Biblio@rs - a civilização romana (XXIV)

 

A civilização romana - A arte - A escultura

A escultura romana não teve a criatividade e a originalidade observadas na sua arquitetura. Mais uma vez as influências das civilizações Etrusca e Grega foram importantes, embora tenha existido uma linha própria do que foi a escultura na civilização romana. 

A conquista da Grécia levou a uma atitude de cópia das obras gregas. Simplesmente fazia-se uma cópia, sabendo-se que aquela tinha sido uma civilização de um nível cultural muito importante. Para a civilização romana, a estátua tinha uma função utilitária, servia para decorar os espaços das habitações. Só quando o retrato evolui na arte romana é que na representação dos elementos e da estátua, em particular, com o rosto e o busto ganharam maior importância. 

A civilização grega tinha procurado um ideal de belo, afirmando ideais de perfeição. A civilização romana olha para a representação como algo mais utilitário, mais prático, onde se encontra uma aproximação a algo identificado com a experiência da vida no real, as suas virtudes e imperfeições, dando-nos tipos de personagens que ofereciam um leque variado de sensibilidades e histórias. A escultura romana começou por representar máscaras que eram usadas para o culto dos antepassados. Alguns sinais de idealismo afirmaram-se com o Imperador Augusto, onde a expressividade ganhou formas interessantes ao nível do rosto. As estátuas-retrato e a estatuária equestre ganham formas de expressão com o século I. 

A dimensão realista da escultura romana alargou-se com a construção dos baixos-relevo que eram uma forma de afirmar valores culturais e de decorar espaços, como as estelas funerárias, ou  os arcos triunfais. As colunas triunfais, como a de Trajano ilustravam uma narrativa e afirmavam o poder e importância de um imperador.  O retrato atingiu o seu expoente no século I, com Augusto que é uma afirmação do poder imperial e uma forma de divinizar o seu poder e atributos.

Imagem: Estátua equestre de Marco Aurélio, Palácio dos Conservadores, Museus Capitolinos, Roma.

quinta-feira, 27 de maio de 2021

Open Day Projeto Greenlight

 


Ao longo do dia, na EB de Forjães e na EBARS algumas turmas tomaram contacto com o projeto Greenlight. O Projeto Greenlight procura dinamizar algumas das ideias que estão na PAC (Política Agrícola Comum), no sentido de promoção e esclarecimento do que pode ser o desenvolvimento agrícola sustentável. Este Projeto foi apresentado em três grandes temáticas exploradas em três bancadas, onde se realizaram algumas experiências ligadas à biodiversidade e à alimentação de alguns produtos alimentares.

A atividade foi executada pelo Mundo Científico e promovida pela Associação Rio Neiva. A apresentação das atividades foi organizada de acordo com a disposição indicada abaixo:
Bancada 1 - Ciclo da matéria (tema relacionado: sustentabilidade alimentar/ economia circular/ desperdício alimentar e movimento zero/ bioresíduos).
Bancada 2 - Biodiversidade (tema relacionado: culturas autóctones/teias ecológicas/serviços dos ecossistemas).
Bancada 3 - Superalimentos - hands-on / produção de muffins de farinha de grilo ou gomas de spirulina.

A sessão com as diferentes atividades foi muito interessante, pois permitiu conhecer alternativas alimentares que cada vez se tornam mais essenciais, na substituição da carne. As leguminosas e os insetos (grilos e larvas) foram experimentados como formas alternativas a uma alimentação que nos próximos anos assumirá uma importância crescente.



quinta-feira, 20 de maio de 2021

Biografias (III) - O Infante D. Henrique

   
O infante D. Henrique nasceu no Porto, no dia 4 de março de 1394 e faleceu em Sagres, no dia 13 de novembro de 1460. Era o quinto filho de D. João I e D. Filipa de Lencastre. Foi-lhe dado o nome de Henrique em honra e memória do seu tio materno.
    O infante fixou a sua residência no Algarve. Várias expedições foram feitas por sua inicativa. Em 1418 foi feito o reconhecimento da ilha de Porto Santo e em e mais tarde o arquipélago da Madeira foi-lhe doado por D. Duarte. Em 142o é nomeado governador da Ordem de Cristo. Recebeu o cognome de "O Navegador".
   A conquista de terras tornou-se importante para ele e assim ele esteve presente no início da expansão, com a conquista de Ceuta, em 1415. Foi planeando as viagens de descoberta e exploração do mar e da costa, ao mesmo tempo que se realizaram algumas conquistas. O sonho do infante era chegar à Índia por mar. Para o infante foram muitas aventuras, conquistas, experiência e trabalho. O infante D. Henrique foi uma pessoa muito importante para o arranque da expansão portuguesa. 

Nádia, 5.º FB

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   O Infante D. Henrique nasceu no Porto em 1394 e faleceu em 1460. Recebeu o cognome de "O Navegador", pelo grande impulso que deu aos Descobrimentos portugueses.
   Tudo começou com a conquista de Ceuta em 1415. Colonizou-se a Madeira e os Açores e explorou-se a costa africana.
   O sonho do Infante era chegar à Índia. O Infante convenceu os marinheiros portugueses para navegar para sul na costa africana. Foi difícil realizar as viagens marítimas por causa dos medos que haviam do mar, julgando-se existir monstros marinhos, aquilo que ficou conhecido como o mito do Mar Tenebroso. O Infante ficou muito famoso por ser o responsável pelos Descobrimentos Portugueses no início do século XV.

Simão, 5.º FB

Biografias (II) - D. João II


    D. João II subiu ao trono em 1481. No ano de 1474 ele tinha a seu cargo a organização das viagens marítimas. Quando reinava deu continuidade às descobertas ao longo da costa ocidental africana. O seu grande sonho era chegar à Índia por via marítima e assim ter acesso às especiarias e a outras riquezas do Oriente.
    Assinou o Tratado de Tordesilhas com Castela dividindo o mar e as terras do mundo entre eles e assim o espaço a oriente de Cabo Verde pertencia a Portugal. 
    D. João II lutou pela centralização do poder real e combateu o poder da nobreza. D. João II ficou conhecido pelo seu papel na expansão e pela forma exemplar como dirigiu o reino. A sua sensatez e integridade levaram a que ficasse para a História como o Príncipe Perfeito.
 
Francisca, 5.º FB

Biografias (I) - Cristóvão Colombo

  

Cristóvão Colombo nasceu em "Itália" em 1451 e faleceu em 1506. 
   Tinha grandes conhecimentos ao nível da Geografia, da Astronomia e da Matemática. Pelo facto de ser um homem estudado, permitiu que ele apresentasse ao rei D. João II. Nela defendia que a sua finalidade era descobrir o caminho marítimo para a Índia, navegando para ocidente. 
    Cristóvão Colombo apresentou a proposta ao rei D. JoãoII. Este recusou, tendo sido feito então  a mesma proposta ao rei de Castela. Em 1492, Cristóvão Colombo e a sua tripulação saem de Palos de La Frontera, em Castela e chegam dois meses depois a um novo continente, a América e ao seu ponto central, as Antilhas.
 Alexandre, 5.º FB
 

Livros do mês - 2.º e 3º Ciclos - maio (II)

 


"o escuro às vezes não é falta de luz

mas a presença de um sonho..." - velho muito velho que inventa as palavras

“a beleza às vezes é um lugar onde o olhar já sabe aquilo que não quer esquecer...” - velha muito velha que destrói as palavras

"O silêncio é uma esteira onde nos podemos deitar.

Esteira de poeira cósmica, se eu olhar de novo o céu escuro. Esse azul do céu me lembra o chão do mar. Um mar, afinal, é só um deserto molhado, em vez de homens e camelos, tem peixes e canoas a passear nele. O deserto é parecido com o mar, o mar é parecido com o universo cheio de estrelas pirilampas.

O deserto podia caber no peito do mar, o mar podia caber no corpo do universo, o universo só pode caber no coração das pessoas. A mão dela estava perto da minha. Senti uma comichão de ausência na proximidade daquele calor, sabia que os dedos dela estavam ali, e continuava a falar para não saber, no coração, que todo o meu corpo pedia uma carícia calada.

– Achas que pode caber o quê, no coração das pessoas?

– Muitas coisas. Um poema, uma recordação, um cheiro de infância, um «desejo de estrelas»…

– Como é um «desejo de estrelas»?

– É olhar para uma estrela e desejar uma coisa.

Num susto quase pouco, ela fez-me uma festinha lenta na mão. Ternura e gesto de amansamento.

– Vou-te contar um segredo – ela começou.

– Ainda conta – perdi o pirilampo de vista.

– Dizem que quando um silêncio chega e fica entre duas pessoas…

– Sim?

– É porque passou um anjo e lhes roubou a voz.

– Tu acreditas em anjos?

– Tu não acreditas em silêncios?

Fosse de esquecimento ou não, a mão dela tinha ficado ancorada na minha, concha e búzio nesse silêncio inventado pelos anjos".

Ondjaki, Uma escuridão bonita / Ilustrações de António Jorge Gonçalves. Alfragide: Caminho, 2013.

Livros do mês - 1.º Ciclo - maio (II)

 


No princípio, o mundo era só um.
Tudo era de todos,
ninguém pertencia a nada,
nada pertencia a ninguém.

Os animais caminhavam sem se
preocupar com o seu destino
ou com o seu regresso. Pois,
regressar para onde, se não havia
casas, nem lugares marcados?
Ia-se simplesmente andando,
comendo e dormindo onde calhava.

Como todos caminhavam,
ninguém levava nada consigo.
Ter coisas era incómodo por
causa do peso de as transportar
e o máximo que alguém carregava
era uma flor na lapela ou uma
pena no chapéu.

Mas um dia, nesse mundo
do princípio, tudo mudou.
Um urso passou junto a uma
figueira. Os figos eram o seu
fruto preferido, especialmente
aqueles que de tão maduros
até pingavam mel. (...)

Há já vários dias que sonhava
com figos e agora que se
cruzava com uma figueira,
nada!

Mas, ao dar uma volta completa
à árvore, o urso reparou que,
afinal, havia um figo quase maduro
escondido pela folhagem:
"Quanto tempo levará este figo
a ficar doce? Talvez um dia?
Amanhã por esta hora já o poderei
comer. É só uma questão de tempo. (...)

"Agora já percebi" disse o urso.
"Há figos que são para quem passa..."
"E há figos que são para quem espera"
acrescentou a lagarta.
"Pois é", disse o urso.
"E esses são os melhores que há."

Os figos são para quem passa / João Gomes de Abreu; il. Bernardo P. Carvalho. Carcavelos: Planeta Tangerina, 2016

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Visita de estudo - Centro Cultural António Rodrigues de Faria


António Rodrigues de Faria é uma figura marcante da freguesia de Forjães. Celebra- se este ano, os cento e cinquenta anos do seu nascimento. Os alunos na disciplina de História da EBF, nos seus diversos anos visitaram aquele que é o Centro Cultural António Rodrigues Faria. Conheceram um pouco do que foi o seu percurso de vida e um dos aspetos mais marcantes da sua acção de mecenato, a construção de uma escola primária.

O Centro Cultural é hoje o espaço que foi a escola primária pensada e mandada construir por António Rodrigues de Faria e inaugurada em 1934. Os alunos visitaram os diferentes espaços, com destaque para os painéis em azulejo, construídos por Jorge Colaço, um nome muito importante da azulejaria nacional. Os painéis historiados da escola primária António Rodrigues de Faria lembram com grande detalhe e beleza alguns dos episódios da História do país, nomeadamente passagens dos Lusíadas e espaços do Império em África e na Ásia.

 Os alunos visitaram ainda o auditório e tomaram conhecimento sobre os aspetos funcionais da escola e de como ela era um espaço de vanguarda para o país e para a altura em que foi construída. Foram ainda lembradas algumas das palavras colocadas em azulejo em alguns espaços e que nos revelam o espírito fundador. O de um homem nascido pobre, mas que soube reconhecer o valor da educação e da cultura na transformação das pessoas e das sociedades. 


Dia da Escola Azul - em nome do oceano (II)

Marinhas, 19 de maio de 2021

 A/C

Conselho de Administração da Agros

 Ex. mos Srs.

No âmbito do Programa Escola Azul  - “Em nome do Oceano”, nós, alunos da turma 8MC da E. B. António Rodrigues Sampaio, vimos, por este meio, solicitar um reforço do V. contributo para um meio ambiente menos poluído e sustentável.

Neste sentido, pedimos a V. atenção para um assunto de extrema importância: a preservação do nosso planeta.

Todos sabemos que a marca “Agros” é muito apreciada por todos. Além de ter variadíssimos produtos com excelente qualidade, é uma marca que se mantém sempre atualizada.

Por isso, pedimos que contribuam, ainda mais, para a preservação do nosso planeta. Permitam-nos que vos faça uma sugestão: a substituição das palhinhas de plástico por materiais biodegradáveis, como palhinhas de papel reciclável ou de massa alimentar,…

É sabido que o plástico é um material altamente poluente e por isso, prejudicial para o ambiente. Uma simples troca de materiais é suficiente.

Despedimo-nos com este apelo.

Os signatários

(Nuno - (8.º MC - EBARS)