sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Biblio@rs - a civilização romana (IX)

 A Civilização Romana - A organização social (I)


 A sociedade romana não tinha como princípio da sua organização a igualdades das pessoas ou grupos sociais, nem sequer perante a lei. Na verdade, a escravatura foi um dos seus suportes e esta era necessária à manutenção do Império. A escravatura era considerada como algo natural. A Civilização Romana era um espaço dominado pelos homens, sendo muito desigual e, onde as mulheres tinham poucos direitos. Podemos distinguir dois tipos de grupos sociais, onde eram reconhecidos diferentes direitos às pessoas: uma classe superior, uma classe inferior e uma outra sem direitos. Falemos delas:

  • Uma classe superior que era a que dirigia o Império e na qual cabiam o Imperador, as ordens Senatorial, Equestre e dos Decuriões (cidadãos privilegiados). O papel do imperador na distribuição dos cargos de governo das províncias era muito importante. Nesta classe com um nível de riqueza assinalável estão associados ao Imperador a chefia das Ordens Senatorial e Equestre, a promulgação dos éditos imperiais, assim como o controle  da administraçã0 e da justiça. O imperador tinha um papel decisivo na nomeação do seu sucessor que muitas vezes não seguia uma linha hereditária. O Imperador funcionava como uma corte, onde os seus funcionários redigiam as leis, tendo o Senado uma importância residual. A Ordens estavam hierarquizadas em importância, sendo a mais importante, a Senatorial, depois a Equestre, tendo por fim a do Deuriões. Esta última era composta por mercadores e proprietários que tinham um papel decisivo na vida económica e política das cidades do Império. Eram eles a ocupar os lugares políticos locais, em cada cidade.
  • Uma classe inferior, onde se situava a maioria da população, a designada plebe. A sua vida caracterizava-se por uma difícil sobrevivência que estava dependente dos serviços que  a classe superior precisasse de ver satisfeitos. Neste grupo estavam diferentes ocupações, como os serviços nas cidade, os trabalhos nos campos, os artesãos, ou ainda os mercadores e comerciantes. Existia assim uma plebe das cidades e uma outra do mundo rural. Na plebe urbana estavam ainda ocupações designadas liberais, como médicos, professores, ou advogados. 
  • Uma última classe juntava as pessoas sem direitos, formada pelos escravos e os que tinham sido libertados dessa posição. Há na verdade na sociedade romana, os escravos e outras figuras que não sendo completamente escravos, também não são completamente livres. Eram chamados os ingénuos(os que nunca tinham sido escravos) e os libertos(os que tinham ganho uma libertação e que já não eram escravos). Nesta classe não existiam cidadãos, ou só  o eram de modo muito incompleto. Até ao século II a.C, nem sequer podiam ter direitos políticos ou civis, tal como os seus filhos. A escravatura está no centro da sociedade romana e elas conduzem ao papel social e político que apenas os cidadãos podiam ter. Falaremos disso no próximo post.
Imagem: Ornamento de uma rédea que identificava a Ordem Equestre. Objecto arqueológico encontrado na Alemanha e que poderá ter pertencido a Plínio Praefecto no século I. (Via Museu Britânico).

Apresentação de um livro (I)


 Pedro Alecrim, de António Mota.

     Autor, obra, ilustrador, editor
    O livro que eu escolhi para ler intitula-se «Pedro Alecrim», foi escrito por António Mota e editado por Edições Gailivro.
 
     Género e Prémios: 
   Este livro é um conto infantojuvenil, que foi vencedor do Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças, em 1990. Esta obra faz parte dos livros recomendados pelo Plano Nacional de Leitura, para o 6º ano, mas um aluno do 5º ano também o pode ler!
 
   Espaço e tempo:
   A ação decorre em Pragal, uma pequena aldeia com 20 casas, 5 lâmpadas públicas, 2 fontanários, 1 lavadouro público, 1 capela, 1 venda onde se vende tudo. O tempo não está definido, mas percebe-se que aconteceu há poucas décadas atrás.
 
   Personagens:
   Pedro Alecrim é a personagem principal, frequentava o 6º ano e era um aluno empenhado, que gostava da escola, mesmo não tendo boas notas.  
 Este livro conta a história deste rapaz e dos seus colegas Nicolau (o melhor amigo), Luís e Pedro.   Também entra na história a família do Pedro: o pai, a mãe, os irmãos e os tios.
 
   Resumo da história:
   Pedro era uma criança que tinha de ajudar a sua família nos trabalhos do campo, depois das aulas, o que já não era fácil!       A situação tornou-se ainda mais difícil com a doença e morte do seu pai, obrigando-o a um esforço ainda maior.
 
    Parte da história que mais gostei:
   A parte da história que mais gostei foi quando o Luís, colega de turma do Pedro, ia para as aulas de fato e gravata.Imaginam porquê?
     Vou ler um excerto: 
      “Muito alto, sempre bem-vestido, de cabelos compridos e encaracolados, o Luís pesa o dobro de mim e nunca está calado. Não sei onde aprendeu tantas anedotas e adivinhas, nem como consegue inventar tantas piadas. 
      Em dias de prova de avaliação aparece sempre de gravatinha e cinto largo. A princípio era uma grande risota vê-lo assim encadernado. Havia piadas. Mas o Luís não se aborrecia. E avisava:  
     - Podem rir mais, muito mais! Riam muito!... Mas fiquem sabendo que tenho muito respeitinho pelas avaliações… 
      Não demorei muito tempo a descobrir a razão daquela estranha forma de vestir em dias de prova escrita. O Luís serve-se da gravata, do cinto e das mangas da camisa para colocar copianços. 
      Ontem começamos a rir quando a professora de Português ameaçou que, se descobrisse alguém a copiar, o punha logo fora da sala e lhe dava um zero. 
      E o Luís, o gordo Luís, com o ar mais sério deste mundo: 
      - Ó stôra! Copiar? Nós?!... Era o que faltava… A gente não sabe fazer dessas coisas… Ainda somos muito novinhos…”  
      Por isso, professora, não se preocupe, nós somos ainda mais novinhos… não sabemos fazer dessas coisas!   

 Simão Silva, nº 18, 5ºFA

Concurso nacional de leitura - provas de escola

 

Apresentamos em baixo os alunos que no básico, nos diferentes ciclos venceram a 1ª eliminatória do Concurso Nacional de Leitura, a partir das leituras realizadas, justamente, Lendas do Mar (1.º conto)  / A  Menina do Mar e a Pérola. Os resultados aqui ficam para uma consulta mais acessível. Deixamos as nossas felicitações aos alunos participantes e desejando que os que vão participar na fase concelhia possam ter um bom desempenho.Os resultados do CNL foram os seguintes:

 1.º Ciclo:

 Luz Veiga Enes - EB de Pinhote
 Martim Vitorino Barbosa - EB de Belinho
 Leonor Lima Pereira - EB de Belinho
 Guilherme Costa Moura - EB de Forjães

 2º ciclo

 Matilde Abreu Pilar – (6.ºMD) - EBARS
 Luana Lima Saleiro Lacerda - (6.ºMC) - EBARS
 Mariana Gomes de Sá Reis - (6.ºFA) - EBF
 Matilde Marques - (6.ºFA) -EBF

3º ciclo
 Lara Monteiro Gomes (7.ºMD) - EBARS
 Dinis Ribeiro (9.°MC) - EBARS
 Inês Sofia Oliveira Guedes (9.ºFB) - EBF
 David Pereira Silva – (8.º FA) -EBF

Parabéns, a todos os que participaram e boas leituras e um bom desempenho para a fase concelhia!