

Vídeo - Estudo estatístico

A turma do 8FA realizou um estudo estatístico em que envolveu todo o 3º ciclo da E.B. de Forjães sobre Vida Sustentável. Foi um trabalho de articulação entre as disciplinas de Matemática, Ciências Naturais, Inglês, Português, TIC e Cidadania.

 O 9.º FB realizou um estudo similar, mas sobre "Hábitos de Vida Saudável". O resultado final são dois pequenos vídeos que de seguida se apresentam.


8.º FA

9.º FB

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Encontro com o escritor João Manuel Ribeiro

 


    A EBARS recebeu, por videoconferência, o Poeta João Manuel Ribeiro. A atividade intitulada A Poesia vem à Escola com João Manuel Ribeiro realizou-se na disciplina de Português, em articulação com a Biblioteca Escolar. 

    As turmas do 5º ano MA e MB abraçaram esta atividade de coração cheio e com sorrisos no olhar, deram as boas vindas ao Poeta com a recitação do poema Tio Mauro e a partilha de um vídeo, previamente gravado em contexto de sala de aula, com a declamação do poema Sem Sentido(s)?, ambos da obra Poemas para Brincalhar

    Os alunos, entusiasticamente, utilizaram o questionamento como forma de saber um pouco mais acerca da “vida” do escritor, uma vez que, em sala de aula, haviam pesquisado a sua biografia e bibliografia e redigido uma entrevista com base no conhecimento apreendido, acerca deste tipo de texto. Os alunos estiveram ainda em contacto e procederam à leitura de algumas das suas obras, disponíveis na Biblioteca da Escola: Desmatematicar; Pontos sem Nó; Quem do Alto Olhar; Algazarra de Versos…

    A Professora de Português agradece à Direção do Agrupamento pela sua sempre disponibilidade em interagir com os docentes, à professora Bibliotecária, pela sua grandiosa vontade, às professoras estagiárias da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, pela abertura em participar na atividade, aos alunos das turmas acima destacadas pela motivação, extraordinário empenho e enorme dedicação, que sempre demonstraram ao longo de todos os projetos implementados e às colegas de Matemática e Educação Física pela sua colaboração.

Bem hajam!

A Professora, Catarina Peixoto

Literacia do oceano


As alunas do CAA da EB de Forjães desenvolveram uma atividade muito interessante, 
no âmbito do meio ambiente saudável e mares sem microplásticos. 

A propósito do projeto do Agrupamento, “ForMar Cidadãos Agentes de Mudança”, devemos fomentar, todos os dias, o espírito de cuidar do meio ambiente pois verificamos que com a pandemia o céu ficou mais azul e as águas mais translucidas, a natureza grita de alegria, respira-se!

As alunas do CAA EB FORJÃES, tiveram oportunidade de abordarem sentimentos, a importância da natureza na sua saúde mental, física e orgânica e darem a sua opinião sobre o tema. Desta forma serão leitores mais críticos e reflexivos, apesar das suas limitações intelectuais. A Responsável pela atividade foi a professora Madalena Sá, tendo tido a colaboração das colegas, Carolina Faria, Fernanda Meira, Helena Teixeira da Mota e Raquel Gonçalves.




sexta-feira, 18 de junho de 2021

Texto

     

   Na minha visita ao Centro Cultural de Forjães, foi-me mostrado quadros pintados em azulejos, que diziam: "Um grande Rei, de lá das partes Onde, / O céu volúvel, com perpétua roda, / Da terra a luz solar com a terra esconde, / Tingindo a que deixou de escura noda, / Ouvindo do rumor que lá responde /O eco, como em ti da Índia toda / O principado está, e a majestade, / Vínculo quer contigo de amizade." (Os Lusíadas, Canto VII, Estrofe 60).
   Este quadro foi um dos mais importantes que nos foi mostrado nesta visita de estudo. Também pudemos ver um quadro que representava o Adamastor a enfrentar as caravelas no Atlântico.
    O centro cultural de Forjães foi em tempos uma escola e podemos ver objetos antigos, como uma balança, diversos pesos e um higrómetro que servia para medir a humidade, indicando o estado do tempo. 
    No final visita conhecemos o auditório, onde antes eram encenadas peças de teatro e realizadas diferentes atividades.

Afonso Ribeiro, 5.º FB

terça-feira, 15 de junho de 2021

Biografias (IV) - Fernão de Magalhães

   
    Fernão de Magalhães foi um navegador português que realizou a primeira viagem de circum-navegação. Nasceu em Sabrosa, no dia 3 de fevereiro de 1480 e faleceu a 20 de abril de 1521 nas Filipinas.
   Depois de perder o respeito do rei de Portugal renunciou à sua nacionalidade e ofereceu os seus serviços a Castela e ao seu rei. Em 1519, iniciou a sua viagem que veio a pro9var que a TErra é redonda e não plana e ainda mostrou que os oceanos comunicavam entre si.
   Para homenagear o seu feito tem o seu nome no estreito que faz a ligação do Atlântico para o Pacífico, assim como em alguns sítios da América do Sul, a que ficou ligado.

Alexandre. 5.º FB

Leitura em família


Os animais têm diferentes características. Uns sabem voar, outros sabem caminhar, outros sabem nadar. Alguns deles, às vezes desejam fazer algo que não está na sua natureza. Poderão os golfinhos voar? e se fosse possível a cada um de nós, mudar de corpo ao longo da Vida? Algo mudaria em nós, naquilo que somos? Como seria se os que não têm asas pudessem realmente voar? Esta é a estória de um golfinho que desejava ser passarinho e voar... 
A Íris Ferreira Cunha leu em família este livro e construir um objeto sobre esse golfinho que queria voar...


                                                                  Íris Ferreira Cunha


Leitura em família

Quando vimos o livro “A Coragem de Tição”, de Luís Represas, com ilustrações de Catarina França, com um imenso texto para ler, tantas páginas… ficamos sem vontade de o fazer!!

Entretanto, lá ganhamos coragem e lançamos os olhos pelas primeiras palavras que nos foram envolvendo nas aventuras dos cavalinhos-marinhos destemidos, tubarões-gato ferozes, peixes-trompete ruidosos, peixes-anjo protetores e muitos mais animais que habitam o fundo dos oceanos.

Queríamos fazer uma pausa na leitura, mas as belas descrições envolveram-nos, de tal modo, e colocaram-nos dentro da história ao ponto de termos lido o livro todo “num abrir e fechar de olhos”.

 Com o desenrolar da história foram surgindo os valores pelos quais todos nós nos devemos reger: a amizade, a solidariedade e espírito de entreajuda, a responsabilidade pelos nossos atos. A importância de aceitar e saber conviver com a diferença. São estes valores que constituem o caminho a seguir na nossa vida e esses encontram-se no coração de cada um de nós, são a luz que brilha em nós e não depende de qualquer outra luz.

 Ainda surgiu a oportunidade de falar sobre o lixo que nós, humanos, lançamos para os oceanos, sem pensar nas consequências dos nossos atos e que põe em causa a vida das espécies marinhas e, consequentemente, a nossa vida.

 É tão bonito e agradável ficar na areia a olhar a imensidão do oceano que se perde no horizonte, e o vai e vem das ondas que embalam os nossos pensamentos. O cheiro é inebriante e a vontade de mergulhar nas suas águas é enorme.

 Por esta razão e muitas outras, é de grande importância preservar os oceanos de modo a que a Terra possa continuar a ser chamada de Planeta Azul.


Família Fidalgo do Rosário

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Animais marinhos (VIII)

 Peixe balão de pintas negras

Este peixe balão
É muito comum
Vive nos recifes
Como qualquer um.

É colorido
Por natureza
E é apreciado
Pela sua beleza.

Quando ameaçado
Incha o seu corpo
De modo a intimidar
Quem o vai agarrar.

Alimenta-se de corais,
Crustáceos e moluscos,
Algas e muito mais,
Que delícia de petiscos.

No Japão é iguaria,
Mas cuidado ao prepará-lo.
Se não for um bom chefe
A qualquer um pode matá-lo.

O seu veneno é tóxico,
Faz parte da sua espécie.
A sua casa é mar,
Que devemos respeitar.
Tiago Rolo, 5.º FB

Animais marinhos (VII)

Golfinho-roaz

Com o golfinho-

É sempre uma diversão
Pula, salta e brinca,
Mas que grande confusão.

O golfinho-roaz
É muito fofinho,~Quando vê pessoas
Dá logo um saltinho.

O golfinho-roaz
É uma animação.
Aproxima-se de fininho
Para fazer um carinho.

Quando vejo um golfinho
Lembro-me de um peixinho,
Mas com aquele biquinho
Só apetece fazer um carinho.

 Sara Margarida, 5.º FB



Animais marinhos (VII)

 O golfinho nariz de garrafa



Eu sou um golfinho feliz.
Quando salto toda a gente diz:
Nada pelo mar sem parar.
Mergulho quando quero brincar.

Brinco e rebolo com a minha graçola.
Nado, nado sem parar até me cansar.
É assim a minha vida no mar. 

Paulo Martins, 5.º FB

Animais marinhos (VI)

                                                                              Viola-comum


A viola-comum sempre enterrada
nunca a vemos e é mal educada
Não sei o que fazer para a encontrar
só se sabe esconder e eu procurar.

Tem cabeça semelhante a uma raia
corpo em forma de tubarão
pode ter de quatro a dez crias
e tudo isto é uma confusão.

Ela é muito brincalhona
tem o nome inesquecível
é muito siorrateira
e tudo isto é uma brincadeira.

Não sei mais o que falar
sobre a minha espécie
só tenho isto a dizer
e é uma boa espécie.

Vou falar só mais um pouco
vive no Oceano Atlântico,
vive onde ela gosta
e é muito espontâneo.

Talvez goste do seu corpo,
mas há também quem não goste
e é muito diferente
e tudo isso é existente.

Existe na realidade
podemos observar no Oceano,
porém não a vamos encontrar, pois como
 eu disse em cima, eu só a tento procurar.   
Nádia Arantes, 5.ºFB

Animais marinhos (V)

                                                                               Peixe-palhaço


Esse peixe-palhaço
é o rei do pedaço.
Ele sabe jogar à bola
e não reclama cansaço.

E os outros peixes gritam:
vejam que golaço!
É um verdadeiro campeão
esse peixe-palhaço!

O peixe-palhaço
é um animal 
engraçado.

Para além de
ser alaranjado
por muitas pessoas
foi comprado.

A sua cauda 
é arredondada
e não é enganado
por nada.

Além de ser
pequeno não
possui nenhum
veneno.

Ele é constituído
por um corpo plano,
as suas riscas são
de um peixe que 
vive nos corais.

Manel Sá, 5.º FB



Animais marinhos (IV)

 Peixe Pau-Lira
Cabeça grande,
Machos coloridos.
Peixe Pau-Lira
de trinta centímetros.

Fêmeas não tão coloridas,
mas muito catitas..
Reproduzem-se tanto,
que a conservação é pouca.

De um a quatrocentas e trinta metros
vivem eles.
E tão cientista que
seu nome é Callianymus Lyra.

Gostam de comer
a sua papinha.
Vermes e crustáceos
Hum!, que delícia!


Confundem-se com o Peixe-Pau-Molhado,
rabudo, listado e
pintado que o pintor o pintou.
Inês Santos, 5.º FB

quarta-feira, 9 de junho de 2021

Animais marinhos (III)

 

O cavalo marinho de barriga

O cavalo marinho de barriga
Atinge grandes dimensões
É o oposto da formiga
E só nos traz confusões.

Não trota na terra
Mas nada no mar
Entre esponjas e algas
Ele consegue escapar.

São caçadores
Por emboscada
Sugando as presas
Que petiscada!

Seus olhos giram
Em busca de alimento
Mas são indefesos
A qualquer momento.

O homem é mau
E captura a espécie
Degrada o ambiente
Que falta de mente!

Vende-o ao barato
Como lembrança
Coitada da espécie
É esta a sentença.

Francisca  Rolo, 5.º FB

Animais marinhos (II)

 

O cavalo marinho

O cavalo marinho
nunca fica sozinho
fica camuflado
nunca sai cansado.

O dragão-marinho comum
é um dos únicos incomuns
que leva os seus filhotes
na corrida que são uns malandretes.

O seu corpo não tem escamas
e não dorme na cama.
A sua boca em forma de tubo
consegue sugar o mundo.

Alexandre, 5.º FB

Animais marinhos (I)


Morsa 

A morsa é grande
não a deixes que mande.
Vive no Ártico
e é um animal quântico.
a fêmea chega a dois metros
e com a boca parte os astros.

A pele fica espessa
como na cabeça.
Uma barbatana caudal
a velocidade é anormal.
andam mal em terra
e não têm qualquer guelra.

Tartaruga

Tem uma carapaça
e nada lhe passa.
Placas dérmicas
e epidérmicas.
Torno de 356 espécies
não as denuncies.

Uma caixa toráxica
ela não é jurássica.
Retração do pescoço
não vai ser o almoço.
Com dados moleculares
não as percas nos mares.

Urso Polar

Urso polar vai atacar
a foca à beira mar.
Um mamífero carnívoro
mas não herbívoro.
Amigo urso pardo
Ele chama-se Eduardo.

Subpopulações em declínio
um urso duro mas não feito de alumínio.
Chave na vida natural
e chave material.
Ele vive no Ártico
e é antipático.

Afonso Ribeiro, 5.º FB

Biblio@rs - a civilização romana (XXV)

                                                   

                                                      A civilização romana - A arte -  A pintura

Com a pintura na civilização romana terminamos esta viagem pela arte, cultura e sociedades do mundo antigo e clássico que fomos fazendo em ligação estreita com o currículo da disciplina de História, ao nível do sétimo ano. Deixaremos após este um de conclusão sobre a influência desta civilização no espaço da Hispânia e da Península Ibérica e dos seus dois países.

A pintura romana conseguiu chegar aos nossos dias, como tantas outras formas materiais e não materiais desta grandiosa civilização. A pintura que até nós chegou encontra-se fixada em murais, em mosaicos que decoravam diferentes espaços, como salas, paredes, ou pavimentos. Tal como nas outras características da arte romana, a influência da civilização grega foi muito notória, embora com tempo algumas marcas podem ser consideradas, como criações originais do pensamento romano.

Na pintura romana tem destaque o retrato que se apresentava com uma expressão realista, na representação das suas formas. A expressividade dos elementos do corpo são notórios, sendo a imagem em cima um dos seus casos mais conhecidos e encontrado em Pompeia e datado do século I d.C. Este exemplo indica-nos como a cor e os contrastes eram muito desenvolvidos. Apesar de expresso com realismo a perspectiva e as cores introduzidas criavam um efeito de uma certa irrealidade ou mistério.

Nas representações de murais e de pavimentos a vida romana é um dos temas representados. As atividades económicas com destaque para as ligadas à terra ou ao mar, ou os eventos desportivos e de luta como a dos gladiadores eram muito representadas. A fauna, a flora dos espaços do Império, os instrumentos de trabalho, o vestuário, ou as habitações eram outros temas representados. A mitologia também teve um destaque na representação da pintura, embora pela sua durabilidade tenha sido no mosaico que a obra obra romana mais perdurou.

Imagem: Um casal, Museu de Pompeia, século I



Os jogos Olímpicos na Escola

 

De 7 a 11 de junho, a Escola Básica António Rodrigues Sampaio vai assinalar a Semana dos Jogos Olímpicos, com diversas atividades, exposições, palestras e homenagem a atletas olímpicos convidados. 
No dia 8 de junho, estiveram na EBARS os atletas da modalidade de Canoagem, Teresa Portela, João Ribeiro e Belmiro Penetra

Nesta sessão os diferentes atletas falaram um pouco do seu percurso, do seu sonho de chegarem aos Jogos Olímpicos, as dificuldades que tiveram e o que os motiva neste seu esforço de superação contínuo consigo e com os melhores atletas do mundo. Foi muito interessante conhecer um pouso desse percurso pessoal e saber como conciliaram desporto e estudos e compreender essa ideia tão necessária, o empenho e o esforço para alcançar algo que se deseja muito.

A Direção do Agrupamento prestou uma homenagem aos atletas do concelho Teresa Portela e João Ribeiro, que vão estar presentes nos Jogos Olímpicos de Tóquio deste ano. Todos os presentes na sessão do dia oito desejaram o maior sucesso pessoal aos atletas que vão participar neste grande evento desportivo.

Hoje, dia nove de junho, será a vez dos atletas Telma Santos e Pedro Campos, da modalidade de Badminton estarem presentes e falarem um pouco do seu percurso desportivo.

sábado, 5 de junho de 2021

Dia mundial do Ambiente

 Dia Mundial do Ambiente e painel Oceanos - EB de Góios



sexta-feira, 4 de junho de 2021

The Magic of Mathematics

Integrado no Projeto Etwinning desenvolvido na EBF pela professora Sofia Marinho, divulga-se um conjunto de trabalhos integrados numa exposição virtual, com a designação "The Magic of Mathematics". Trata-se de visitar virtualmente os trabalhos de um conjunto de escolas europeias realizados em redor deste desafio / temática, "A magia da matemática". A mesma  pode ser acedida no link, The Magic of Mathematics.

Biblio@rs - a civilização romana (XXIV)

 

A civilização romana - A arte - A escultura

Como já tínhamos salientado no post anterior, a arquitetura foi uma das grandes áreas, onde a arte e a cultura romana se manifestaram. A escultura não teve a mesma importância, sobretudo não foi tão original nas formas propostas. Influenciada pela cultura grega, a escultura romana, como em tantas outras áreas foi durante bastante tempo a cópia desses modelos. Assim, Roma reproduzia cópias semelhantes, pois as de origem grega eram de grande valor estético e simbólico. Nessa cópia muitas vezes as divindades tinham os mesmos atributos, embora com nomes diferentes. 

A escultura tinha para os romanos uma função ornamental e esta era usada muito nas habitações, pois a casa romana tinha uma conjunto de divindades que supostamente a protegiam do mal que poderia acontecer. Só quando o retrato se desenvolveu é que as escultura pode assumir formas mais importantes, sobretudo com a representação do busto e do rosto.

A escultura romana tinha uma característica realista e não assumiu um ideal de beleza, como os gregos a tinham desenvolvido. Não existia uma idealização da beleza, mas sim o retrato realista de personagens com as suas características positivas e ou negativas.  A escultura desenvolveu-se com a construção de máscaras que tinham uma função de honrar a memória dos antepassados. Com Augusto a escultura ganhou valores de idealização, com uma representação mais expressiva, o que serviu muito para a construção da figura do imperador. 

Com o século I o retrato como forma de divulgação de figuras importantes cresce e os retratos públicos de determinadas figuras difunde-se pelo Império, assim como as estátuas equestres, de valorização dessas figuras. Nos baixos-relevos as esculturas assumiam formas realistas dando à construção arquitectónica um aspeto mais grandioso e expressivo. Os arcos triunfais foram outra forma de consagrar o poder do Império, onde eram historiadas representações da história e do poder imperiais. As colunas imperiais, como a de Trajano seguiam as mesmas disposições de relato e glorificação de determinadas figuras do Império.

A coluna de Trajano, (século II) - Situa-se no Fórum Romano, no centro de Roma

terça-feira, 1 de junho de 2021

Literacia do oceano

 



(Trabalhos decorrentes do Projeto Leitura em Família (Mateus Silva / Tomás Martins  / Miguel Pinto /Morgan Marques)

A infância...


I

Por favor, os concorrentes alinhem-se, vamos fazer
finais felizes.
disse eu às personagens de contos infantis.
A fada, o dragão, o sapo, bruxos e feiticeiros, monstros
vários, príncipes e princesas estavam todos alinhados.
voluntários?
o sapo
deu imediatamente um passo em frente.
Era o que mais gostava de ajudar os outros.
Os príncipes nem se mexeram.

II
A infância é muito perigosa,
comentou o meu avô ao ver a formatura.
Quando a infância acontece nos adultos,
que é raro,
pode provocar criatividade e a crença na obtenção de
felicidade com gestos e atitudes de uma simplicidade
obtusa.
Sim, concordei, as pessoas
que sofrem dessa condição,
por vezes, sentem-se bem, alegres,
contentes com um caramelo ou simplesmente
por fazerem uma careta.
Uma das melhores coisas que pode acontecer aos adultos,
disse o meu avô,
é a possibilidade de
lhes acontecer infâncias."

"Façam fila I e II", in Paz traz paz / Afonso Cruz. Lisboa: Companhia das Letras, 2019

Dia mundial da criança

 


Em louvor das crianças

"Se há na terra um reino que nos seja familiar e ao mesmo tempo estranho, fechado nos seus limites e simultaneamente  sem fronteiras, esse reino é o da infância. A esse país inocente, donde se é expulso sempre demasiado cedo, apenas se regressa em momentos privilegiados - a tais regressos se chama, ás vezes, poesia. Essa espécie de terra mítica é habitada por seres de uma tão grande formosura que os anjos tiveram neles o seu modelo, e foi às crianças, como todos sabem pelos evangelhos, que foi prometido o Paraíso.

A sedução das crianças provém, antes de mais, da sua proximidade com os animais - a sua relação com o mundo não é a da utilidade, mas a do prazer. Eles não conhecem ainda os dois grandes inimigos da alma, que são, domo disse Saint-Exupéry, o dinheiro e a vaidade. Estas frágeis criaturas, as únicas desde a origem destinadas à imortalidade, são também as mais vulneráveis - elas têm o peito aberto ás maravilhas do mundo, mas estão sem defesa para a bestialidade humana que, apesar de tanta tecnologia de ponta, não diminui nem se extingue.

O sofrimento de uma criança é de uma ordem tão monstruosa que, frequentemente, é usado como argumento para a negação da bondade divina. Não, não há salvação para quem faça sofrer uma criança, que isto se grave indelevelmente nos vossos espíritos. O simples facto de consentirmos que milhões e milhões de crianças padeçam fome, e reguem com as suas lágrimas a terra onde terão ainda de lutar um dia pela justiça e pela liberdade, prova bem que não somos filhos de Deus."

Eugénio de Andrade, "Em louvor das crianças, in Rosto Precário.

junho

Junho tem ar de festa
mesmo que festa não haja.
Não se sabe bem porquê,
se todos ainda trabalham.
Talvez festa de ser véspera
de chegar, em junho, o Verão
e com ele um ,
um comboio, um avião,
ou simplesmente umas pernas
de andarilho sem receio,
que nos levem com os amigos
a um lugar de eleição
que se guarde para sempre
no baú do coração.

João Pedro Mésseder, O Livro dos meses. Lápis de Memórias. 2012.